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Já ouviu falar em silagem de colostro?

POR CARLA MARIS MACHADO BITTAR

CARLA BITTAR

EM 22/01/2008

7 MIN DE LEITURA

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1

Uso da silagem de colostro

Recentemente fui questionada sobre o uso de colostro fermentado ou silagem de colostro na alimentação de bezerras e, embora este tema tenha sido amplamente estudado nas décadas de 60 e 70, verifiquei que ainda existe demanda por este tipo de informação. Aliás, a médica veterinária da Emater/RS- Pelotas, Mara Saalfeld, desenvolveu um protocolo de conservação através de fermentação para produtores da região e foi uma das finalistas do prêmio "Tecnologia Social", promovido pela Fundação Banco do Brasil, Unesco e Petrobrás.

Segundo a notícia de jornal, os produtores da região jogavam o colostro excedente fora, muito embora este alimento seja largamente utilizado no aleitamento de bezerros em diversas regiões do país. O protocolo desenvolvido pela veterinária possibilitou uma economia significativa para estes produtores.

Como já é sabido e empregado por vários técnicos e produtores, tanto o colostro excedente quanto o leite de transição (entre a primeira e sexta ordenha pós-parto) podem ser fornecidos sem problemas para bezerros em aleitamento. O colostro deve ser diluído na proporção de 2 L de colostro para 1 L de água devido a sua composição, enquanto que para o leite de transição a definição da relação de diluição varia de acordo com sua composição. Uma outra forma de utilizar estes alimentos no aleitamento de bezerros é adicioná-los ao latão de leite ou sucedâneo a ser oferecido para os animais, o que enriquecerá a dieta líquida final dos animais.

No entanto, em algumas situações a quantidade de dieta líquida disponível é superior ao total utilizado para o aleitamento dos bezerros, havendo necessidade de armazenamento. Além disso, produtores que avaliam a qualidade do colostro para armazenamento em banco de colostro podem obter grandes quantidades de colostro excedente com baixa concentração de imunoglobulinas, ou seja, inadequado para o fornecimento nas 2 primeiras alimentações, aumentando também a quantidade de alimento disponível.

O melhor método de conservação do volume de dieta líquida excedente é sem dúvida o congelamento ou até mesmo a refrigeração. No entanto, nem sempre existe freezer ou espaço disponível no freezer utilizado para o banco de colostro para o congelamento de grandes volumes de colostro ou leite de transição. Assim, a fermentação de colostro ou leite de transição se torna um método eficiente para seu armazenamento e fornecimento futuro.

O Colostro pode ser fermentado, armazenado por até 4 semanas e então fornecido para bezerros em várias refeições. O sucesso da adoção desta prática depende de algumas regras simples:

1. Limpeza

O sucesso do processo de fermentação de colostro depende da formação de ácido lático por bactérias. Inadequadas práticas de ordenha e containeres sujos ou inadequados para o armazenamento do material, podem resultar em contaminação com população bacteriana indesejável e consequentemente bezerros doentes. Comece o processo de armazenamento com containeres ou baldes limpos. Lave os mesmos após seu uso.

2. Escolha containeres adequados

Containeres plásticos são adequados para o armazenamento e fermentação do colostro. A utilização de sacos plásticos espessos dentro dos containeres pode auxiliar na redução da contaminação com bactérias indesejáveis além de reduzir o trabalho com a limpeza do container após a utilização do material. O volume do container a ser utilizado dependerá da disponibilidade de material para o armazenamento. Assim como para a conservação de forragem, para a ensilagem de colostro ou leite de transição é importante que se retire o máximo de oxigênio do meio. Importante que seja possível o fechamento do container ou do balde utilizado.

3. Não utilize colostro ou leite de transição de vacas com mastite ou em tratamento com antibiótico

Falhas no processo de fermentação podem ocorrer devido a utilização de material inadequado. O leite de vacas que receberam tratamento para secagem pelo menos 2 semanas antes do parto provavelmente fermentará de forma adequada. Colostro de vacas tratadas com antibiótico deverá ser fornecido fresco ou utilizado para aumentar o volume de colostro fermentado somente no momento do aleitamento. Nem todo colostro sofre fermentação de forma adequada.

