A limpeza e desinfecção das instalações são práticas que devem ser rotineiras na propriedade pois são essenciais para preservar a saúde dos animais, prevenir, controlar e eliminar doenças no rebanho. Devido à importância desse procedimento na propriedade, no artigo desse mês iremos discutir os principais pontos relacionados com a eficácia da higiene das instalações utilizadas para caprinos e ovinos.
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Instalações limpas, bem arejadas e iluminadas são indispensáveis para a saúde e o bem do rebanho!
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A periodicidade com que deve ser feita a limpeza e a desinfecção irá depender do número de animais; das condições ambientais (períodos chuvosos ou secos); do tipode piso (chão batido, cimento, ripado elevado, entre outros); do sistema de exploração e do tipo de instalações utilizadas na propriedade. Para os apriscos, baias maternidades (local onde ocorrem os partos), baias enfermarias (onde ficam animais doentes) e locais onde são alojados os cabritos e cordeiros, a recomendação é a limpeza diária por meio de varredura.
A limpeza em geral e retirada das fezes do aprisco, das baias ou locais que as cabras e ovelhas prenhas permanecem durante o dia ou apenas para passar à noite, deverá ser realizada diariamente ou pelo menos a cada dois dias.
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Atenção especial com a higienização (limpeza e desinfecção) das baias depois da ocorrência de alguma enfermidade ou antes do início dos partos. Procure deixar os locais onde ocorrerão os nascimentos e desenvolvimento dos filhotes sempre limpos!
A limpeza e desinfecção das instalações devem ser executadas corretamente para apresentarem adequada eficácia. Além disso, a remoção da matéria orgânica é essencial para que o desinfetante apresente boa eficácia.
Quando há cama, devem ser retiradas as porções sujas (com fezes e acúmulo de restos de alimento) e úmidas diariamente. Já a frequência de troca completa da cama irá depender de fatores como tipo do material, número de animais, entre outros.
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A limpeza da instalação consiste na remoção de toda a sujidade (fezes, restos de alimentos, insetos, teias de aranha, etc.) presente no piso, paredes (divisórias), teto, cochos, bebedouros e saleiros. De acordo com o m��todo e os equipamentos utilizados, a limpeza pode ser classificada em seca, úmida e molhada.
O ideal é sempre iniciar com a limpeza seca que consiste na remoção mecânica das sujidades por varredura ou raspagem com auxilio de vassoura, pá, rodo ou espátula.
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É indicado que essa limpeza seja diária ou no máximo a cada dois dias para evitar o acúmulo de matéria orgânica e que esta sujidade fique aderida no piso, o que dificulta sua remoção. Após realizar a limpeza seca, caso haja grande quantidade de sujeira aderida nas instalações é necessário realizar uma limpeza molhada (com água em abundância) ou úmida (pano ou esponja umedecidos). Pode-se utilizar jatos de água sob pressão para limpar pisos e paredes em limpezas rotineiras, inclusive aliando a detergentes e/ou desinfetantes.
Acúmulo de fezes no piso.
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As fezes acumuladas na parte inferior do aprisco também devem ser retiradas periodicamente pois além do odor forte, atraem moscas, ratos e insetos que podem veicular doenças no rebanho.
Quanto a limpeza de bebedouros, cochos e equipamentos em geral:
Bebedouros: os animais devem ter sempre a sua disposição água limpa e fresca. Os bebedouros devem estar sempre limpos: retire larvas de moscas, algas e fezes; faça a troca periódica da água. É muito importante para manutenção da limpeza dos bebedouros que estes estejam posicionados de tal forma que os animais bebam confortavelmente e ao mesmo tempo, não de defequem ou urinem em seu interior.
Acúmulo de restos de alimentos, fezes e algas nos bebedouros.
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Comedouros (cochos): podem ser fixos ou móveis, devem estar preferencialmente do lado de fora da baia e deverão ser submetidos à limpeza diária. O tipo, posicionamento e altura dos cochos são importantes para evitar que o animais defequem e urinem no alimento.
Contaminação do sal mineral com fezes.
Contaminação do alimento com fezes.
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As sobras das anteriores devem ser sempre retiradas antes de depositar uma nova refeição para evitar fermentações e consequentes perturbações gástricas nos animais. Além disso, as sobras de alimento no cocho também favorecem a proliferação de roedores que podem transmitir doenças para os animais.
Canzil para evitar que os animais entrem e defequem no alimento.
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Mantenha o ambiente sempre limpo! O esterco deve ser recolhido e depositado em esterqueiras ou em um local com no mínimo 150 metros de distância das instalações para evitar a atração e proliferação de insetos, além do odor causado pela liberação de amônia e gases. Os restos placentários e demais sujidades devem ser recolhidos e destinados para fossas ou outros sistemas de descarte (incineração).
Todo o material utilizado para limpeza (pá, baldes, carrinho de mão, entre outros) das instalações deve ser separado e utilizado apenas para essa finalidade! Nunca misture com os equipamentos utilizados para alimentar os animais!
Lembrem-se: A superlotação e o acúmulo de fezes e urina favorecem a sobrevivência, o desenvolvimento e a multiplicação de parasitas e agentes causadores de doenças (bactérias, fungos, entre outros) além, de aumentar a contaminação dos animais. Por isso, a higiene é ferramenta imprescindível para o bom manejo sanitário dos animais.
No artigo do próximo mês iremos apresentar os principais procedimentos e produtos utilizados para desinfecção de instalações de ovinos e caprinos.