QualityStorm, 'digitalizar processos de inspeção reduz custos e otimiza lacunas'

Estamos lançando hoje no MilkPoint uma série de matérias realizadas com startups que oferecem serviços e soluções para as indústria de bebidas e alimentos. A primeira escolhida foi a QualityStorm, solução voltada para a digitalização dos processos de inspeção em diferentes áreas da empresa. Confira abaixo a matéria completa:

Processos de inspeção e as suas respectivas necessidades. Foi essa a inspiração que guiou a criação da startup QualityStorm, que nasceu com a ideia de digitalizar processos, principalmente os de inspeção. No contexto de transformação digital no qual o mundo e as indústrias se encontram, a startup permite às indústrias essa transformação de maneira simples e rápida.

Segundo Brahim José Málaque Neto, sócio fundador da startup, quando ele e a equipe ainda eram uma empresa de projetos, já atendiam várias indústrias e observavam que os processos eram realizados muito manualmente e com várias lacunas que poderiam ser otimizadas via tecnologia.

A grande maioria dos processos de inspeção são feitos em formulários de papel onde os dados precisam ser transcritos posteriormente para um sistema de tabulação. Grande parte desses dados possuem erros de preenchimento e nunca serão transformados em informação estratégica para os gestores.

“Dessa observação e da nossa vontade de criar um produto que impactasse na melhoria de processos nas indústrias surgiu o QualityStorm. O setor alimentício - assim como o segmento farmacêutico e de bebidas - é um segmento que tem uma alta regulação e por conta disso, exige alguns cuidados especiais. Nossa solução foi concebida já levando em consideração as exigências que os órgãos de regulamentação pedem para as empresas. Além disso, tomamos muito cuidado com a rastreabilidade das informações coletadas nos processos, pois esse é um segmento no qual esse item é fundamental”, disse ele.

Funcionalidades da startup

A startup possui várias funcionalidades e para exemplificar, as de processos de inspeção, normalmente executadas através de checklists e formulários em papel, podem ser substituídas por processo eletrônico, executado através de dispositivos móveis como tablets, celulares ou até mesmo coletores de dados. Por meio de um aplicativo e um processo simplificado de preenchimento, operadores podem registrar todos os itens dos processos de inspeção, bem como evidenciar cada etapa com imagens que demonstrem as atividades executadas. Desvios de processo são apontados em tempo real e transmitidos aos responsáveis para que as devidas providências sejam tomadas.

Já com relação a operação de rastreabilidade de operações e produtos, qualquer atividade da organização que é executada através do QualityStorm é rastreável e identificável, com detalhes de quem executou a atividade, tempo de execução, versão utilizada e responsável por eventual liberação. Aos gestores é possível rastrear suas operações de acordo com diferentes filtros, como: operações realizadas em determinado processo ou produto, em um período específico, feitas por um determinado operador, entre outros. A rastreabilidade não é aplicável apenas as operações, mas também a produtos, permitindo acompanhar o comportamento de cada processo produtivo.

Área de laticínios

Brahim comentou que ainda não possuem um cliente na área de laticínios, porém, no momento estão negociando com algumas empresas do setor. “É uma categoria que já identificamos que podemos impactar positivamente, especialmente na melhoria de processos e redução de custos. Dentro do setor de laticínios percebemos que podemos atuar junto às áreas de qualidade, produção e até manutenção de ativos e essa grande abrangência é algo que nos deixa ainda mais animados para atuar nessa área”.

Resistência à digitalização

Questionado com relação à resistência das empresas com relação à digitalização de processos, Brahim apontou dois tipos de resistências principais:

• A primeira diz respeito à regulamentação e se os órgãos regulamentadores irão aceitar a digitalização dos processos;
• Outro tipo de resistência comum é quanto a adaptação da equipe ao contexto digital - consequentemente - deixando de lado as operações manuais.

Para as duas objeções comumente levantadas, ele acrescentou que possuem vários exemplos de cases de sucesso, tanto da aceitação dos órgãos de fiscalização quanto da adaptação das equipes a uma nova tecnologia.

“Com o QualityStorm e a digitalização dos processos é possível ganhar produtividade com a redução de tarefas repetitivas e a maior integração entre processos. Hoje é comum que processos não compartilhem informações e os operadores tenham que coletar várias vezes a mesma informação em processos distintos. Priorizamos a informação unificada, permitindo que haja redução de retrabalhos”.

Além dos ganhos de produtividade, ele afirmou uma redução de custos por conta das melhorias dos indicadores de qualidade e nos processos que a competem. “Observamos redução de custos da área por volta de 20%, uma vez que os processos de inspeção se tornaram melhores e permitiram ações que contivessem desvios”, finalizou ele.

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