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Ovinocultura brasileira: as evidências do censo agropecuário 2006

POR ESPEDITO CEZÁRIO MARTINS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/10/2008

3 MIN DE LEITURA

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em 2007 os resultados preliminares relativos ao Censo Agropecuário 2006. O último Censo Agropecuário havia sido realizado em 1996 e, desde então, não existiam no Brasil informações de caráter estrutural e abrangência nacional sobre o setor primário brasileiro. As informações divulgadas são de fundamental importância para o entendimento das transformações ocorridas na agricultura brasileira ao longo dos últimos dez anos.

A análise dos dados preliminares do Censo Agropecuário 2006 permite fazer comparações com os resultados de censos anteriores para todos os segmentos do setor primário brasileiro. Em relação ao efetivo total de ovinos, observa-se que a população ovina do Brasil passou de 13.954.555 cabeças em 1996, para 13.856.747 cabeças em 2006, o que, em termos estatísticos, significa que a população ovina do Brasil manteve-se estável neste período. Portanto, em termos agregados, o número de ovinos no Brasil não se tem alterado nos últimos anos.

Ao se analisar a evolução do efetivo de ovinos por região, observa-se que a população ovina cresceu em todas as regiões brasileiras, exceto a Região Sul que apresentou um decréscimo substancial, fato que contribuiu para que o número de ovinos não se tenha alterado quando se faz a análise do Brasil como um todo. A Região Norte, que em 1995 tinha 332.636 cabeças, em 2006 já acumulava 474.502 animais, o que representa um incremento de 43% no plantel ovino. Quanto à Região Nordeste, que em 1995 possuía 6.717.980 cabeças, em 2006 passou a abrigar 7.752.139 animais, apresentando um crescimento de 15% no número de animais. Ressalte-se que no Nordeste estão concentrados cerca de 565752.139Brasil como um todofaz-se a an% dos ovinos do Brasil. A Região Sudeste aumentou seu rebanho ovino em, aproximadamente 76%, passando de 434.054 cabeças em 1995 para 763.617 em 2006. Também a região Centro Oeste apresentou aumento no seu efetivo total, passando de 620.052 cabeças em 1995 a 867.736 em 2006, resultando num crescimento de 40% no período. A Região Sul foi a única região onde o número de ovinos diminuiu, passando de 5.868.833 animais em 1995 para 3.988.753 em 2006, o que representa um decréscimo de 32%. O decréscimo no número de ovinos no Sul deve-se ao preço pouco atrativo da lã no mercado internacional nas últimas décadas. Estes resultados apontam para um aumento de importância da ovinocultura em todas as regiões brasileiras, exceto a Região Sul.

Não obstante, em termos agregados, o efetivo de ovinos brasileiro não ter se alterado, todas as regiões apresentaram crescimento significativo do número de ovinos em seus territórios.

Ainda de acordo com os dados preliminares do Censo Agropecuário 2006, as 13.856.747 cabeças de ovinos existentes no Brasil estavam distribuídas em 435.697 estabelecimentos. Estes dados apontam para o fato de que a criação de ovinos no Brasil é uma atividade exercida por pequenos produtores e, servem para confirmar a importância social da ovinocultura, visto que o número médio de animais por estabelecimento no Brasil é de 32 animais. Dos estabelecimentos que criavam ovinos 310.566, isto é, 71% estão situados na Região Nordeste, que apresenta uma média de 25 ovinos por propriedade. Na Região Sul existem 67.266 estabelecimentos que criam ovinos, o que dá uma média de 59 animais por propriedade, número superior à média nacional. Na Região Sudeste existem cerca de 20.845 estabelecimentos que criam ovinos, onde o número de animais por estabelecimento é de 37 animais. Os 16.826 estabelecimentos da Região Norte que criam ovinos apresentam uma média de 28 animais por propriedade. No Centro Oeste existem 20.194 o que resulta numa média de 43 ovinos por propriedade.

Pode-se inferir que no Brasil tem crescido significativamente o número de ovinos deslanados que têm mais aptidão para a produção de carne e pele. Assim como para os caprinos, os ovinos brasileiros estão mais concentrados na Região Nordeste, tanto em termos de efetivo de rebanho como em termos de estabelecimentos. Ou seja, o Nordeste concentra 56% do rebanho ovino brasileiro e 71% dos estabelecimentos que criam estes pequenos ruminantes. Vislumbra-se também, a importância social da criação de ovinos no Brasil, visto que esta é uma típica de pequenos produtores. Neste quesito, diferentemente da criação de caprinos, a ovinocultura brasileira vem se desenvolvendo mais em algumas regiões e, com maiores escalas de produção, como é o caso das Regiões Sudeste e Centro-Oeste.

ESPEDITO CEZÁRIO MARTINS

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LOURIVAL SILVEIRA DO COUTO

TOCANTINS

EM 31/10/2008

Apesar desses dados serem confiáveis, ainda é muito tênue a relação entre produção e consumo da carne ovina, principalmente na região do Tocantins. Faço essa observação, pelo fato da falta do hábito de consumo da carne ovina e da oferta deficiente nos locais de comercialização de carnes (açougues e supermercados). E ainda, a oferta satisfatória da carne bovina no Estado.

Parabéns pelo trabalho, que demosntra claramente a possibilidade de expansão da ovinocultura de corte.
ANISIO FERREIRA LIMA NETO

TERESINA - PIAUÍ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/10/2008

Muito bom a informação destes dados, pois informações como esta devem ser sempre colocados a disposição de associações e criadores e demais segmentos de fomento e apoio a criação destes animais.

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