4. Armazene em ambiente fresco e sem luz

O material deve ser armazenado em temperatura entre 5 e 27ºC, o que mostra que em grande parte do país seria necessário o uso de um refrigerador. Em temperaturas mais altas temperaturas a formação de mofo, a decomposição de proteínas, e a alta acidez podem ocorrer mais rapidamente. Nestes casos, os bezerros podem rejeitar o colostro fermentado que é bastante ácido e apresenta o coágulo e o soro separados. Em ambientes com temperaturas moderadas (menor que 25ºC) a fermentação resulta na produção de ácido lático e pH final de aproximadamente 4,5.

No entanto, em regiões de clima quente pode ocorrer fermentação inadequada, normalmente putrefativa, resultando em alimento não adequado para o fornecimento aos bezerros. Assim, nestas condições climáticas é necessário o uso de preservantes como os ácidos acético, propiônico e fórmico ou ainda o formaldeído. No entanto, a necessidade de uso de compostos cáusticos e tóxicos para a preservação de colostro reduziu sua popularidade.

5. Misture diariamente

Esta prática previne que ocorra coagulação ou separação de soro e coágulo. Utilize um utensílio limpo para esta tarefa, lembre-se que a contaminação com bactérias indesejáveis resultará em um alimento de menor qualidade. Quando o saco plástico for utilizado tome cuidado para não rasgar o mesmo. Mantenha os containeres sempre fechados. Uma pequena quantidade de mofo pode ser tolerada, mas quando esta for alta é melhor descartar o material.

6. Não armazene por mais de 4 semanas

Principalmente durante o verão, esteja pronto para utilizar o material em menor período de tempo. De qualquer maneira, durante o período quente do ano será necessário o uso de um preservante para manter a acidez ou o pH do colostro, reduzindo o aparecimento de mofos.

7. Colostro fermentado pode ser acrescido de leite descarte ou de sucedâneo

Se a quantidade disponível de material fermentado não for suficiente para os bezerros até o desaleitamento, este pode ser misturado a leite descarte ou sucedâneo de forma a realizar uma adaptação do bezerro a nova dieta líquida. Evite realizar mudanças bruscas na alimentação animais pois invariavelmente resultará em casos de diarréia.

O primeiro trabalho referente ao fornecimento de colostro ou leite de transição fermentado data do início da década de 70 e estimulou uma série de trabalhos nesta área nos anos subseqüentes. De maneira geral, se observou que a fermentação de colostro e leite de transição resulta em alimento de boa qualidade que permite taxas de ganho de peso comparáveis àquelas observadas com o fornecimento de leite ou sucedâneo, desde que as condições de manejo alimentar e sanitários sejam adequadas.

Colostro ou leite de transição fermentado pode ser fornecido a bezerros em aleitamento, sendo, no entanto necessária a diluição de 1 parte de água para 2 partes do material fermentado. A utilização de água morna para esta diluição ajuda a tornar a dieta líquida mais aceitável para os animais.

É importante lembrar que a utilização de colostro ou leite de transição fermentado resulta em grande variação diária na composição da dieta líquida, podendo resultar em maior frequência de diarreia alimentar. No entanto, dos produtores que se utilizam deste material para o aleitamento de bezerros, poucos reportam aumento de casos de diarreia em seus bezerreiros.

Se houver caso de diarreia, descontinue o fornecimento por um dia e depois retorne com aumentos graduais na dieta líquida total até que o colostro fermentado volte a representar 100% da dieta. Assim, a bezerra estará sendo readaptada ao colostro fermentado. Segundo produtores que adotam esta dieta líquida, uma dica é fornecer o colostro fermentado logo após a colostragem dos animais, ou seja, já a partir do 3º. dia de vida.

O último levantamento do Sistema de Monitoramento Nacional de Saúde Animal dos Estados Unidos, realizado em 2003, mostrou que embora esta prática fosse bastante popular nas décadas de 70 e 80, caiu em desuso devido ao aumento no trabalho relacionado com o armazenamento do material fermentado e necessidade de espaço físico para o mesmo.

Assim, a maior parte dos produtores se utiliza tanto do colostro excedente quanto do leite de transição em combinação com leite descarte para o aleitamento de bezerros diariamente. Isso reduz o trabalho com práticas de armazenamento e espaço para o mesmo, além de problemas com alterações na composição da dieta líquida dos animais.

