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Nova Zelândia: Estação de vacas secas

POR ERIC GANDHI SILVEIRA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/07/2013

8 MIN DE LEITURA

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Figura 1: vacas pastejando couve Back Track Dairies

O clima da Nova Zelândia é favorável à produção de forrageiras de clima temperado com alto valor nutritivo, mas ao mesmo tempo é desfavorável à alta produção de matéria seca por área devido à baixa temperatura. Por isso aqui a produção de leite é estacional. O pico de produção das vacas é sincronizado com o pico de produção do pasto e o excedente é estocado e ofertado durante o inverno, sobre a neve ou sobre o pasto baixo. Algumas fazendas, principalmente na Ilha Sul, arrendam outra propriedade que eles chamam de “run-off” para deixar as vacas secas no inverno. Os “run offs” são especializados em prestar esse tipo de serviço para produtores de leite. Não só na mantença de vacas secas como também na recria de bezerras leiteiras. Em geral uma unidade de produção de leite só possui vacas leiteiras. Como a produção de leite é estacional, cada estação tem a sua particularidade de acordo a produção de pasto, clima e fisiologia da vaca. Nessa oportunidade iremos falar sobre a estação de vacas secas que os Kiwis chamam de “dry season” ou “dry off”.


Figura 2:Rebanho jersey Willowbank Farm

O “dry off” vai de junho a julho e se inicia com o processo de secagem das vacas. A grande maioria das fazendas faz terapia da vaca seca que consiste na secagem de vacas com o uso de antibióticos intramamários de longa ação, próprios para esse fim. Essa prática é muito importante principalmente na Ilha Sul, pois aqui temos um inverno úmido e a lama nos piquetes favorece a contaminação dos tetos e, portanto, a mastite. Para a aplicação do antibiótico as fazendas fazem mutirões reunindo vizinhos e amigos. É um processo muito trabalhoso e todos os produtores ajudam uns aos outros. Após a ordenha, a vaca permanece na plataforma para o protocolo. É importante que seja nesse momento, pois a vaca permanece com o esfíncter do teto aberto por até 10 minutos após a ordenha. Primeiro vem uma pessoa limpando a ponta dos tetos com lenço descartável umedecido com álcool próprio para esse fim, chamado de “teat wipe”. Usa-se um “teat wipe” para cada teto. Não se faz a limpeza do teto inteiro para não correr o risco de levar sujeira para o esfíncter onde a cânula será introduzida. A limpeza é feita dos tetos anteriores pra os posteriores caso contrario o braço da pessoa que esta limpando pode encostar aos tetos limpos e sujá-los novamente.


Figura 3: limpeza do teto com "teat wipe"

Após a limpeza dos tetos deixam-se os lenços usados debaixo da vaca para identificar que a mesma está pronta para aplicação do antibiótico. A aplicação é feita tomando o cuidado de não introduzir a cânula completamente para evitar que a seringa leve sujidades para dentro do teto. Em geral, não é comum nas propriedades o ato de massagear o teto empurrando a medicação para dentro do úbere, para não empurrar também possíveis contaminantes, contudo, vi algumas fazendas realizando o procedimento. Ao contrário da limpeza dos tetos, a aplicação do intramamário deve ser feita no sentido dos tetos posteriores para os anteriores, pois quando o braço da pessoa encostar aos tetos estes já estarão tratados.

Após a aplicação do antibiótico intramamário, as seringas são deixadas debaixo da vaca junto com os lenços para identificar as que já foram tratadas. Ao completar o tratamento em uma plataforma, todo o lixo é recolhido enquanto a mesma vai girando e as vacas vão saindo. Contudo, antes de sair as vacas recebem um pour-on contra ectoparasitas e só irão ser ordenhadas novamente quando parirem.

