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Como a revolução 'plant based' irá nos afetar?

POR MAYSA SERPA

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 20/11/2019

2 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 23/12/2020

No último dia 7, participei de um almoço organizado pela DuPont Nutrition & Biosciences, a fim de discutir a tendência plant based (à base de vegetais) em alimentação. Os speakers foram Michelle Braun, doutora em Alimentos e Nutrição pela Purdue University e Glauco Ramos Pinto, Líder Regional de Marketing da DuPont.

Segundo dados da empresa de consultoria HealthFocus, sete em cada dez brasileiros aumentaram o consumo de produtos de origem vegetal. A grande impulsionadora dessa tendência é a geração millenials (os nascidos após 1980) que detém poder aquisitivo e ideias novas sobre o mundo.

Essa geração é motivada principalmente por questões como saúde, sustentabilidade e bem-estar animal (as quais já discutimos em outro artigo). Porém, um ponto de extrema relevância deve ser ressaltado: a maior parte desses consumidores quer aumentar o consumo, e não substituir completamente a proteína animal. É aí que entramos no conceito de flexitarianos.

Esse termo surgiu justamente para abranger esses consumidores preocupados com saúde, ambiente e animais, mas que não necessariamente querem manter uma dieta vegetariana. São aquelas pessoas que querem deixar de comer carne um dia na semana, ou comer uma vez no dia uma refeição vegana.

Porém, elas não estão atrás de qualquer produto. Ao adquirir esse tipo de alimento, segundo pesquisas, 39% delas espera preço acessível, 37% gosto e prazer e 37% variedade e disponibilidade. Ou seja, as principais restrições para se consumir produtos vegetais são os preços elevados, o sabor, a variedade e a facilidade de encontrar nos mercados.

Mas esses obstáculos já não são mais tão grandes. Muitas empresas (mesmo as que trabalham com proteína animal) têm investido cada vez mais para que os produtos plant based consigam aproximar-se do sabor e experiência proporcionados pelos produtos de origem animal. E o mais curioso é que vêm obtendo sucesso. Um exemplo disso é a franquia Burger King, que lançou um sanduíche com hambúrguer vegetal e que, segundo a propaganda que fazem, é impossível de diferenciar da carne (assista o comercial aqui). Outra gigante que também entrou nesta linha é a BRF, detentora das marcas Sadia e Perdigão, que prometeu uma linha completa de produtos à base de vegetais para 2020.

Ou seja, “se não pode com seu inimigo, junte-se a ele”. As grandes marcas estão vendo nesse nicho de mercado uma oportunidade para ganhar mais e agregar mais consumidores. A opção vegetariana em uma franquia de fast food, por exemplo, permite que aquele membro da família ou amigo que é vegetariano e sempre ficava excluído dos ‘rolês’ possa agora participar. Logo, a resposta muitas vezes não é ‘nadar contra a corrente’, mas procurar meios de se manter nadando. Além disso, estudos científicos têm evidenciado que alguns tipos de proteína vegetal, sobretudo a de soja, tem atributos semelhantes a produtos de origem animal.

Então, a tendência é que toda a proteína animal seja excluída da alimentação humana? Os especialistas dizem que não. Como já mencionado, a maior parte das pessoas pensa em adotar uma dieta flexitariana, com um aumento do consumo de proteína vegetal e guiada pela percepção de ser algo mais sustentável.

Logo, há espaço para todos os mercados. Obviamente não devemos fechar os olhos à onda vegetal que está se formando, mas não necessariamente a resposta é bater de frente e fazer desses consumidores inimigos.

Os pecuaristas e empresas devem manter-se atentos, observar a tendência e procurar as melhores formas de permanecer na atividade, defendendo seu produto e convivendo com as diferenças que, querendo ou não, sempre vão surgir.

MAYSA SERPA

Médica Veterinária, MSc. e doutoranda em Sanidade Animal pela UFLA.

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