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Nutrição de fósforo em gado leiteiro - O que há de novo?

POR JOSÉ ROBERTO PERES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/04/2000

2 MIN DE LEITURA

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José Roberto Peres

Este foi o tema da palestra apresentada pelos pesquisadores L.D. Satter e Z. Wu na conferência sobre nutrição da Universidade de Cornell, NY, EUA, em 10/99.

Nos EUA e Europa é crescente a preocupação com a contaminação do meio ambiente com elementos que se acumulam, oriundos de dejetos animais, como o fósforo. Leis rígidas controlam a distribuição de esterco. Muitas vezes isto limita o tamanho do rebanho, a produção e gera custos extras.

O fósforo, além de acumular no ambiente, é certamente o mineral mais caro na suplementação dos animais e o uso excessivo gera um desperdício de dinheiro ao produtor.

A recomendação de suplementação de fósforo americana (NRC) já é superior à de vários países (Alemanha; Holanda; Grã Bretanha e França). Os autores sugerem que a recomendação alemã seria a mais correta (entre 2,5% e 7% inferior à americana). Contrariamente, os produtores e técnicos americanos vêm suplementando os animais com níveis até 25% superiores ao NRC. Em função disso, estima-se que, nos EUA, a indústria leiteira gasta desnecessários US$ 100 milhões anualmente com o fornecimento excessivo de fósforo. Isto ocorre em função da crença que níveis superiores de fósforo melhoram o desempenho reprodutivo dos animais.

Um resumo de 13 experimentos com novilhas e vacas em lactação demonstrou que o nível de fósforo na dieta não teve influência significativa na reprodução. Para vacas em lactação, não houve diferença entre fornecer 0,32 a 0,40% de fósforo na MS total da dieta ou 0,39 a 0,61% em relação os dias para o primeiro cio pós-parto (46,8 x 51,6, respectivamente), dias abertos (103,5 x 102,1), serviços por concepção (2,2 x 2,0), dias para a primeira inseminação (71,7 x 74,3) e taxa de prenhez (0,92 x 0,85).

Para novilhas, observou-se comportamento semelhante ao se comparar níveis conservadores (0,14 a 0,22%) e níveis mais elevados (0,32 - 0,36%). O número de serviços por concepção foi de 1,5 e 1,8, respectivamente, e a taxa de prenhez 0,98 e 0,94.

Da mesma forma, estudos comparando o efeito do nível de fósforo na produção de vacas em lactação (entre 0,30 e 0,39% da MS para níveis baixos e entre 0,39 e 0,65% de fósforo na MS da dieta para níveis altos) não apresentou qualquer diferença. As vacas nestes estudos produziram entre 7500 e 11200 kg de leite em 305 dias em lactação. A média diária de produção para os lotes de "baixo" e "alto" fósforo foi de 30,23 e 30,45 kg de leite.

A conclusão dos autores é que não existe qualquer evidência que se deva suplementar fósforo em níveis superiores a 0,38-0,41% da matéria seca da dieta, mesmo para os rebanhos da mais alta produção.

Comentário do autor: No Brasil grande parte dos técnicos e produtores pactuam com a crença dos níveis altos de fósforo para melhorar o desempenho reprodutivo. É hora de começarmos a pensar no balanceamento da dieta como um todo e eliminarmos tais exageros pois o custo destes excessos certamente pesam no orçamento e as restrições ambientais também ocorrerão por aqui.

fonte: 61st Cornell Nutrition Conference for Feed Manufacturers. October, 1999.

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