Produção de leite a pasto: custos de produção versus produção de leite |
MARCO AURÉLIO FACTORI
Consultor, Factori Treinamentos e Assessoria Zootécnica.
ELCIO RICARDO JOSÉ DE SOUSA VICENTE
Professor na UNOESTE Presidente Prudente/SP. Zootecnista, Me em Agronomia pela UNOESTE - Presidente Prudente/SP. Produção Vegetal.
JULIANA APARECIDA MARTINS FACTORI
Técnica Contábil - Assistente Financeiro
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EDUARDO NABUCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS EM 31/12/2017
Muito bom o artigo publicado. Realmente há que se ter plena noção da realidade de cada um. Quem possui terra boa e ótimos pastos, pode optar por um sistema produtivo mais barato, e terá lucratividade na ordenha. Contudo, em topografia montanhosa e terra não tão fértil, não tem como escapar da silagem e do concentrado. Enfim, "cada um no seu quadrado". Abraços em todos e um produtivo 2018.
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EMPRATER ACEGUÁEM 09/11/2017
Julio César Rodrigues Gonçalves Júnior - Técnico Agrícola
Bagé - Rio Grande do Sul Boa Noite! Parabéns pelo artigo. Muito importante para que os produtores reflitam sobre a eficiência do seu sistema produtivo. Evidenciando que cada propriedade deve montar o seu sistema. Ressaltando a importância de um trabalho técnico baseando-se em estudos já realizados com sucesso. Além do uso de parâmetros já estabelecidos pelos pesquisadores. Ou seja, o desenvolvimento da atividade leiteira necessita obrigatoriamente da implantação e execução constantes de tecnologias modernas e eficientes. Acho que os produtores que não tem retorno financeiro com a atividade leiteira, persistem no mesmo erro, não buscam assistência técnica de qualidade. |
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MARCO AURÉLIO FACTORIPRESIDENTE PRUDENTE - SÃO PAULO - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 17/07/2017
Senhores
Primeiramente muito obrigado por ler nosso artigo e obrigado pela contribuição nas resposta e comentários. É com grande satisfação que leio todas e fico grato, de verdade por aprender mais com todos vocês. Em segundo lugar, devo aqui, neste momento fazer algumas considerações. O intuito desta artigo não foi imprimir uma receita e sim imprimir uma reflexão sobre o sistema. Os custos que mencionamos e as perguntas que deixamos no final do texto são para refletirmos para o que estamos fazendo se está certo ou não. Pois bem. No incio do texto coloco alguns pontos da literatura que mencionam que a margem de lucro média dos sistemas é bem diferente, seja o pasto e confinamento. Pois bem. Quando mencionamos esta margem de lucro já engloba outros custos como remédios, utensílios e outros...Desta forma, trabalhamos no texto apenas dados referentes a alimentação de uma forma geral e ainda o custo beneficio. mencionamos também a ideia que praticamente são os mesmos custos levar uma vaca para a ordenha, produzindo 10 ou 25 kg de leite. Sendo assim, peço desculpas por não abordar todos este pontos pois não caberiam aqui e ao mesmo tempo agradeço a todos que estão trazendo os custos aqui nos comentários para nós discutirmos. Mais uma vez o intuito do texto foi, é e será a discussão mesmo e despertar no técnico e produtor o instinto discursivo, comparador e avaliador. Somente com este pontos iremos obter o sucesso. Obrigado mais uma vez pela discussão, mas lembrem... falta muita coisa para concluirmos os sistemas... O sistema não é engessado e por isso cabe a utilização de tudo por todos, sempre adequando ao sistema de utilização. Estamos a disposição. Att. Marco Aurélio Factori |
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DUARTE VILELAJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 17/07/2017
recentemente escrevi um artigo no BB que alertava o que o Sr. Claudio Martins coloca sobre tamanho de vaca. Vejam: "Outro componente que deve ser considerado na definição do sistema a ser adotado para conseguir melhor eficiência alimentar é o tipo adequado de vaca. Animais mais pesados têm gastos maiores com manutenção e, consequentemente, custo com alimentação mais elevado, além de maior dificuldade para caminhar em pastagens. Neste particular o relevo e a característica do solo assumem papel importante nesta consideração. Por outro lado, vacas menores podem ter melhor eficiência alimentar e proporcionar maior produção por área pastejada. Pesquisas citam estas vantagens, como também as vacas de menor peso adulto tendem a ter vida produtiva mais longa, melhor eficiência reprodutiva e menos problemas de casco e de parto. Pode-se concluir que os programas de melhoramento voltados para vacas muito produtivas e pesadas, com pouca longevidade pode ter sido um erro do passado e agora a discussão fica por conta de geneticistas e nutricionistas na busca de vacas fortes, longevas e mais eficientes.