Para economizar na compra de medicamentos, vi algumas fazendas dividirem as vacas em dois grupos, onde as vacas que iriam parir nos primeiros 50 dias da estação de parição recebiam um produto de ação de 56 dias, mais barato que o medicamento de 90 dias de ação usado nas vacas que tinham previsão de parto superior a 50 dias. Também constatei muitos produtores usando “teat Seal” para o segundo grupo de vacas e também para novilhas no terço final de gestação. Inclusive já tem algumas fazendas usando uma estrutura móvel para aplicação do “teat Seal” em novilhas no piquete mesmo.

Depois da secagem, as vacas vão para o “run-off”. Esta estratégia é muito importante, pois a vaca seca é menos exigente e a rotação no pasto deve ser mais lenta, sendo estes dois fatores que possibilitam o produtor adensar mais os animais na área de pastejo, manejo que danificaria o piquete da fazenda de origem durante o inverno. Além disso quando os animais retornam os piquetes estão com uma boa disponibilidade de pasto.


Figura 4: fornecimento de pré secado no "Run Off"

Geralmente o “run off” é realizado com pastejo em faixas de couve, “fodder beet”, “italian Grass”, aveia e/ou fornecimento de silagem. No pastejo, essas forrageiras permitem uma altura de manejo bem maior do que o azevém, uma maior produção de matéria seca, sem prejudicar a qualidade da forragem consumida, como também eficiência de colheita. Em uma pesquisa feita em 31 fazendas do estado do Canterbury-NZ, constatou-se uma produção média de 10,9t/ha de couve com 95% de colheita pelas vacas (EDWARDS, et. al 2008).


Figura 5: vaca pastejando couve sob a neve

A couve é a principal forrageira de inverno no país. Apesar da alta produtividade por área e excelente índice de colheita, a couve possui saponina, um fator anti-nutricional também encontrado na soja e alfafa que impossibilita pastejo exclusivo. Na primeira semana de pastejo os produtores fazem uma adaptação no gado fornecendo 50% da dieta com o pasto original de azevém e trevo mais, 25% de couve e mais 25% de feno de resíduo de lavoura de trigo que os kiwis chamam de palha. O uso da palha serve para diminuir o valor nutricional da dieta, para diminuir a produção de leite das vacas, além aumentar o teor de fibra e matéria seca já que a couve tem baixos teores destes. Gradativamente, os produtores vão diminuindo o acesso ao pasto até fornecer somente couve mais,silagem e/ou palha, onde a couve passa a representar em média 85% da dieta. Outras forrageiras têm sido usadas como opção de forragem de inverno. O importante é que seja altamente produtiva sem prejudicar o consumo e a qualidade do material ofertado. Uma forrageira que também chama a atenção é a “fodder beet”, uma espécie de beterraba que as vacas consomem a parte exposta na superfície e a raíz. Ambas são de muita aceitabilidade pelos animais e é uma cena interessantíssima ver as vacas consumindo a raiz.


Figura 6: vacas pastejando "fodder beet"

Quando falo raiz de beterraba assumo que a planta possui raiz tuberosa, embora existam fontes que dizem que o principal órgão de reserva da beterraba é o colo do caule da planta. Enfim, raiz ou caule a “fodder beet” é altamente produtiva produzindo em média de 18 a 22 toneladas de matéria seca por hectare chegando a 30 toneladas, com resíduo menor que o da couve. É uma excelente opção para o inverno, inclusive só pode ser usado nessa época devido ao alto teor de oxalato, fator anti nutricional que indisponibiliza o cálcio. Já a couve possui alto teor de cálcio. O uso estratégico da “fodder beet” se dá nos primeiros 45 dias de “dry season” no intuito de promover ganho de peso das vacas que geralmente saem da lactação com escore de condição corporal (ECC) um pouco baixo.

