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Não há desentendimento, o que falta mesmo é o entendimento

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/09/2012

4 MIN DE LEITURA

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Não há desentendimento, o que falta mesmo é entendimento

Certa vez quando um repórter perguntou ao Governador  Magalhães Pinto  como estava o desentendimento sobre um determinado assunto em Minas Gerais, ele respondeu “em Minas não há desentendimento, o que falta mesmo é o entendimento”.

A sutiliza do Governador mineiro mostra que na discussão de muitas questões no que falta mesmo é o entendimento. E a falta de entendimento pode ser fruto de ignorância,  de radicalismo ou de má fé.

Vejamos o que acontece nas discussões a respeito do protecionismo. Os países ricos acusam os países pobres de serem protecionistas, mas na realidade os países ricos são tão ou mais protecionistas do que os países pobres. E Gunnar Myrdal, premio Nobel de economia, dizia que não deveria haver protecionismo no comércio mundial, mas se há alguma razão para protecionismo seria justamente nos países e  não nos países ricos.

Os USA enviaram uma nota, no tom de ameaça, se o Brasil não recuasse no reajuste de tarifas de importação, que foi proposto dentro das normas da OMC, considerando que eram medidas protecionistas! Ora lá nos USA, além de subsídios, estão girando a maquininha de fazer dólares, o que desvaloriza o dólar com relação a outras moedas! Isso não é protecionismo?

O governo brasileiro enviou nota aos USA dizendo que está agindo de forma legal e dentro das normas da OMC, e que as medidas adotadas são legítimas e de defesa comercial. Nessa mesma linha está a declaração do Governo que vai agir para conter a valorização do real com relação ao dólar decorrente da expansão monetária dos USA. A Presidente Dilma na ONU classificou de “espúria e fraudulenta” as vantagens obtidas através de distorções cambiais e que as iniciativas legitimas dos países em desenvolvimento não são protecionismo.

Há desentendimento na questão do protecionismo no comercio internacional?  Não há. O que falta é o entendimento nessa questão, seja ele fruto de ignorância, radicalismo ou má fé.

No dia 25, com exceção de 4 votos, foi aprovada  a proposta já aprovada por imensa maioria na Câmara dos Deputados a MP do Código Florestal, de forma que no Congresso foi aprovado uma legislação florestal que representa o possível em termos do equilíbrio entre a necessidade de produzir e de proteger o meio ambiente.

Foi aprovada no Congresso por imensa maioria,  uma legislação que com o tempo pode ser aperfeiçoada mas que da forma que está, nenhum País do mundo tem algo nem próximo, atende a realidade atual e traz segurança no campo, para que o agricultor, seja ele pequeno, médio ou grande possa produzir, abastecendo o mercado interno e exportando, gerando trabalho e renda para o povo brasileiro.

Pretender que a Presidenta Dilma vete no todo ou em parte significativa o que foi encaminhado para sanção presidencial não pode ser classificado mais de desentendimento, mas sim de falta de entendimento deliberado, fruto de radicalismo  e má fé com relação à realidade  e a democracia no País.

O pronunciamento de um Senador por Rondônia mostrou que os produtores que colonizaram o Estado, vindo de todas as partes do País para colonizar glebas doadas pela União, que perderiam as terras se não as desmatassem do tempo previsto mas receberiam gleba adicional se cumprissem o prazo para desmatar, muitos dos quais morreram ou tiveram familiares mortos por doenças tropicais numa região sem nenhuma infraestrutura, até pouco tempo eram considerados heróis. E ao longo dos anos passados foi assim que o Brasil se desenvolveu, graças ao esforço e sacrifício de produtores rurais, pequenos, médios e grandes, que agiram dentro da legislação vigente e transformaram o Brasil no que é, a 7ª economia do mundo, graças a agricultura que não só desenvolveu o País, mas foi a âncora verde que possibilitou a estabilização da moeda, acabando com a inflação desenfreada que assolava o Brasil, castigando seu povo, principalmente os mais pobres.

Querer agora transformar esses homens em bandidos que agiram fora da lei e cometeram crimes ambientais, não é uma questão de desentendimento, mas de falta de entendimento deliberado de uma minoria radical e de má fé para denegrir o produtor rural, principalmente os médios e grandes, como se estes não gerassem emprego e renda, como se fosse possível só existirem pequenos produtores rurais. Como se os pequenos produtores rurais que graças ao seu trabalho, ao crescerem se tornassem bandidos.

O produtor rural, seja pequeno, médio ou grande, tem que ser respeitado e ter segurança jurídica para trabalhar, tem que é haver equilíbrio entre a necessidade de produzir e proteger o meio ambiente, tem que haver respeito à democracia e não pode haver espaço para radicalismos.

Tenho convicção que esse será  o entendimento da presidenta Dilma, que ela aprovará na totalidade ou sem mudanças significativas o que lhe foi encaminhado pelo Congresso para sancionar, pondo fim a novela do desentendimento sobre o Código Florestal, que só prejudica o País.

Marcello de Moura Campos Filho

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