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CLAUDIO NERY MARTINSACEGUÁ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/07/2017
Importante não esquecer das vacas a serem utilizadas no sistema a pasto. A genética é importante nos resultados obtidos a longo prazo. Atualmente estou incrementando o uso de semem de touros da raça Jersey provenientes da Nova Zelândia. O aproveitamento da massa seca ingerida para produção de leite é, comprovadamente superior nessa raça, alem dos sólidos totais ( gordura, proteina, sais minerais), que ,hoje, são fatores de maior remuneração em alguns laticínios. Como o sistema de exploração lá ( na NZ) , é por safra ( normalmente 10,5 meses), vacas que não empreem e não produzam bem, são rapidamente retiradas do sistema. Isso além de ter melhorada as qualidades reprodutivas dos rebanhos locais, tambem consolidou a eficiência no aproveitamento das pastagens.
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FERNANDO ALMEIDA ARAUJOBARBACENA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/07/2017
Bom dia
Já trabalhei nos dois sistemas primeiro a pasto ( Mombaça irrigado) agora forneço silagem o ano todo . O primeiro ponto é o preço pois quando se tira muito leite o valor recebido também é maior . E fica difícil manter uma estabilidade na produção a pasto. Mas o custo do Mombaça irrigado e adubado é baixo. No sistema mais intensivo também tem suas dificuldade visto o alto custo dá produção de silagem e outros problemas que surgem com intensificação . Penso que o q vai dizer ao produtor qual sistema seguir é o tipo de gado a região e o tamanho dá area disponível. |
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CLEBERSOMLINS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 14/07/2017
mas essa contas so refere ao custos de alimentaçao mas nao podemos esquecer os outros custos como mao de obra,combustivel,energia,deteriorizaçao da fazenda,remedios, veterinario e outros. é complicado fechar uma leitaria no azul só com muito investimento
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NICOLE ZANDONÁGUARA - DISTRITO FEDERAL - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ) EM 13/07/2017
Olá Leonardo,
Muito interessante seu comentário. Realmente a RMCA é uma medida de eficiência econômica da vaca em um dado momento. Não sei se você já conheceu, mas nosso aplicativo, o MilkPoint Radar, desenvolveu recentemente para seus participantes um módulo de Gestão da Fazenda, que contempla a RMCA e mostra, de maneira comparativa, como este indicador evolui em todas as regiões e estados do Brasil. O acesso é gratuito! Se você tiver interesse, pode conhecer melhor essa funcionalidade, clicando no link: https://milkpointradar.com.br/rmca-apresentacao/ |
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FERNANDO PIMONT POSSASJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 13/07/2017
Perfeita a sua obervação, caro Leonardo Barros! Essa é a conta que a maioria dos produtores tem dificuldade de compreender. Os produtores não vivem de custos, vivem de lucro!! E neste caso, como na maioria das vezes, as vacas que produzem mais, apesar de serem mais "caras", apresentam melhor resultado financeiro! E o motivo é simples, diluição dos custos de mantença!!
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RODRIGO FERREIRAIJUÍ - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 12/07/2017
Boa tarde pessoal!
Não sei se entendi bem, e me corrijam se eu estiver errado, mas na minha interpretação os cálculos não suportam a conclusão dada. Vamos à matemática: a) 10 litros/dia a um preço teórico de R$1,25/litro = R$ 12,50 de receita/vaca/dia. Custos com alimentação R$ 1,56. RMCA: 12,50 - 1,56 = R$10,94 para cobrir outros custos e ter lucro. Numa situação hipotética de um rebanho de 30 vacas temos a seguinte situação: R$ 11.400,00 de receita no mês e custos de R$ 1422,72. RMCA= R$ 9977,28 no mês. b) 25 litros/dia a um preço de R$ 1,25/litros = R$ 31,25 de receita/vaca/dia. Custos com alimentação R$ 6,09. RMCA: 31,35 - 6,09 = R$ 25,16 para cobrir outros custos e ter lucro. Na mesma situação de 30 vacas teremos o seguinte: R$ 28.500,00 de receita no mês e custos de R$ 5.554,08. RMCA= R$ 22.945,92 no mês. Ou seja, um incremento na ordem de 130% de sobra em dinheiro após pagar a alimentação, mesmo esta sendo de valor mais alto. Outro ponto importante, com redução na área utilizada já que o pastejo, com a ração, nesta simulação corresponde a 53,8% comparado à situação só pasto. Teoricamente seria necessário apenas metade da área de pastagem aproximadamente. À disposição para discussão! Um abraço. |
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LEANDRO EBERTSERAFINA CORRÊA - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 12/07/2017
Olá. primeiramente, gostaria de parabenizar pelo artigo e pela abordagem.