O ECC na NZ vai de uma escala de 1 a 10. Qualquer ECC abaixo de 3 é um animal magro. Acima de 6 é considerado obeso. Na média, as vacas secam com o ECC 3 e a meta é parir com um ECC 5 para vacas e 5,5 para novilhas. Cada ponto de ECC equivale a 6,58% do peso corporal. Nesse caso a vaca precisa ganhar 13,16% de peso corporal em 60 dias. Na prática, é aceitável até 15% do rebanho com ECC abaixo da meta.

O período “dry off” não demanda muito esforço operacional. No entanto é preciso ter um bom planejamento, pois o intervalo de tempo é muito curto e qualquer erro pode refletir na lactação. Além disso, o excesso de alimentação custa caro principalmente nesse período em que não se tem receita de leite. Portanto, é preciso alimentar os animais com a quantidade correta. Animais obesos ou magros não são desejáveis para o período de parição. Vacas magras perdem mais peso no início da lactação, o que leva a uma série de problemas decorrentes do baixo ECC. Por isso, os produtores Kiwis têm sempre acurado o tamanho dos piquetes, produtividade da forrageira bem como a qualidade. Além disso, deixam todo plano de rotação e manejo definidos para que o desenvolvimento das atividades fiquem o mais simples possível de o funcionário realizar.

Resumidamente, o que tem para se dizer da dry season da “porteira pra dentro” foi dito, contudo creio que a maior interrogação do produtor brasileiro é em relação à “porteira para fora”. É difícil imaginar uma fazenda leiteira sem produzir leite. Todavia uma fazenda de corte também não produz carne o ano inteiro. A produção de leite na NZ também tem safra. O leite se comporta da mesma maneira que qualquer outro produto na safra e na entressafra. Quem se beneficia com isso é quem tem condições de produzir na entressafra. A Fonterra Co-Operative Group Ltd, responsável por 81% da captação nacional, opera o ano inteiro no mercado mundial de lácteos, mas na linha de produção, a dry season é um bom momento para se concentrar férias, manutenções de equipamentos, treinamento de pessoal, planejamento anual, etc. Na fazenda não é diferente. Alguns produtores produzem sem parar para abastecer o mercado interno e aproveitam da melhor remuneração, apesar do custo também se elevar.

No Brasil, temos uma demanda interna muito alta fazendo com que os laticínios pressionem o produtor a produzir o ano inteiro. Contudo, se o Brasil continuar evoluindo em breve, além de atender o mercado interno, estará exportando muito leite em pó. Isto viabilizaria a produção estacional, que, por sua vez, facilita muito o planejamento estratégico do produdor.

ERIC GANDHI SILVEIRA

Consultor pela Alcance Consultoria e Planejamento Rural
Acompanhou 8 fazendas na Nova Zelândia durante 18 meses na Nova Zelândia.

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JOSÉ PATRÍCIO DA SILVEIRA NETO

PIRAPORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/11/2013

Caro Paulo Thomazella, a Paz do Senhor Jesus. Não será por falta de convite. Desde já será um prazer receber você e sua família. Claro que nós vivemos na dependência do Senhor, por isto estarei orando para "preparar" sua vinda aqui em Pirapora. Obrigado por suas orações, isto é importante para todos nós. Fica com Deus.

Patrício.
PAULO CESAR DIAS THOMAZELLA

SOROCABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/11/2013

Caro José Patrício eu que fico muito feliz por ter me enviado este email.Cada vez mais DEUS coloca pessoas como você em nosso caminho.Estarei torcendo por você e todos os produtores rurais deste país e de todo o mundo.Talvez um dia se DEUS preparar poderei conhecer o trabalho que você está realizando em sua propriedade.
Um grande abraço e que DEUS abençõe sempre você,sua família e todos os leitores que dedicaram um tempo do dia para dar suas opiniões pois vivemos a cada dia aprendendo .
JOSÉ PATRÍCIO DA SILVEIRA NETO

PIRAPORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/10/2013

Caro Paulo Thomazella, a Paz do Senhor Jesus. Fiquei gratificado em ler seu comentário, pois hoje em dia são poucos os técnicos que falam de Deus. Albert Eiinstein escreveu que "Quero conhecer os pensamentos de Deus... O resto é detalhe". É o mesmo que dizer buscai primeiro o reino de Deus e sua Justiça que o resto lhe será acrescentado. Deus não agrada dos murmuradores. Veja que exemplo maravilhoso de sua família. Estou em um região que chove 880mm de média ano, porém nos últimos anos esta chuva cai praticamente em dois meses. Tentei ir ao Rio São Francisco passando uma adutora pelos vizinhos, porém estes negaram a passagem. Hoje eu guardo água da chuva para irrigar os pastos da fazenda na seca. Imagina você que 150mm já transborda minha barragem. Em junho praticamente o córrego corta. A nossa seca vai de abril a outubro pelo menos. Certo é que a seca aqui é de no mínimo seis meses.Daí eu dizer que o pouco com Deus é muito. Estamos formando um rebanho meio sangue a partir de nossas melhores vacas Gir fenótipo leiteiro. O rebanho ainda não está estabilizado e acho que gasto ainda dois anos para estabilizar, porém não perco a esperança e com todas as adversidades climáticas e sociais vamos atingir a nossa meta de produção. É porque somos bons? Não é porque acreditamos em Deus e Ele vem primeiro do que todas as tecnologias que aplicamos na fazenda. Parabéns. Fica com Deus.
Patrício.
PAULO CESAR DIAS THOMAZELLA

SOROCABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/10/2013

Prezado Eric.Fico muito feliz e gratificante por ler estas informações que foram repassadas por você pois a cada dia aprendemos mais e também poder repassá-las para os produtores rurais do Brasil.Li todas as opiniôes de todos os leitores e respeito todas elas pois sei que a atividade leiteira requer um trabalho sério e permanente todos os dias.Meu pai foi criado na zona rural no município de Conchas/SP e teve 11 irmâos.Quando meu avó faleceu o mais velho dos homens asumiu a responsabilidade da propriedade que era simples e sua atividade principal era o leite para o sustento da família.Todos casaram e foram viver da atividade.Jamais ouvi meu pai reclamar que o leite não dava para o sustento da famíla sendo que naquela época não tínhamos a tecnologia que temos hoje.Mas eles tinham uma força poderosa que se chamava DEUS(que é ONISCIENTE,ONIPOTENTE e ONIPRESENTE.)Meu tio mais velho que assumiu a propriedade do meu avó teve 13 filhos e sua renda principal era a atividade leiteira.Falecido faz mais de 15 anos nunca vi ele reclamar e conseguiu sustentar todos os seus filhos que hoje estão casados cada um com a sua família.Com esta declaração gostaria de deixar uma mensagem positiva a todos os leitores que escreveram dizendo que nos esforcemos cada vez mais pois o nosso país é maravilhoso e não esqueçamos de uma coisa independente de cada religião que cada leitor tem:Em tudo que formos fazer busquemos sempre em primeiro lugar o reino de DEUS e tudo mais será acrescentado.Que agradeçamos todos os dias pelo alimento que temos e pelos produtores de leite por produzir com muito esforço e seriedade na mesa do consumidor.Vocês são guerreiros e nunca desistam da batalha,porque somos mais que felizes por estarmos vivos e sermos filhos de DEUS por intermédio de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
Estarei torcendo por todos vocês.Jamais desistam
do que fazem poi vocês estão fornecendo alimento para o nosso País.
Caro Eric continue passando informações para que possamos sempre fazer o melhor para o bem de todos.
Como diz meu pai sempre peça a DEUS paciência e humildade.ELE nunca nos abandonará.
Um grande abraço a todos e torço por vocês pois estou no mesmo caminho.
QUE DEUS abençõe a todos
Paulo Thomazella
ANA

