O ano de 2022 finalizou com uma produção de 11.557,4 milhões de litros de leite, o que implica um crescimento relativo a 2021 de 0,04%. Recordamos que nossa projeção para 2022 (com dados de 20 indústrias), publicada em 28/01/22 apresentou um crescimento interanual de 0,59%.
Como dados adicionais, refira-se que a produção medida em sólidos totais (gordura + proteína), teve um crescimento homólogo de 1,7% visto que os sólidos passaram de 7,05% em 2021 para 7,17% em 2022.
No final do ano passado procedemos a um novo levantamento com dados fornecidos pelas indústrias, neste caso para o ano de 2023, obtendo um valor estimado de 11.472,7 milhões de litros, ou seja, uma redução de 0,73% em relação ao ano 2022. Devido ao aprofundamento da seca e às complicações económicas, decidimos fazer uma revisão desses dados para termos uma visão geral da situação, e daí surgem os dados que apresentamos a seguir.
Critério Metodológico - Cerca de 30 indústrias foram solicitadas a nos fornecer sua estimativa de produção de 2023 em relação a 2022 (já considerando os dados reais de janeiro e fevereiro). Os dados fornecidos correspondem à variação interanual em um laticínio constante para cada mês de 2023 em relação ao mesmo mês do ano anterior e a variação anual total.
Cada uma das variações é ponderada de acordo com a participação de cada indústria na arrecadação nacional de leite que temos disponível no Ranking Industrial elaborado pela OCLA. Somam-se os pesos mensais de cada indústria e aplicam-se à produção real de cada mês e ao total do ano anterior, neste caso 2022, para obter os litros de produção estimados para cada mês de 2023 e o total.
Esta estimativa resulta da informação fornecida por cerca de 15 laticínios que recebem e processam cerca de 50% do leite da Argentina, sem nenhuma outra intervenção da OCLA sobre esses números.
Reafirma-se que esta estimativa apenas tenta dar uma perspectiva para o ano de 2023, com base nos dados disponíveis à data da sua realização. As condições de alta volatilidade e incerteza que certamente caracterizarão o ano corrente podem gerar diferenças importantes com relação aos números projetados, que avaliaremos à medida que ocorrerem.
Por fim, com base no Balanço Lácteo do Ano de 2022, na estimativa de produção para 2023 e considerando um aumento do consumo total devido ao crescimento natural da população, pudemos constatar que o abastecimento interno está absolutamente garantido com estes números e haveria uma queda no volume exportado da ordem de 20%, se mantivermos os mesmos níveis de estoques do ano passado do que se 50% fossem consumidos, poderíamos equalizar os volumes exportados em 2022.
As informações são da OCLA, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.