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Criatórios estão selecionando seus plantéis para a comercialização de animais e leite A2A2

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/06/2017

4 MIN DE LEITURA

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O Criatório Villefort selecionou seu plantel para iniciar a produção de leite A2A2 e derivados. É o primeiro criatório no Brasil a realizar, em grande escala, o mapeamento genético da proteína beta-caseína A2, optando por manter em seu rebanho exclusivamente animais A2A2. Virgílio Villefort acredita no potencial desse mercado, porque a população está preocupada com saudabilidade e as pesquisas indicam crescimento forte de produtos especiais e diferenciados no Brasil e no mundo.

Criatório Villefort - leite A2A2

Já foram analisadas 6.997 cabeças de gado Puro de Origem (PO) das raças Gir Leiteiro, Guzerá, ambas de origem indiana, incluindo animais das raças Girolando e Guzolando, criados em fazendas localizadas em Morada Nova de Minas e Jaíba, todas em Minas Gerais. Ao inovar em sua produção, o criador antecipa uma tendência mundial. “Em alguns países como Austrália e Nova Zelândia, empresas já investem fortemente nesse mercado de leite A2A2. Eu acredito que em torno de 25 anos toda a população mundial já esteja consumindo o leite A2A2”, defende. No criatório Villefort já são produzidos 2000 litros/dia de leite A2A2 e a expectativa do criador é que até 2019 a produção ultrapasse 8.000 litros/dia.

Criatório Villefort - leite A2A2

Mapeamento genético

A genotipagem de beta-caseína é um teste que determina, com alta precisão, os alelos da beta-caseína A1 e A2 - proteínas encontradas no leite de vaca. Assim, é possível fazer a separação dos animais que poderão produzir o leite A2A2, ou seja: que contém apenas a proteína beta-caseína A2.

De acordo com a bióloga Cássia Pimenta, do laboratório Gene Genealógica, que conduziu os testes do Criatório Villefort, algumas pesquisas afirmam que originalmente todos os bovinos produziam leite que apresentava apenas a proteína A2, mas por volta de 5 a 10 mil anos atrás, uma mutação genética ocorreu nas vacas do norte da Europa e a proteína A1 começou a aparecer no leite. Essa teoria também é defendida pelo cientista Keith Woodford, autor do livro Devil in theMilk (Diabo no leite), primeira publicação internacional sobre o tema.

A bióloga explica ainda que hoje os bovinos podem apresentar três tipos de genótipos: o A1A1, o A1A2 e o A2A2. As vacas com genótipo A1A1 produzirão apenas leite com beta-caseína A1, e as vacas com genótipo A1A2 vão produzir leite com os dois tipos de proteína. Já os animais com genótipo A2A2 produzirão leite somente com beta-caseína A2.

Os touros reprodutores também possuem essas variações de genótipo, que são transferidos para os seus descendentes. Com o mapeamento, o criatório pode selecionar e priorizar a reprodução apenas com animais A2A2, garantindo descendências sem variação. O mapeamento realizado pelo Criatório Villefort também tem como objetivo selecionar reprodutores e doadoras com genótipos A2A2 para abastecer o mercado nacional, promovendo em outros criatórios brasileiros o melhoramento genético da qualidade do leite e consequentemente a valorização dos rebanhos.

Entenda o processo de digestibilidade do leite A1A1 e A2A2

Em pesquisas preliminares, as proteínas do leite A1 e A2 mostraram ter um comportamento distinto durante o processo de digestão. O médico e pesquisador da Universidade de Montes Claros, João Felício, explica que há estudos que associam o uso do leite A2A2 a menos processos de intolerância e alergia ao leite da vaca, entretanto, ainda há a necessidade de estudos conclusivos.

O médico alerta que a alergia à proteína do leite de vaca não deve ser confundida com a intolerância a lactose, porque são quadros bem diferentes. “A intolerância a lactose ocorre pela deficiência no organismo da enzima lactase. Já as manifestações da alergia à proteína do leite estão associadas a um peptídeo derivado da proteína chamado beta-casomorfina -7 (BCM-7)”, explica.

Há mais de dois anos, o criador Virgílio Villefort vem realizando testes com o leite A2A2 e derivados. Voluntários, inclusive crianças, que sofrem da alergia a proteína do leite consumiram os produtos e relataram não apresentar os sintomas alérgicos. Virgílio percebeu que várias pessoas que tem alergia da proteína do leite A1A1 ou A1A2 confundem e acham que tem 'alergia à lactose'. Virgílio diz que não é uma novidade e somente está fazendo um trabalho de volta ao passado. 

Outra vantagem relacionada ao leite A2A2 é seu alto teor de gordura e proteína, resultando em maior rendimento nos processos industriais, o que faz dele um produto muito valorizado no mercado.  

Em Brasília também há um criador de de vacas da raça Jersey que está se enquadrando para a produção de leite A2A2 e a seleção do plantel. Américo Ferreira da Silva Neto, possui um rebanho de 23 animais, sendo que destes, atualmente oito estão produzindo leite, gerando 65 litros de leite/dia. Segundo Américo, ele observa uma franca expansão na produção de leite A2A2.

"A expectativa é que estejamos inseridos no mercado futuro do leite. Nós do Sítio Vale do Roncador acreditamos que com sustentabilidade, com preservação do meio ambiente, com respeito aos animais e com muita tecnologia faremos frente ao enorme desafio que é produzir leite A2A2 com qualidade. Estamos trabalhando para no próximo ano produzir em nosso sítio de 30 hectares 300 litros de leite A2A2 diários", completou.

leite A2A2 - Sítio Vale do Roncador Animal do Sítio Vale do Roncador 


As informações são da Assessoria de Imprensa e da Equipe MilkPoint. 

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FLAVIO SADER CORBUCCI

PENÁPOLIS - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 29/06/2017

Acredito que o leite A2 seja o futuro da pecuária leiteira. No entanto existe uma deficiência de estudos nacionais a respeito dessa proteína.

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