PIRAPORA - MINAS GERAIS

EM 20/08/2013

obrigada e Parabens pelo artigo. voce demonstra que gosta do que faz, por isso é bom.
gostaria de saber mais sobre o problema que houve com a Fonterra na gualidade do leite e se isso afetou os produtores ai?fique com Deus.
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/08/2013

Caro Eric,

Talvez o segredo não esteja nas cooperativas, mas sim da porteira para dentro. De nada adianta os produtores brasileiros ficarem se lamentando, culpando nosso passado colonial, culpando a ausência de cooperativas, etc. O que pode mudar a realidade da pecuária leiteira no Brasil é o "EU", enquanto cada um não fizer a sua parte da porteira para dentro não vamos ver nenhuma mudança da porteira para fora. Os técnicos vão investir cada vez menos em conhecimento pois não são cobrados pelos fazendeiros, os prestadores de serviços não vão oferecer melhores serviços pois não são cobrados. Enfim, tudo começa dentro das nossas fazendas, depende única e exclusivamente da vontade de cada individuo. E a força motriz do desenvolvimento se chama CONHECIMENTO, corram atrás do conhecimento que o resto vem com o tempo.

Um abraço

Ronaldo
ALESSANDRO CARDOSO DE PAULA

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/08/2013

Parabéns, é disso que o produtor brasileiro precisa estar atento e estar disposto a compartilhar experiências. É muita informação que muitas vezes nem se quer chega ao produtor e quando chega é muito distorcida. Vale a pena lembrar do trabalho que vem sendo realizado já a algum tempo no Paraná em termos de cooperativismo, quem sabe deixaremos essa herança maldita do colonialismo que até hoje se vê por muitos locais do nosso BRASIL.
Sucesso a todos e mais uma vez Parabéns pelo blog.
ERIC GANDHI SILVEIRA

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/08/2013

Prezados,

Agradeço a todos pela gentileza dos comentários. Reconhecimento sem sombra de duvida é o maior combustível para realizar esse tipo de trabalho. Fico muito honrado pelas congratulações. Mesmo vindo do meu pai de amigos, mas também de pessoas que não tive a oportunidade de conhecer. Contudo aqui também estou plantando a união do setor leiteiro que foi muito bem comentada nesse artigo. Vejam quantas coisas se devem a união dos produtores na NZ: a fonterra é a maior cooperativa do mundo; a LIC é uma cooperativa para melhoramento do gado neozelandês e foi a primeira a realizar programa de melhoramento genético de raça cruzada no mundo; a DairyNZ é uma cooperativa para servir de pesquisa e extensão aos produtores e é a maior fonte de conhecimento de produção de leite na NZ; a capacitação de pessoal na NZ é realizado por uma cooperativa chamada AgITO. Antes pensava que essas duas ultimas empresas pertenciam ao governo devido a alta qualidade do serviço prestado sem custo nenhum. Como brasileiro desconfiado fui perguntando quem bancava tanta qualidade até descobrir que tudo vem direto do bolso do produtor. Vem e volta... Como produtor espero estar me unindo com a classe através desse blog. Como técnico espero continuar contribuindo para a vida profissional de vocês.

Um grande abraço
ALEXSSANDRO BORBA GUERREIRO

LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/08/2013

Caro Eric,

Sempre leio as suas postagens, por sinal muito bom, ja tive a oportunidade de visitar algumas fazendas nos Estados Unidos, e agora atraves da NZ e da LIC, estarei visitando a Nova Zelandia, em busca de novos conhecimentos, como ja disse um colega anteriormente, cobra que não rasteja??????. Infelismente aqui no Brasil ainda se perde muito tempo discutindo sistemas, em vez de se compartilhar ideias dentre eles, ciumes e paradigmas que so contribui para estarmos onde estamos.