Literatura consultada

CLAPP, H.J.. Sour Colostrum - Starting the Dairy Calf. Facsheet ISSN 1198-712X https://www.omafra.gov.on.ca/english/livestock/dairy/facts/81-048.htm

DAVIS, C.L.; DRACKLEY, J.K. The development, nutrition, and management of the young calf. Ames: Iowa State University Press, 1998. 339p

MEINERSHAGEN, F. Raising Calves on Stored Colostrum. https://extension.missouri.edu/explore/agguides/dairy/g03555.htm

CARLA MARIS MACHADO BITTAR

Prof. Do Depto. de Zootecnia, ESALQ/USP

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MARA HELENA SAALFELD

PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/07/2014

Há algum tempo foi levantada a questão aqui neste fórum sobre a viabilidade da Silagem de colostro como transmissor de anticorpos aos recém nascidos.

Na época estávamos desenvolvendo os experimentos do Doutorado e não tínhamos a resposta.

Agora temos os resultados e podemos afirmar que a silagem de colostro mantém as imunoglobulinas do Colostro in natura e transmite aos recém nascidos com eficiência.

Se alguém tiver interese em ler a tese, ela está neste endereço:



https://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/teses/Tese_Mara_Saafeld.pdf



E o artigo sobre as imunoglobilinas foi publicado na Revista Animal Science de julho.



Att

Mara Helena Saalfeld
MARA HELENA SAALFELD

PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/02/2011

Gostaria de colabrar com os questionamentos que estão surgindo em relação a Silagem de Colostro.
A silagem de colostro é o suscedêneo de melhor qualidade e mais economico na criação de bezerras e também de bezerros, sendo possível utilizar para ovinos, caprinos, enfim, qualquer mamífero. Temos experiências muito boas com alimentação de cordeiros nascidos de partos gemelares. Principalmente nas épocas mais frias do ano.
Para a criação de vitelos é muito indicado. Temos uma criação quase a custo zero.
Além dos constituintes naturais do leite, o colostro ensilado tem a vantagem de não ter valor comercial.
Para fazer a silagem de colostro é necessário utilçizar garrfas bem limpas e SECAS, visto que a qualidade da água em algumas propriedades deixa a desejar.
Quanto melhores as condições higiene na confecção da silagem melhor o produto, entretanto mesmo um colostro contaminado, o processo de fer~mentação melhora a qualidade do produto final.
Nós recomendamos ensilar todo colostro produzido.
Desde o primeiro até o quinto dia. Mas recomendamos usar o colostro de 1º e 2º dia para bezeeras até 30 dias, e o restante pode ser usado até o desmame, que orientamos acontecer aos 60 dias. E sempre diluido em igual quantidade de água. Pois o bezerro com 30 dias já está se alimentando de pastagens e de ração.
Qualquer quastionamentyo podem me enviar no e-mail: msaalfeld@emater.tche.br.
Também temos 6 videos explicaticos no YOUTUBE. Basta procurar por "Silagem de colostro".
Se quierem artigos ou infomativos técnicos me solicitem que estarei enviando.
Att
MAra
CARLA MARIS MACHADO BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 05/04/2010

Caro Roberto,

Este é sem dúvida um dos gargalos da produção de vitelos no Brasil. No entanto, acredito que em breve teremos sucedâneos cada vez melhores e com preços competitivos. No último levantamento que fiz com relação a custo de criação de bezerras em aleitamento, o custo com sucedâneo já estava menor que o valor de venda do leite. Ainda assim, existe grande resistência no fornecimento de sucedâneos principalmente devido a grande oferta de leite descartes nos mais diversos sistemas de produção. O que o produtor não enxerga muitas vezes é que está apenas transferindo o problema de manejo de ordenha e sanidade da glândula mamária para o bezerreiro. E ainda por cima perdendo dinheiro.
Quanto ao armazenamento de leite através do processo de ensilagem, não temos dados sobre isso. Acredito que no caso de armazenar sempre uma grande quantidade de leite em épocas de alta produção para fornecer em época de escassez, o melhor mesmo seria investir em um freezer ou adotar sucedâneo de boa qualidade. Os nossos dados, ainda incipientes, de qualidade do material fermentado mostram uma grande transformação da proteína verdadeira em uréia no leite, o que com certeza deve resultar em menores desempenhos. Isso também deve se repetir no caso da ensilagem de leite. Também não tenho conhecimento de dados de ensilagem de soro de leite, mas são ótimas idéias para investigação.
Att.,
Carla Bittar
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 02/04/2010

Há muito tempo estamos buscando a produção do vitelo, um bezerro criado com uma dieta exclusivamente láctea até os 18 semanas de idade, quando está pronto para o abate com aproximadamente 220 kg de peso vivo, carne cor de rosa, macia e saborosa, segundo dados da produção do vitelo canadense a partir de bezerros holandeses aleitados com sucedâneo de leite com alto teor de proteína e gordura.