Entretanto, gostaria de acrescentar que, nos exemplos acima, se calcularmos a Receita menos o custo de alimentação (RMCA), fixando, a título de exemplo, preço recebido de 1 real pelo leite, teremos que: A vaca da situação A (somente pasto) terá uma receita de 10 L x R$ 1,00 = R$ 10,00. - o custo de R$ 1,56 = R$ 8,44. A vaca da situação B (pasto + ração) terá uma receita de 25 L X R$ 1,00 = R$ 25, 00. - o custo de R$ 6,09 = R$ 18,91. Assim, para chegar aos R$ 18,91 que sobram da vaca B, precisaremos de 2,2 vacas na situação. É claro, sem considerar ainda os outros custos e mão de obra para manejar o dobro de animais, como já mencionado no texto, mas, considerando que esse valor que sobra de cada vaca, em ambos os casos, serve para pagar os demais custos e para o lucro do bovinocultor. sds |
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DUARTE VILELAJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 12/07/2017
Nos futuros sistemas intensivos de produção de leite não haverá mais espaço para forrageiras com baixos índices de produtividade e qualidade, independentemente do tipo de sistema. As tentativas feitas no passado de se trabalhar com sistemas de produção a pasto, com baixos níveis tecnológicos, falharam, cedendo espaço ao uso de fertilizantes e outros insumos, ou seja, à medida que a tecnologia se torna mais avançada, pode-se obter maior volume de produção. Nos últimos 40 anos as pesquisas têm concentrado esforços na busca por tecnologias que comportem produtividades próximas a 3.500 e 4.500 kg/lactação e é chegado o momento de concentrar esforços para se conseguir produtividades mais elevadas em consequência da maior concorrência por terra e mão de obra. Pela teoria econômica, quando um fator de produção vai ficando mais escasso seu preço tende a subir. A competição pelo uso da terra por diferentes atividades, em especial a expansão da agroenergia, São Paulo e Goiás são exemplos, tende a incrementar seu valor afetando os custos de produção de leite. Isso, por sua vez leva a um processo de intensificação da atividade. Regiões ou estados com maior abundância de terras disponíveis para exploração pecuária, com menor custo de produção total ou custo de suplementação alimentar, tendem a ser mais atrativos em função da competitividade. A recente preocupação com os transtornos provocados ao meio ambiente decorrentes dos sistemas de produção de leite, aliada a uma busca constante por modelos economicamente mais eficientes, tem levado a reflexões sobre formas alternativas de se produzir leite em sistemas intensivos. Como o alimento proveniente do pasto reduz o custo da alimentação, pode-se ter aí a resposta de como solucionar a complicada questão do manejo dos dejetos, da sanidade dos cascos, dos gastos com os alimentos concentrados e os conservados, dos custos dos investimentos iniciais em instalações, entre outros.
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LEONARDO BARROS CORSOAPUCARANA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 12/07/2017
Bom dia, no comparativo você calculou o custo por litro de leite produzido. Mas deixamos de analisar a RMCA, que nesse caso a conta ficaria assim. Considerando um litro de leite a R$1,00 temos 25litros (R$25,00 - R$6,09 que é o custo alimentar da vaca de 25 litros. Teremos no final R$18,91) essa é a margem bruta que produtor teria para pagar todas as outras contas da fazenda. Em 20 vacas seriam R$378,20 por dia (coma a dieta das vacas em lactação paga). Quando analisamos a RMCA da vaca de 10 litros que come somente pasto temos (R$10,00 - R$1,56 = R$8,44) menos da metade dos recursos disponíveis no sistema dos 25 litros. Isso que estamos falando do mesmo pasto. A comparação da "sobra" para 20 vacas fica em R$378,20 x R$168,80por dia.
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ALEX MOREIRANOVA INDEPENDÊNCIA - SÃO PAULO - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 11/07/2017
Bom dia
Estou com uma dúvida... caso o preço do leite seja R$ 1,00 temos uma "sobra' de R$ 0,85 para o animal de 10 L/dia e R$ 0,76 para o animal de 25 L/dia. Multiplicando a sobra pela produção temos R$ 8,5 para o animal de 10 L/dia e R$ 19,00 para o animal de 25 L/dia.... ai eu pergunto baixar o custo e ganhar menos não é estranho? |
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