Um
BERNARD WOODCOCK

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/08/2013

parabéns Eric, se quiser vista a nossa fazenda em Northland e conhecer a realidade "sub tropical" no norte do país, eu posso organizar.
SANDRA MONTEIRO

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS

EM 05/08/2013

Parabéns a todos, tanto pelas questões quanto pelas informações. Realmente, poderíamos só sonhar com um Brasil eficiente em produção leiteira. Mas ainda é possível, mesmo que a mudança cultural seja o maior desafio cada um deve fazer o seu melhor.
MARCO TULLIO EMILIO FULVIO PADOVANI DE BRITO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/08/2013

O legal do Brasil mesmo é a união dos produtores e todos envolvidos na cadeia leiteira.
Enquanto o artigo nos relata a união dos Nz, no Brasil os produtores não compartilham com seus vizinhos nem mesmo o preço pago pelo laticínio. Acreditam ser mais queridos e desta forma ao dividirem a informação sobre o valor recebido estariam traindo a consideração prestada pelo laticínio.
Com relação ao sistema de produção ... Não fiquemos discutindo "sexo dos anjos". Com certeza o Brasil possui uma diversidade inúmeras vezes maior, capaz de aceitar variados sistemas. Sejamos como o bom mineiro, observador cuidadoso aproveitando aquilo que se trata de novidade interessante.
Por fim, aqui no Brasil é sempre bom dar Graças a Deus pela possibilidade de escolha do sistema de produção. Se a escolha foi confinamento "sequizágua", que bom se te traz rentabilidade e prazer, se foi pasto, bom também. O importante é que seu trabalho te traga renda e alegria de continuar tocando a atividade
EMERSON GONÇALVES

SANTA RITA DO PASSA QUATRO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/08/2013

Obrigado por dividir conosco seu conhecimento sobre a produção de leite na Nova Zelândia, Eric.
Olhando o catálogo de touros da empresa que vende sêmen neozelandês no Brasil, uma coisa chamou muito minha atenção: "Touro indicado para uma ordenha".
Se há touro com essa característica realçada é porque há mercado para ele. Peço desculpas se você já tratou desse tema, mas gostaria de saber mais a respeito dessas propriedades (partindo do pressuposto que elas existem) que trabalham com uma só ordenha.
Com relação ao período seco achei muito interessante o seu post, pois é algo que vou tentar implantar em minha propriedade para dezembro e janeiro ou, mais precisamente, para o período final de dezembro até início/meados de fevereiro.
É difícil, porém, conseguir deixar as vacas no ponto certo. Salvo alguma intervenção mais drástica, creio que só conseguirei essa meta para o Natal 2015.
Pode parecer contraproducente secar as vacas e parar o leite no momento de maior e melhor disponibilidade de capim, mas é, também, o pior momento do ano em chuva, barro, mastite, problemas diversos desde o amochamento das bezerras até a CBT no tanque. Meu índice é consistentemente baixo, baixíssimo, mas nessa época dá sempre jeito de dar uma subidinha.
É, também, o período de concentrado mais caro, historicamente: milho, soja e polpa cítrica estão nas alturas.
E o leite nas "baixuras".
.
Outro ponto interessante no seu post: intramamário para 90 dias. Não é a regra, claro, mas vira e mexe há sempre vaca que vai ficar seca mais que os 55 a 70 dias de praxe, e esse produto seria interessante. Não sei se existe no Brasil, mas se existir nunca soube. Atualmente uso um para 41 dias ou outro para 60.
Abraço.
JOSÉ PATRÍCIO DA SILVEIRA NETO

PIRAPORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/08/2013

A Paz do Senhor Jesus Eric. Seu profissionalismo salta aos olhos. O bom é que você trás as informações sem paixão. Está mostrando como funciona. Cada um de seus leitores é que deverão fazer algum juízo de valor sobre as informações. Este juízo de valor não tem nada haver com seu artigo que do ponto de vista técnico somente explicita como funciona a coisa na NZ. Se sujeito é a favor ou contra, gostou ou não gosto, é o de menos. Parabéns. Continua escrevendo porque muito temos que apreender e comparar para melhorar. Fica com Deus.
ERIC GANDHI SILVEIRA

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/08/2013

Caro Ronaldo,

Agradeço também pelo vídeo. Eu postei duas fotos dessa fazenda no blog. Vou copiar esse link no comentário das fotos. Obrigado pela contribuição...

