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Bem-estar no manejo reprodutivo

POR MARIA EMILIA FRANCO OLIVEIRA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/02/2013

2 MIN DE LEITURA

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A população mundial tem demandado por alimentos produzidos de forma saudável e com garantias de bem-estar animal. Observa-se, nos últimos anos, aumento no número de propriedade que adotam medidas nesta perspectiva, entretanto, atingem um percentual ainda muito restrito. Isto possivelmente está associado a resistência por parte de alguns produtores e técnicos tradicionalistas, pelo desconhecimento dos benefícios que as mudanças de atitude trarão à rotina de manejo com os animais.

Além disso, do retorno financeiro que virá agregado ao produto mais seguro, nutritivo e saboroso. Deste modo, sistemas de produção que respeitam os animais, assegurando-lhes bem-estar do nascimento ao abate, tem sido reconhecidos com grande mérito.

Neste contexto, um conceito bastante utilizado é ambiência; definição de conforto baseada na interação do animal com o ambiente social, clima, instalações e o homem. O comportamento em resposta a estes contatos podem afetar a expressão máxima do potencial do individuo, tanto sob o aspectos produtivos como reprodutivos. Manejos mal conduzidos podem ocasionar agitação dos animais, agressividade, competições por espaço, riscos de acidente, ingestões inadequadas de água e alimentos, desconforto térmico, entre outros.

Estes fatores estressantes levam a perdas na produtividade, quando destaca-se o baixo ganho de peso. Do mesmo modo, há comprometimento da eficiência reprodutiva por deficiente detecção de comportamentos sexuais de estro, baixa qualidade seminal, inadequadas taxas de prenhez e concepção, problemas de absorção embrionária e abortamentos, etc.

As medidas indicadas para o manejo com os animais, a fim de atingir suas zonas de conforto, baseiam-se em estudos comportamentais. O objetivo final é a expressão de comportamentos natos do animal em resposta ao seu pleno bem-estar. Importantes pontos a serem considerados são: densidade de animais por lote; relação macho:fêmea; área de sombreamento; distribuição de fontes de água na pastagem; formação de lotes homogêneos, evitando mistura-los; forma de contato do homem com os animais, buscando condutas tranquilas; adequação das instalações ao manejo; ausência de poluição sonora e ambiental; seleção de indivíduos adaptados ao clima da região de criação; entre outros.

Contudo, a aplicação de procedimentos de bem-estar tem se tornado cada vez mais reconhecido e importante, especialmente quando o manejo com os animais é mais ativo. Assim, como a etapa de reprodução requer a intensificação do manejo, a utilização de práticas de bem-estar é indispensável.

Referências bibliográficas:

COSTA E SILVA, E.V. Estresse e Manejo reprodutivo de bovinos de corte: problemas e soluções. In: Simcorte. Disponível em: https://www.simcorte.com/index/Palestras/q_simcorte/simcorte16.pdf Acessado em: 04. fev. 2013.

DOBSON, H.; FERGANI, C.; ROUTLY, J.E.; SMITH, R.F. Effects of stress on reproduction in ewes. Animal Reproduction Science, v.130, p.135– 140, 2012.

PARANHOS DA COSTA, M.J.R. Ambiência na produção de bovinos de corte a pasto. In: ENCONTRO ANUAL DE ETOLOGIA, 18, 2000, Florianópolis, Anais... Florianópolis, SBEt, 2000, p.26-42.

ROGER, P.A. Welfare issues in the reproductive management of small ruminants. Animal Reproduction Science, v.130, p.141– 146, 2012.
 

MARIA EMILIA FRANCO OLIVEIRA

www.mariaemilia.vet.br

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CASSIMIRO JOSÉ DANTAS

PEDRO AVELINO - RIO GRANDE DO NORTE - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/02/2013

Parabéns, Maria Emilia, o cuidado com as matrizes começa no curral, fazendo a limpeza das fezes, tem curral que quando entro atolo no estrumo, e olhe que é nessa tecla que mais bato da importância de manter o curral limpo. A capacitação é muito importante para o sucesso da fazenda mas quando o capacitado é próprio criador, quando é o empregado, acontece o que eu já relatei acima. um grande abraço.
JORGE MEZZAROBA

SÃO GABRIEL DO OESTE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 20/02/2013

Olá Drª. parabéns pelo artigo, sou médico veterinário e instrutor no curso de Ovinos de Corte do SENAR-MS, seu artigo remete a um único fator: CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA, temos em nossos cursos reforçado cada vez mais a importância de saber respeitar e conter os animais, no manejo diário para evitar danos aos animais e, consequentemente perdas econômicas que desestimulam os produtores a continuarem na atividade.  
CECILIO BALBINO

FEIRA DE SANTANA - BAHIA

EM 20/02/2013

Bom artigo Maria Emília, parabéns.

Realmente os cuidados no manejo de femeas gestantes devem ser redobrados, uma das principais causas de abortos está relacionada ao manejo.

Todos animais devem ser observados com atenção, mas para isso algumas veses encontramos mão de obra precaria ao falar de bem estar animal.

Considero a capacitação como o primeiro passo para o sucesso.

Abraço!
CECILIO BALBINO

FEIRA DE SANTANA - BAHIA

EM 20/02/2013

Bom artigo Maria Emília, parabéns.

Realmente os cuidados no manejo de femeas gestantes devem ser redobrados, uma das principais causas de abortos está relacionada ao manejo.

Todos animais devem ser observados com atenção, mas para isso algumas veses encontramos mão de obra precaria ao falar de bem estar animal.

Considero a capacitação como o primeiro passo para o sucesso.

Abraço!
SIVALDO BARBOSA GOES

PIMENTA BUENO - RONDÔNIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/02/2013

Olá Emília, bom dia! Sou Méd. Vet. atuo na Região de Pimenta Bueno - Rondônia. Gostei do seu artigo, e faço algumas observações, como trabalho com reprodução bovina e manejo reprodutivo, observa-se claramente a influência do manejo nos resultados. Os currais são ainda construidos na sua maioria simplesmente para impedir a fuga dos animais, e não para acondicioná-los movimentando-os sem provocar traumatismo, estres e sequelas irreverssíveis. São construidos com uma preucupação básica que é realizar a contenção e efetivar o manejo diário e o trabalho realizado pelo proprietário, sem nem uma engenharia própria e preucupação com o bem estar do animal, do profissional manejador, aliás, perante a maioria dos criadores este tema "bem estar animal" é desconhecido ou mesmo um paradígma. Sem contar que o estres já acontece bem antes dos animais chegarem ao curral, pois o trajeto do pasto ao curral normalmente não foi construido para conduzir o animal de forma natural (uso de corredores). Isto reflete de forma negativa (índices reprodutivos) em manejos como no caso das IATF, TE, FIV, onde é necessário a vinda ao curral mais de uma vez em período de 10 dias.

Att

Sivaldo Goes

EUCLEPIO DA SILVA SANTOS

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE LEITE

EM 20/02/2013

Olá Emília

Adorei seu artigo,vai me ajudar a corrigir  algumas praticas no meu rebanho.
ANDRÉ MEDEIROS

QUIXADÁ - CEARÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE LEITE

EM 19/02/2013

Cara Emilia, bom dia,

Interessante o seu artigo, na medida que nos alerta para a importância de adoção de práticas, que muitas vezes nem demandam investimento financeiro e sim organizacional, e que são, certamente, responsáveis por muito do insucesso no manejo reprodutivo de diversos rebanhos.

Forte abraço!!!

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