O mercado de lácteos funcionais, cujos volumes crescem a taxas anuais próximas de 40%, está no foco de grandes indústrias do segmento de leite do país que buscam diversificação e maior rentabilidade.
Quase simultaneamente, chegam ao mercado três novas linhas de lácteos funcionais. A UP Alimentos, joint venture entre Unilever e Perdigão, criada há quase dois anos, coloca no mercado dois lácteos funcionais com a marca Becel Pro.Activ: são o iogurte e a bebida láctea, ambos com fitoesteróis. Já a Bertin, que em 2007 entrou em lácteos com a compra da Vigor, lança o Lective, um iogurte probiótico que contém lactobacilos e a bactéria Bifido, que auxiliam o funcionamento da flora intestinal.
Por fim, a mineira Itambé coloca no varejo o iogurte Plenus. Também planejado para tratar do chamado "intestino preguiçoso", o produto contém as bactérias Bifidobacterium lactis e o Lactobacillus acidophilus.
Tanto Vigor quanto Itambé miram o mesmo público da francesa Danone, com o Activia, que responde por quase 90% da venda de iogurtes funcionais no Brasil. Com o Lective, a meta da Bertin é ocupar a segunda posição entre os iogurtes funcionais dentro de três anos. "Queremos uma fatia de 15%", afirma o diretor de marketing da Bertin, Marcos Scaldelai. Com isso, o Lective teria que tirar não só mercado do Activia, como também dos produtos da Nestlé (Nesvita e Molico ActiFibras) e da Batavo (Biofibras), que já disputam o segmento no Brasil. E para isso ele aposta no preço: o Lective chega com preço em média 10% menor que o rival Activia.
Já a UP Alimentos está criando um novo mercado para seus lácteos funcionais no país. Assim como o creme vegetal Becel Pro-Activ, o iogurte e a bebida láctea são enriquecidos com fitoesteróis, extratos vegetais que ajudam a reduzir a absorção do colesterol no sangue, segundo a empresa. A Danone já comercializa na Europa o Danacol, um iogurte que ajuda a limitar a absorção de colesterol. O produto ainda não aportou por aqui. Os itens da linha de lácteos da UP são produzidos pela Perdigão em sua fábrica de Carambeí (PR).
O mercado de iogurtes no Brasil como um todo movimentou R$ 2,65 bilhões no ano passado, segundo a Nielsen. Desse valor, os funcionais representam 20%. Segundo a Nielsen, o mercado de iogurtes total cresceu 2,4% em volume em 2008, e o de funcionais, 37%. Outro segmento que cresce no país é o de leites especiais, no qual a Nestlé acaba de entrar e que já tem competidores como Batavo, Elegê, Parmalat e Jussara. Esse mercado movimenta cerca de 100 milhões de litros de leite por ano.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha e Daniele Madureira, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
Aumenta a disputa no mercado de lácteos funcionais
O mercado de lácteos funcionais, cujos volumes crescem a taxas anuais próximas de 40%, está no foco de grandes indústrias do segmento de leite do país que buscam diversificação e maior rentabilidade. Quase simultaneamente, chegam ao mercado três novas linhas de lácteos funcionais.
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JONAS GUARNIERI
COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA - ESTUDANTE
EM 12/11/2009
Gostei muito desta matéria, estou me formando em tecnologia de laticínios, e essa matéria esclareceu umas dúvidas que eu tinha com relação a um trabalho que preciso fazer sobre lácteos funcionais. Obrigado!