Efeitos de Lasalocida na concentração sérica de IGF-I: Correlações entre a concentração sérica de IGF-I, leptina e performance reprodutiva de vacas Brahman pós-parto

Este resumo "Effects of lasalocid on serum concentrations of IGF-I: Correlations among serum concentrations of IGF-I, leptin, and reproductive performance of postpartum Brahman cows" foi publicado no J. Dairy Sci., vol. 85, suppl 1, nº 258, p.65, 2002).

Foram utilizadas 41 vacas Brahman, divididas de acordo com o peso vivo, condição corporal e data prevista do parto, em dois grupos; Controle, n=20 e com Lasalocida, n=21.

Os tratamentos foram iniciados com 21 dias antes da data prevista do parto.

Todas as vacas receberam 1,4kg/vaca/dia de mistura de milho com farelo de soja, na proporção de 11/1, sendo que o grupo Lasalocida recebeu 200 mg/vaca/dia de lasalocida.

As vacas e bezerros foram pesados e a condição corporal das vacas foi avaliada ao parto e a intervalos de 28 dias.

Amostras de sangue foram colhidas semanalmente em pré-parto, ao parto e duas vezes por semana pós-parto. Rufiões foram mantidos com as vacas para detecção de estro.

No sexto dia após o estro, os ovários foram avaliados para presença de corpo lúteo, e também foram colhidas amostras de sangue nos dias 6, 7, e 8 pós-estro.

Foram realizadas dosagens de progesterona e leptina, sendo que a concentração de progesterona >1 ng/ml foi considerada indicativa de presença de corpo lúteo funcional.

Os tratamentos terminavam após as vacas completarem um ciclo estral completo.

As vacas que terminavam o tratamento eram colocadas com touro fértil que continha marcador chinball.

Não foi detectada diferença entre os tratamentos (P>0,10) na concentração de IGF-I.

Antes do parto, foi detectada correlação negativa entre as concentrações de leptina e progesterona (P<0,0001, r = -0,36), e de IGF-I com progesterona (P<0,01, r = -0,20).

Ao parto, foi detectada correlação positiva entre leptina e IGF-I (P<0,04, r = 0,32).

Durante o período pós-parto, foi detectado correlação negativa entre leptina e intervalo pós-parto (IPP, P<0,0001, r = -0,27), correlação positiva entre leptina e peso vivo da vaca (P<0,02, r = 0,36) e entre leptina e condição corporal da vaca (P<0,06, r = 0,29).

Estes resultados indicam que a alimentação com ionóforos antes do parto e durante o período pós-parto não aumentou a concentração de IGF-I, e que as concentrações de leptina foram positivamente correlacionadas com IGF-I, peso vivo e condição corporal e negativamente correlacionada com intervalo pós-parto, sugerindo que o manejo nutricional visando o aumento da concentração de leptina pode reduzir o intervalo pós-parto.

Pudemos assistir a esta apresentação e, apesar de não estar no resumo, foi apresentado que a porcentagem de vacas gestantes com 90 dias pós-parto no grupo controle foi de 15% e no grupo que recebeu lasalocida foi de 43%, com também aumento da concepção ao primeiro serviço para as vacas do grupo que recebeu lasalocida.

Estes resultados são interessantes e devemos apresentar dados de nosso grupo com utilização de monensina na eficiência reprodutiva de vacas Nelore, durante o curso em Uberlândia (esperamos mandar o programa do curso ate o final de janeiro, lembrando que este ano o curso será de 10 a 11 de abril).

Nos encontramos em Uberlândia.