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Magnésio em pastagens

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/06/2000

2 MIN DE LEITURA

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Marco Antonio Alvares Balsalobre

Não faz muito tempo que se sabe que o magnésio (Mg) atua na síntese protéica. Esse elemento promove a estabilidade da ligação do ribossomo com o retículo endoplasmático, onde ocorrerá a síntese de proteínas. Portanto, em deficiência de magnésio ocorrerá aumento do N-não-protéico e redução do nitrogênio protéico.

O potássio (K), concorre com o Mg pelos mesmos sítios de absorção pela planta. Em um experimento, a Braquiária decumbens foi submetida à um ensaio em fatorial com dois níveis de adubação nitrogenada (sem N e com N) e dois níveis de adubação potássica (sem K e com K). Nesse trabalho, Andrade et al. (1997), mostram que o magnésio apresentou redução nas suas concentrações quando se adubou com K. Os valores protéicos também foram alterados, mostrando menores teores de N-não-protéico para os tratamentos com maiores níveis de Mg.

A tetania das pastagens é uma série de desordens nutricionais provocada em animais que se alimentam de forragens deficientes em magnésio. As forragens temperadas apresentam uma predisposição maior para serem deficientes em magnésio que as tropicais, isso provavelmente devido aos maiores níveis de potássio naquelas plantas. Dessa forma, os estudos dos efeitos e formas de prevenção de tetania nas pastagens recebem importância muito maior nas regiões temperadas que nas tropicais.

Robinson et. al. (1989), em revisão sobre práticas de prevenção da tetania das pastagens, apresentam que adubações nitrogenadas podem aumentar ou reduzir os teores de magnésio na planta. Em níveis de Mg altos no solo, adubações nitrogenadas promoverão aumento de concentração desse elemento nas plantas, enquanto que, quando a concentração do Mg é baixa, a fertilização com nitrogênio promoverá redução do Mg na planta.

Assim como o K, o íon amônio, NH+4, reduz a absorção de Mg. Dessa forma, em adubações nitrogenadas, quando a fonte é a uréia, apresentam valores menores nos teores de Mg na planta, quando comparadas com outras fontes como o nitrato de amônio (NH4NO-3). Desse modo, é provável que adubações com uréia promovam aumento do N-não-protéico.

Em nossas condições não existem trabalhos conclusivos sobre a alteração da qualidade da proteína em relação à nutrição mineral de plantas, porém podemos concluir que adubações desequilibradas de K e Mg reduzem a qualidade da proteína, assim como adubações com uréia.

Adubações com potássio não são comuns como as adubações nitrogenadas. No entanto, deve se chamar atenção para o seguinte aspecto; o ciclo do K é fechado dentro de um sistema de pastejo, isso significa que quando se introduz o K via fertilizante esse tende à aumentar, podendo ao longo dos anos promover desequilíbrios em relação ao Mg.

Diante disso, fica uma reflexão: a análise de solo é apenas um instrumento para a recomendação de adubações em pastagens, devemos cada fez mais trabalhar com a análise vegetal de folhas e também com a relação entre os nutrientes, tanto no solo como na planta, como fazem em culturas como soja, milho, cana-de-açúcar e café.

Em artigo futuro daremos recomendações de como proceder na coleta de amostras para análise vegetal de plantas forrageiras.

fonte: MilkPoint

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