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Fibra Efetiva em Dietas de Vacas Leiteiras - Parte II: Avaliação Prática

POR JOSÉ ROBERTO PERES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/07/2000

3 MIN DE LEITURA

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José Roberto Peres

O aumento do nível de produção ou até mesmo a limitação na disponibilidade de volumosos (épocas de seca) muitas vezes conduz à necessidade de formulação de dietas com alta inclusão de concentrados. Mesmo rebanhos manejados em regime de pastagens no verão (fibra longa), na época do inverno são confinados com uso exclusivo de silagens (forragem picada). Somado a isto, muitos rebanhos mecanizaram o fornecimento de dietas através da utilização de vagões de "ração completa" que, com freqüência, possuem facas que podem repicar a dieta, alterando sua forma física original. Quando isto ocorre, os cálculos de efetividade de fibra, já discutidos em outro artigo, podem não garantir o fornecimento do mínimo de fibra fisicamente efetiva necessária para o correto funcionamento ruminal.

Um correto padrão de distribuição do tamanho das partículas das forragens é parte importante de um programa de formulação de dietas. Até recentemente isto era difícil de se avaliar no dia-a-dia da fazenda. A avaliação dependia da experiência do nutricionista.

No intuito de garantir uma avaliação menos subjetiva deste importante componente da dieta de vacas em lactação, pesquisadores da Pennsylvania State University - EUA, desenvolveram um conjunto de peneiras, de simples construção, que permitem a determinação da distribuição do tamanho das partículas de forragens e/ou dietas (figura 1). Existem faixas de tamanho recomendadas para diferentes tipos de forragens, mas a real utilidade da peneira é na combinação das forragens para que se atinja tamanho adequado na ração total, da mesma forma que se combina os alimentos para atingir um determinado nível de proteína, por exemplo.

 

Figura



O equipamento consiste de duas peneiras sobrepostas numa caixa coletora. Existem alguns detalhes importantes na construção da peneira. Cada peneira tem uma dimensão de 40 x 55 cm. A altura é de 10 cm. Os orifícios da peneira superior têm uma abertura de 19 mm e a espessura do fundo da peneira é de 12,2 mm. A peneira do meio tem furos de 8 mm e uma espessura de 6,4 mm. Estes graus de espessura são necessários para fornecer uma barreira tridimensional que impede que as partículas maiores que o tamanho dos furos escorreguem através deles.

A operação é bem simples. Empilhe as peneiras de forma que a de furos maiores fique por cima, a de furos menores no meio e a caixa coletora por baixo. Pese cerca de 300 gramas de forragem ou ração completa numa balança com precisão para miligramas e coloque o material na peneira superior. Numa superfície lisa mova a peneira por 5 vezes, na distância da extensão de seu braço. Não deve haver movimento vertical. Este processo deve ser repetido 8 vezes para um total de 40 movimentos, com as peneiras sendo rotacionadas em 1/4 de volta após cada 5 movimentos (2 giros completos das peneiras). Dessa forma se assegura que o conjunto foi movimentado em todos os sentidos. Pese o material em cada peneira e na caixa coletora. Calcule a porcentagem de material em cada peneira. Compare os valores com os padrões apresentados na tabela 1.

 

Figura



Se sua forragem não se enquadrar nos padrões, considere picá-la mais grosseiramente na próxima colheita. Se este for o caso da ração completa, reformule a dieta com a inclusão de (mais) forragem longa (p.ex.feno) ou verifique o excesso de processamento durante uma possível mistura num vagão do tipo totalmix. Neste último caso muitas vezes é possível a retirada de parte ou de todas as facas do vagão (caso a silagem de milho ou sorgo sejam as forragens básicas ou exclusivas) ou ainda a diminuição do tempo de mistura.

Também é importante avaliar a distribuição das partículas de fibra nas sobras das vacas. De nada adianta uma dieta com tamanho de partícula adequado ou até mesmo acima do padrão se as vacas estão tendo oportunidade de selecionar o material, deixando toda a fibra no cocho. Numa dieta bem formulada e misturada, a distribuição das partículas na dieta recém misturada deve ser semelhante à das sobras.

Comentário do autor: A avaliação do tamanho das partículas não é a solução definitiva para todos os problemas na formulação de dietas mas pode contribuir grandemente para a saúde e produtividade dos animais. Este método é simples, o que permite sua realização na fazenda e deve ser rotina especialmente em rebanhos que utilizam a silagem de milho como forragem exclusiva e mais particularmente se o rebanho for de alta produção, com utilização mais agressiva de concentrados na dieta.

fonte: HEINRICHS, J., 1996. Evaluating particle size of forages and TMRs using the Penn State Particle Size Separator. Pennsylvania State University. Boletim DAS 96-20.

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