ERIC GANDHI SILVEIRA

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/08/2013

Caro Ronaldo,

Minha duvida era só a respeito da sua ida aos EUA mesmo. Quanto a este quesito eu sei bem o que é o Leite gerar riqueza para população, pois eu estou vivendo em um país de primeiro mundo onde a cadeia produtiva do Leite representa a maior parcela do PIB. Mas de qualquer maneira foi bom você perguntar isso pois me deu idéia para o próximo artigo que será sobre a contribuição do leite na economia da Nova Zelândia. Obrigado!!! Espero que um dia você realize o seu sonho como eu...

Abraços
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/08/2013

Caro Eric,

Mesmo não sendo pertinente ao seu texto, vou deixar este link que eu achei interessante:
https://www.youtube.com/watch?v=p1VjSbRm0VU

Um abraço

Ronaldo
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/08/2013

Caro Eric,

É meu sonho fazer esta viajem aos EUA, mas ainda vai ter que esperar para ser realizado.
Realmente é um susto para muitos o fato dos EUA estarem exportando tanto, levando em consideração que nunca tiveram tradição em exportar e todos sempre classificaram o país como ineficiente e de custos altos. Então o que mudou? Mudou o mundo! Países pobres estão em crescimento econômico e com isto aumentando o consumo de lácteos. E neste contexto nem a NZ, nem o Brasil, nem a Argentina tem volume suficiente para atender esta necessidade. Sobrou para quem tem produção, estrutura, genética e principalmente conhecimento (tecnologia), ninguém menos que os EUA, não é mesmo?
Você fala muito em eficiência, mas se for observar a fundo verá que a produção leiteira da NZ é tão eficiente como a de Israel e dos EUA. Não é a forma de alimentar os animais que torna alguém mais ou menos eficiente, mais sim a capacidade de gerar riqueza para a população que a atividade tem. E neste quesito você tem alguma dúvida sobre o que eu afirmei?

Um abraço

Ronaldo
GUILHERME ALFREDO MAGALHÃES GONÇALVES

LAGOA DOS PATOS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/08/2013

Rapaz, meu amigo e colega de profissão, primeiramente quero parabenizá-lo pelo feito que você tem praticado em função do engrandecimento de seus conhecimento e claro da Zootecnia Brasileira.
Experiencia, como esta vivida por você, realmente não são todos que têm esta oportunidade, portanto aproveite, aprenda e vá nos informando sobre, o modo e método de trabalho dos neozelandeses, que como já ouvi falar e você citou acima, " não são os maiores produtores, porque produzem muito e sim porque são eficiente no que fazem."

@ DE ABRAÇOS, MEU AMIGO!!
MARIO CELLA NETO

CURITIBA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 02/08/2013

Eric, estive por ai em 2005, trabalhei com o Jeremy na fazenda em Ashburton, onde o Jeremy era share milker, juntamente com o Jan e a Juliana Ângelo. Hoje estive com o Marcelo Pereira, em um evento da Cooperativa Witmarsum, aqui no PR, o conheci e fiquei sabendo do blog. Parabéns pelo blog, para mim particularmente, é um momento nostálgico de muita alegria...!! Muito legal ver o crescimento e a evolução dos intercambistas que para ai foram, relatando odia a dia da fazenda, as novas tecnologias, enfim ,quando estive ai a internet ainda era discada, e isso são apenas 8 anos atrás. O sistema realmente é muito inteligente, e adequado as particularidades de produção da região. Grande abraço, e mande lembrança ao Jeremy, por favor. Diga a ele, que o que sou hoje profissionalmente, e o que aprendi, muito devo a seus ensinamentos. Grande abraço.

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