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Rentabilidade e uso de concentrados

POR ALEXANDRE DE CAMPOS GONÇALVES

E PAULO ARARIPE

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/09/2002

2 MIN DE LEITURA

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A discussão sobre a relação entre rentabilidade da pecuária leiteira e a utilização de alimentos concentrados nas dietas dos rebanhos sempre gerou muitas dúvidas. Principalmente nos últimos quatro a cinco anos, período em que o valor dos insumos normalmente utilizados na confecção de concentrados aumentou desproporcionalmente em comparação ao valor recebido pelo leite, esta questão tomou dimensão ainda maior.

Dentro deste contexto, a eficiência na utilização de alimentos concentrados se tornou economicamente muito importante e, independentemente do sistema de produção adotado, ela chega a definir a rentabilidade de fato. Respostas financeiras negativas ou antieconômicas obtidas em tentativas de se aumentar a relação entre a produção (kg de leite por vaca) e a quantidade de concentrado fornecida são bastante comuns, tanto em casos onde o concentrado funciona como suplementação de dietas baseadas no uso racional de pastagens, como em casos de confinamento de animais.

Mas, qual a relação ideal entre rentabilidade e a utilização de alimentos concentrados? Primeiramente é preciso ter em mente que o interessante é comparar a receita adicional que a introdução ou aumento do uso de concentrados proporcionará, com o aumento de custo que esta prática implica. A preocupação em ter uma relação estreita entre a quantidade de concentrado fornecido e o volume de leite produzido não é tão importante quanto conhecer a margem de lucro que esta operação deixa para a propriedade. O fornecimento de alimentos concentrados para vacas leiteiras tem sido apontado por muitos pesquisadores, consultores e produtores como um fator de elevação dos custos de produção e que, portanto, deveria ser reduzido ao mínimo.

Porém, Santos (2001), baseado em dados de pesquisa e em resultados obtidos em fazendas comerciais que trabalham com produção de leite a pasto, chegou a uma conclusão um pouco diferente, ilustrada nas tabelas que seguem. Os valores utilizados para os cálculos foram:

- produção exclusiva a pasto - 10 kg de leite/vaca/dia
- preço por quilo da matéria seca do concentrado - R$ 0,20 / R$ 0,25 / R$ 0,30
- preço do litro de leite - R$ 0,25 / R$ 0,30
- preço do quilo da matéria seca do pasto - R$ 0,04
- produção colhida do pasto em 200 dias de verão - 15.000 quilos de matéria seca
- vaca com 550 quilos de peso vivo




A análise das tabelas apresentadas permite concluir que, no caso demonstrado, ou seja, produzindo-se em sistema de produção baseado em pastagens bem manejadas, o uso de concentrado aumentou a margem de ganho por vaca/dia e por área. Isto é evidenciado pelo fato de que, em todos as situações, se tem uma margem maior fornecendo concentrado, do que se não fornecêssemos nada. Portanto, a elevação dos custos de alimentação é compensada, neste caso, pela maior escala de produção e por uma maior rentabilidade por animal e por área. O valor denominado pelo autor da pesquisa como saldo líquido, é o que restaria dos recursos gerados pela introdução do concentrado para pagar os demais custos de produção, como sanidade, reprodução, depreciação, ordenha, etc..

No caso de animais confinados é possível realizar a mesma análise, tomando-se o cuidado de verificar o preço, a qualidade e a quantidade ingerida do volumoso disponível, averiguando se há vantagem econômica em se trabalhar com altas quantidades de concentrado e qual a dosagem é a mais indicada. É importante salientar que esta simulação está baseada em animais que apresentam boa resposta à suplementação com concentrado. Em situações diferentes (animais com limitações raciais de produção ou muito azebuados) a viabilidade pode se alterar e novos cálculos devem ser realizados.

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