Como o consumo médio estimado nesses 120 dias de aleitamento é de 10 a 12 kg. por dia, essa exploração no Brasil esbarra no alto custo e na indisponibilidade de um sucedâneo de qualidade com concentração mínima de 15% de proteína e 22% de gordura no mercado nacional.

Estamos encontrando como alternativa econômica o aleitamento ao pé da mãe dos bezerros obtidos pelo cruzamento de reprodutores taurinos ou zebuínos cruzados com matrizes girolando ou simbrasil, ainda que com uma severa restrição da dieta láctea, pois a partir das 6 últimas semanas do aleitamento há um deficit entre o volume de leite requerido pelo vitelo e o produzido pela vaca.

Além de repercutir no peso vivo final aos 120 dias, como já há um considerável consumo de capim no pastejo dos bezerros, a qualidade da carne é degradada principalmente no quesito cor, que tende a avermelhar-se.

Ao contrário, durante as primeiras 2 ou 3 semanas de vida, a produção das mães supera razoavelmente a "mamada" dos bezerros, razão pela qual o protocolo de ensilagem do colostro deve ser uma grande arma para a sustentabilidade do aleitamento economico no período crítico.

Visando eliminar o desbalanceamento entre consumo e produção de leite ao longo das 18 semanas de aleitamento natural / artificial dos vitelos, pergunto às autoras se a ensilagem do colostro também pode ser estendida aos excedentes do leite das primeiras semanas?

É possível também ensilar o soro doce do leite destinado à fabricação de queijo?

Grato

Roberto
CARLA MARIS MACHADO BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 31/03/2010

Caro Paulo,
A fermentação de colostro deve ser feita de forma anaeróbia, ou seja, sem a presença de oxigênio. A Med. Veterinária Mara Helena recomenda o uso de garrafas pet para o armazenamento do colostro em temperatura ambiente. Você deve colocar o colostro deixando algum espaço até a boca da garrafa, a qual deverá ser pressionada, de forma a levar o colostro até a boca, antes do seu fechamento. Armazenar o colostro com as garrafas "murchas" permite que os gases produzidos tenham espaço para se acomodar. De outra forma as garrafas podem estourar. O ideal é que o colostro seja armazenado em loca fresco e com pouca luz.
Quanto ao desempenho dos animais consumindo esta dieta líquida, não deve ser muito diferente quando se compara machos e fêmeas.
Att.,
Carla Bittar
PAULO HENRIQUE LOUREIRO NUNES

SÃO MATEUS - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/03/2010

Boa noite , desde já gostaria de parabeniza-la por essa excelente matéria e congratular a medica veterinária. Mara Helena por esta excelente experiência Gostaria de saber um pouco mais sobre como funciona essa fermentação para terneiros pois se fala mais em terneira , moro um clima quente e qual a temperatura ideal para conservar o colostro.
Grato ,
Paulo Henrique
VOLUMAIS ALIMENTANDO O SEU REBANHO COM QUALIDADE

LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ

EM 25/12/2009

O colostro é o leite produzido pela vaca leiteira no período de quatro a cinco dias após o parto. Ele não tem valor comercial, sendo que parte é consumida pelo terneiro e o que sobra jogado fora. Ou melhor, era jogado fora. A veterinária da Emater/RS-Ascar, Mara Saalfeld, acreditou no potencial nutritivo desse leite e desenvolveu a tecnologia da Silagem de Colostro.

O colostro é um alimento essencial ao terneiro recém nascido, pois apresenta características nutritivas superiores ao leite. Tendo boa disponibilidade e fácil armazenamento, é possível aproveitá-lo na alimentação dos torneiros. O aproveitamento proposto pela veterinária consiste na produção de silagem. No processo, o colostro é engarrafado e fermentado por 30 dias em temperatura ambiente - sem a incidência de sol. A silagem pode ser armazenada por tempo indeterminado até a sua utilização.

