No início, José Renato trabalhava com animais Girolando ½ sangue, com bezerro ao pé. Ao longo do tempo, ele foi inseminando as crias com Holandês Vermelho e Branco (HVB) até um grau de sangue de 15/16 ou 31/32. “Estou revendo esse grau de sangue e devo chegar a no máximo 15/16 de Holandês e em alguns casos somente até 7/8. Nos animais que estão nesse limite de grau, tenho inseminado com Jersey e posteriormente volto com o HVB por mais duas gerações. No início, também utilizei Pardo Suíço e principalmente Simental Leiteiro (Fleckvich alemão ou Montbeliarde francês). Gostei do Simental, mas interrompi o uso, pois tive que descartar animais ainda jovens com câncer no olho”.
Segundo ele, uma das características do Simental é ter a cabeça branca e a falta de pigmentação ocular favorece o câncer de pele.
“Tenho que fazer descarte involuntário em uma parte do rebanho (animais com problemas de produção, reprodução, sanidade, alta contagem de células somáticas [CCS], entre outros. Eventualmente, há descarte voluntário - quando ocorre a venda de animais para a produção - e nesse caso o valor recebido é muito melhor”, pontuou.
Atualmente, mais da metade do rebanho está alojado no compost barn e a estratégia é que os animais em início de lactação e mais produtivos usufruam da estrutura. “Eu construí o compost barn com a ideia de confinar os animais durante o dia, para que eles evitassem lama e desfrutassem de sombra. Em contrapartida, eles pastariam de noite, porém, não conseguimos adaptá-los para isso: eles ficavam pouco tempo no pasto e retornavam rapidamente para buscar alimentos no cocho, que estava vazio. A partir deste momento eu optei pelo confinamento total. Agora no verão fizemos a silagem mas ainda estou fornecendo aos animais capim verde adicionado de cevada, polpa cítrica, caroço de algodão, sal mineral, bicarbonato (ou tamponante) e ureia (ou sulfato de amônia)”.
A dieta foi elaborada para uma produção média de 20-22 kg/leite/dia por cabeça. Alguns animais do rebanho produzem 28 kg e para eles, há uma suplementação extra na ordenha em função dessa maior quantia produzida.
Para a elaboração da silagem da safra de verão deste ano, foram plantados 17 ha de grãos (5 ha de sorgo + 12 ha de milho). A produtividade do milho foi de aproximadamente 35 toneladas/ha e na sequência o plantio da safrinha se concretizou. A lona das silagens anteriores é utilizada coma uma proteção extra para chuva de pedras e ataques de seriemas. “Como minha propriedade fica próxima da estrada e da cidade, tenho uma perda considerável já que muitas espigas são furtadas”, acrescentou o proprietário.
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