Qual a idade ideal para o primeiro parto das matrizes? Quanto mais cedo, melhor. É a resposta óbvia. No caso da Fazenda Ponte Alta, em Goiás Velho, a 125 km da capital Goiânia, os dados avaliados pelo IILB-11 indicam que a idade média de primeiro parto na fazenda é de 23,6 meses. É um número surpreendente, que deu à propriedade, comandada por Giovani Araújo Godinho e sua esposa Ana Cristine, o destaque nesse quesito no suplemento “Campeãs do Leite”, publicado em conjunto com a edição número 11 do Índice ideagri do Leite Brasileiro (IILB).
Com rebanho de Perfil 1 (predominância de genética europeia), a média da Ponte Alta acontece 3,7 meses mais rápido que a média geral das fazendas do IILB. E quase um mês (0,8) mais cedo que a média das fazendas TOP 10% do IILB.
Qual o segredo da Ponte Alta? A resposta é também surpreendente: cuidar bem das bezerras desde o nascimento, com especial atenção à alimentação! É o que explica Moacir Alves, gerente da Fazenda: “Assim que os animais chegam no berçário, tomam 6 litros de leite por dia, onde é feito o adensamento com leite em pó, até os 40 dias de vida. Dos 40 aos 60 dias, o volume é reduzido para 4 litros e, aos 60 dias, é realizada a desmama. Após esse período, é feita a adaptação com a ração e, entre 67 e 72 dias, as bezerras são soltas com cerca de 110kg”, detalha o gestor.
Além de alimentar os animais dessa forma, é feito um acompanhamento rigoroso do ganho de peso dos animais, com ajuda do sistema de gestão. “Fazemos a projeção para saber se a bezerra vai chegar ao peso adequado na idade correta”, relata Moacir. Esse total domínio de informações permite a programação controlada da inseminação, que, na Ponte Alta, acontece entre 13 e 14 meses.
Além da alimentação adequada, detalhes como conforto nas instalações, práticas de manejo diferenciadas e cuidados com a saúde e bem-estar dos animais são também observados. Por exemplo: o sistema utilizado é o Compost Barn, que é usado por 68% das 100 fazendas “Campeãs Leite”. Além disso, a Ponte Alta investe em treinamento constante de seus funcionários e mantém o foco na sustentabilidade, com o reuso de água e prática de compostagem.
A Ponte Alta vem construindo sua história na produção de leite ao longo de 36 anos. Quando começou, Giovani Godinho tirava o leite na mão. Com o passar dos anos, ele investiu em conhecimento, consultoria técnica e no sistema de gestão Ideagri. Sua produtividade hoje é muito elevada. Com 374 vacas em lactação, produz cerca de 12 mil litros de leite por dia (média de julho 2020 – junho 2021, período coberto na avaliação do IILB 11).
A divulgação das Campeãs do Leite foi feita em uma “live” no dia 20 de outubro, e pode ser revista clicando aqui. E, tanto o boletim IILB número 11 quanto o suplemento Campeãs do Leite podem ser baixados gratuitamente pela plataforma.