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Biosegurança x Aftosa: Por onde começar?

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/04/2001

3 MIN DE LEITURA

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Renata de Oliveira Souza Dias

O artigo anterior abordou os conceitos básicos sobre a Aftosa para que todos possam relembrar sua importância para a pecuária brasileira. No presente artigo, serão abordadas as medidas de Biosegurança relativas à esta doença, fato de fundamental importância para o entendimento da amplitude desta doença que, realmente, assusta os pecuaristas europeus neste momento e que, sem sombra de dúvidas, afetará nosso mercado e as empresas multinacionais que nele atuam.

Historicamente, as fazendas leiteiras preocupavam-se basicamente com duas doenças contagiosas: Brucelose e Tuberculose. Presentemente, várias outras doenças infecto-contagiosas também passaram a ter uma grande importância econômica para na atividade. Mais recentemente, entretanto, duas outras importantes doenças têm preocupado os criadores e técnicos e, como tal, têm ocupado um grande espaço na mídia - são elas: a Vaca Louca (BSE) e a Febre Aftosa.

Perante os surtos registrados em diferentes regiões do mundo, o produtor brasileiro deve atentar para a proteção sanitária de seu rebanho e tomar conhecimento das medidas de biosegurança que irão reduzir as chances da entrada da Aftosa na fazenda. Para ilustrar a seriedade da Febre Aftosa na Europa basta pensar que até o dia 24 deste mês de abril, 1461 casos já haviam sido diagnosticados na Grã Bretanha e que das 19 horas do dia 23/4 até as 19 horas do dia 24/04, 13 novos casos foram notificados naquele local.
Antes de nos atermos às práticas de manejo associadas a biosegurança, deve-se ressaltar que:

- o vírus da Aftosa pode ser transportado em roupas, sapatos, cabelos, pneus etc.;
- o vírus pode sobreviver no meio ambiente por semanas e até meses;
- o vírus é eliminado pelo animal contaminado através do leite, urina, fezes, sangue, sêmen e pelo ar exalado dos pulmões;
- o vírus apresenta uma alta morbidade (risco do animal adoecer) e uma baixa mortalidade, característica que auxilia a rápida disseminação da doença.

Desta forma, considerando-se os itens acima, pode-se concluir que o maior risco de introdução da doença no rebanho acontece através das pessoas e animais.

Para prevenir a entrada de animais infectados, esteja atento:

- compre animais de rebanhos conhecidos e recomendados;
- evite comprar animais que tenham entrado em contato com outros rebanhos antes da compra;
- certifique-se da limpeza e higiene dos veículos de transporte (o veículo pode já ter transportado animais contaminados e ainda possuir secreções e excreções dos mesmos);
- mantenha os animais recém chegados em quarentena.

Para prevenir a introdução do vírus através de visitantes:

- Faça uma lista com as visitas rotineiras na fazenda. Por exemplo: caminhão da coleta de leite, caminhões de ração e outros subprodutos, vendedores de equipamentos, remédios e sêmen, técnicos (veterinário, zootecnista, agrônomo). Quantos estão vindo de outros rebanhos? A maioria. Com isso fica evidente o risco de contaminação de seu rebanho. As granjas de suínos e aves há muito tempo já implementaram uma política de visitas visando a proteção contra possíveis "novas contaminações". Faz-se necessário criar um esquema semelhante nos rebanhos de bovinos, tais como:
- Faça apenas uma entrada na propriedade, desta forma ficará mais fácil controlar as entradas e saídas;
- Restrinja apenas aos funcionários e pessoas responsáveis pelo setor o acesso às instalações dos animais;
- Coloque avisos para que visitantes evitem a entrada nas instalações dos animais;
- No caso do visitante precisar entrar no estábulo, peça que coloque botas e roupas limpas.

Além dessas medidas, vale a pena rever o programa de vacinação utilizado. Lembre-se que certas situações podem diminuir a eficiência do programa de vacinação:

- Certifique-se que as datas das vacinações estão sendo cumpridas corretamente;
- Observe a data de fabricação e partida dos frascos;
- Atenção para a refrigeração dos frascos durante o transporte, armazenagem e utilização;
- Não permita que os frascos de vacina congelem!!
- Depois de aberto um frasco, ele deve ser utilizado até o fim. Jamais armazene frascos abertos!
- Procure não vacinar os animais em dias muito quentes. O estresse calórico afeta o sistema imunológico dos animais. Se o período do ano é de muito calor, procure vacinar os animais nos períodos mais frescos do dia (início da manhã).

Em última análise, estar atento às medidas que possam prevenir a entrada de novas possíveis contaminações no rebanho é de fundamental importância para a biosegurança dos rebanhos brasileiros. Basta, entretanto, sabermos por onde começar.

fonte: www.maff.gov.uk/animalh/

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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