A veterinária salienta que, antes de se oferecer a silagem ao terneiro, deve ser diluída em dois litros de água. A utilização dessa tecnologia proporciona a economia de 200 litros de leite por terneiro.
" Todo o benefício oriundo das pesquisas só vem para melhorar o desempenho da pecuária leiteira. E isso deve ser adotado onde for possível."

FONTE
Emater/RS-Ascar
Carine Massierer - Jornalista
CARLA MARIS MACHADO BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 23/12/2009

Caro Luis Paulo,
O colostro com presença de sangue não é adequado para o fornecimento. Ainda, não sei o quanto a presença de sangue no colostro atrapalharia o processo de fermentação. Um outro aspecto é qu eo colostro de primeira ordenha deve ser armazenado em banco de colostro de forma que sempre se tenha colostro de boa qualidade para fornecimento aos bezerros recém-nascidos. A silagem de colostro tem sido sugerida como um alimento para fornecimento durante o aleitamento, não tendo nenhuma relação com o fornecimento de colostro para aquisição de imunidade passiva. Assim temos sugerido a ensilagem de colostro somente de 2 e 3 ordenha.
Att.,
Carla Bittar
LUIS PAULO ALVES

SÃO PAULO

EM 18/12/2009

Olha estamos denvolvendo um trabalho de conclusão de curso (TCC) e é sobre a silagem de colostro já começamos a coletar o material mas tem algumas vacas que o colostro do primeiro dia esta muito vermelho com algumas particulas de sangue que causa o colostro mais avermelhado eu queria saber se eu posso coletar este colostro normal eu terei que descartar. conto muito com ajuda de vocês para tirar essa duvida.

Espero que possam me ajudar por que este trabalho, bem provavel que vai ser apresentado em uma feira de São Paulo.

Muito obrigado.
GABRIEL MIRANDA MOREIRA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 25/08/2009

Dra. Carla Bittar,
Gostaria de saber se há algum problema em misturar o colostro excedente e o leite de transição no processo de ensilagem, ou seja, colocar em uma mesma garrafa pet o colostro excedente e o leite de transição?
Obrigado.
CARLA MARIS MACHADO BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 25/08/2009

Caro Gabriel,
Ainda não temos dados disponíveis quanto a proporção máxima de inclusão de leite de transição na silagem de colostro. O que sabemos é que o pessoal do Sul tem experiência com a ensilagem e utiliza alé de colostro de primeira e segunda ordenha, o leite de transição.
Att.,
Carla Bittar
MARA HELENA SAALFELD

OUTRO - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 17/01/2009

Prezados!
A fermentação que acontece na silagem de colostro é Anaeróbica. No último congresso de Iniciação científica da UFPel nós publicamos um trabalho sobre tempo fermentação do colostro em diferentes luminosidades. Observamos que em maior luminosidade o colostro está fermentado em 5 dias e em menor luminosidade em 7 dias a fermentação está concluída. Até este trabalho recomendávamos utilizar a silagem de colostro após 21 dias de armazenagem, atualmente nossa recomendação é que após 5 dias de ensilagem já podemos abrir as garrafas.

Em relação a fermentação aeróbica, existem muitos trabalhos a disposição. A fermentação cessa em torno de 4 a 5 dias, entretanto o uso deste colostro fermentado é restrito a cerca de três semanas, depois ele estraga.

A silagem de colostro após a fermentação pode ser guardada por até 3 anos, que foi o maior tempo em que a observei armazenada. Entretanto, sempre salientamos que o produtor deve sempre utilizar em primeiro lugar a silagem de colostro mais antiga que possuir na propriedade.

Em relação às garrafas estourarem, não é comum isto acontecer. Mas já aconteceu em produtores que não coletam o colostro com higiene ou não a mantém durante o procedimento de preparo da silagem de colostro. É necessário também encher completamente as garrafas.

Att.,
Mara Helena Saalfeld
CARLA MARIS MACHADO BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 14/10/2008

Caro Rodrigo,

Ainda não temos dados a respeito do perfil de fermentação do colostro de forma aeróbia. Os dados que temos disponíveis na literatura são os reportados nesta matéria, sendo que outras importantes informações foram acrescentadas nas respostas às cartas ao leitor. Sugiro que você acesse o site silagemdecolostro.rg3.net, que traz algumas outras informações que podem ser úteis para o seu trabalho.
Att.,
Carla.
RODRIGO NIEMEYER

SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/10/2008

Sou estudante e estou fazendo um trabalho sobre silagem de colostro, gostaria de receber mais informações de fermentação, conservação e uso.
Muito obrigado.
CARLA MARIS MACHADO BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 01/08/2008

Caro Rafael,

Infelizmente não temos estudos muito aprofundados sobre a silagem de colostro (com fermentação anaeróbia em garrafas pet). Este é um trabalho iniciado pela veterinária Mara Helena Saalfeld da Emater do Rio Grande do Sul, mas os trabalhos ainda são preliminares, sem muito aprofundamento. Se você fizer uma busca com o termo "silagem de colostro" no www.youtube.com vai encontrar diversos vídeos com o passo-a-passo do preparo do material para ensilagem. O nosso grupo de pesquisa em Piracicaba deverá inciar alguns trabalhos com este material no que diz respeito a sua composição e perfil de fermentação.
Att.,
Carla Bittar


RAFAEL ALVES DE AZEVEDO

UBERABA - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 16/07/2008

Boa tarde, desde já gostaria de parabeniza-la por essa excelente matéria. Gostaria de saber um pouco mais sobre como funciona essa fermentação dentro das garrafas pets, quais microorganismos são encontrados, qual o tipo de ácido é produzido e gostaria de saber qual a taxa esperada de estouro das garrafas, pois já ouvi dizer que algumas chegam a estourar.

Muito obrigado.
MARA HELENA SAALFELD

OUTRO - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 30/05/2008

Caro Eder!

Faz oito anos que estamos utilizando a silagem de colostro como substituto do leite, com excelentes resultados, tanto no CETAC- Centro de Treinamento de Agricultores de Canguçu como em produtores assistidos pela EMATER/RS. A silagem de colostro resultante de colostro do primeiro e segundo dia pós parto, mesmo com adição de água, tem constituintes semelhantes aos do leite. A partir do terceiro dia cai a proporção de constituintes; então sugerimos que alimente o bezerro nos primeiros dias de vida com colostro coletado nos dois primeiros dias de produção. Deixe o colostro coletado nos dois dias finais de produção para alimentar as bezerras no final do período de aleitamento, quando elas já estão recebendo ração e pastagem.

O objetivo não é obter ganhos maiores que o leite maduro e sim os mesmos que o leite proporciona. Para cada bezerra criada, o produtor tem economizado 200 litros de leite. Pelo processo de fermentação há uma disponibildade maior de cálcio e de proteínas, justificando não haver diferença em animais criados com silagem de colostro e com leite. Minha sugestão é que faça uma unidade de observação para poder acompanhar o crescimento dos animais alimentados com silagem de colostro. Coloco-me à disposição para maiores esclarecimentos.

Atenciosamente
Mara Helena Saalfeld- EMATER/RS
CARLA MARIS MACHADO BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 27/05/2008

Caro Eder,

os benefícios são mais de ordem econômica do que nutricionais, uma vez que o colostro execedente pode ser armazenado sem necessidade de freezer, garantindo a dieta líquida de vários animais de acordo com sua disponibilidade. A composição da silagem de colostro deve seguir a composição do colostro com maiores teores de sólidos totais, maiores teores de proteína e gordura mas menor teor de lactose. Segundo o trabalho da pesquisadora Mara Saafeld (https://www.silagemdecolostro.rg3.net/), o maior teor de proteína da silagem de colostro foi responsável pelo alto ganho de peso observado em bezerros recebendo este alimento. Entretanto, não temos dados na literatura suficientes para afirmar que o aleitamento de bezerros com silagem de colostro sempre vai resultar em melhor desempenho que o fornecimento de leite. Este ainda é um assunto a ser melhor explorado. De qualquer forma, o benefício econômico justifica sua utilização no aleitamento de bezerras.
Att.,
Carla Bittar.
EDER ALEXANDRE MINSKI DA MOTTA

PALMEIRA DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - ESTUDANTE

EM 23/05/2008

Gostaria de saber mais aprofundado quais as vantagens da silagem de colostro para o desenvolvimento do terneiro. Desde já agradeço sua atenção!
CARLA MARIS MACHADO BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 24/04/2008

Caro Vinícius,

Como em qualquer mudança brusca na alimentação de bezerros, pode sim ocorrer diarréia com o início do fornecimento da silagem de colostro. No entanto, se o material for de boa qualidade e seu fornecimento se iniciar logo após a colostragem dos animais, acredito que este problema será mínimo.

Att.,

Carla Bittar

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