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Na teoria é uma coisa, na prática, é a mesma coisa!!!

POR RODRIGO GREGÓRIO DA SILVA

ESPAÇO ABERTO

EM 16/11/2006

2 MIN DE LEITURA

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Neste pequeno manuscrito, iniciamos uma discussão que, a nosso ver, vem sendo realizada de forma equivocada, displicente ou mesmo irresponsável.

O conhecimento, em especial o científico, é fundamental para todos aqueles que desejam desenvolver uma atividade cuja maior virtude, por exemplo, é o saber. Ou seja, saber usar a informações, o conhecimento, como forma de melhor desenvolver seus projetos.

Nesse contexto procuramos relatar um fato que já há algum tempo vem nos incomodando. Não vamos procurar aqui ser partidários, mas sim justos. Quem nunca presenciou alguém do alto de sua sabedoria expressar a idéia que 'na teoria é uma coisa, mas na prática é bem diferente'?

Acreditamos que essa idéia não seja bem acertada, que o conhecimento científico, aplicado na forma de tecnologias, não seja portador de condições que lhes capacite a resultar em melhorias, em incrementos, em aumento da eficiência dos sistemas nos quais serão usados.

É bem verdade que várias tecnologias disponibilizadas pelos mais variados autores e/ou centros de produções não sejam capazes de resultar em melhorias em sistemas de produção aos quais se destinam. Mas acreditamos que os maiores responsáveis por esses acontecimentos são: os 'inventores dos conhecimentos milagrosos de má índole', seus repassadores inocentes, ou não, e os incríveis e sábios aplicadores, conhecedores na prática de tudo.

Ao se permitir e fortalecer esse pensamento, estamos criando uma falsa idéia de que os resultados gerados nas ciências e em especial nas agrárias não possuem capacidade de repetição além dos muros dos centros de desenvolvimento científico.

E assim abrimos as portas para a velha afirmativa acima questionada, abrimos as portas para aqueles que se vangloriam dos incríveis resultados obtidos por meio das proezas práticas resultantes das cópias.

Se em outras áreas a auto-medicação é um problema, nas agrárias parece ser a solução, ao menos é o quem vêm sendo revelados pelos atos de muitos técnicos desinformados ou de 'sábios' produtores.

Planejar um negócio, definir seus objetivos, traçar suas metas, realizar avaliações e tomar decisões são bem mais que copiar um espaçamento entre aspersores ou linhas de cultivo, em importar uma nova variedade de planta ou raça milagrosa, em decidir se compra uma mula preta ou um cavalo alazão.

A falsa idéia de que o conhecimento prático é tudo em um sistema de produção é no mínimo ingenuidade. O abandono ou negação dos conhecimentos técnico-científicos em detrimento ao conhecimento prático é o principal responsável pelo atraso tecnológico verificado na grande maioria das unidades de produção, melhor, de extração ou de coleta de produtos oriundos da terra.

As verdadeiras unidades de produção, com perfil de empresa moderna, que busca eficiência no processo produtivo objetivando aumentos nos seus lucros, acompanham de perto o desenvolvimento científico, utilizando as recém desenvolvidas tecnologias, conseguindo incrementos significativos nos seus lucros, permanecendo competitivas num ambiente de mercado aberto, onde os eficientes permanecerão.

Finalizamos afirmando que na teoria é uma coisa e na prática é a mesma coisa, basta ter a capacidade de entender as tecnologias, de saber como, onde e quando aplicá-las, basta ter a capacidade necessária para realizar um diálogo de saberes onde a teoria e a prática caminham juntas, de mãos dadas, buscando a obtenção de melhorias sejam elas técnicas, financeiras, ambientais e sociais. Mas que fique claro, a teoria é a descrição do que ocorre na prática e a prática é a aplicação do que diz a teoria. E guardados os ajustes inerentes aos processos, são iguais!

RODRIGO GREGÓRIO DA SILVA

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PAULO CÉSAR DE CAMARGO

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 06/01/2008

Caro Rodrigo,

Parabéns pela iniciativa.

Gostaria de contribuir chamando a atenção para aspectos que podem ajudar nesta difícil tarefa de construirmos uma sociedade mais analítica, justa e participativa.

1. O conhecimento popular é importante e precisa ser valorizado como conhecimento e não como crença.

2. Conhecimento resulta de experiência acumulada e/ou de informação sistematizada.

3. Teorias são desenvolvidas para satisfazer a curiosidade humana ou para explicar fenômenos observáveis. Quando a teoria não serve na prática é porque quem as aplica não conhece suficientemente bem a teoria, ou não conhece detalhes do problema prático.

4. Tanto as teorias, quanto o conhecimento prático e o conhecimento popular, precisam ser analisados quanto sua consistência para serem aplicados.

A consistência depende dos resultados práticos onde devemos considerar de forma sistemática os acertos, os erros e as circunstâncias nas quais ocorreram.

Paulo César de Camargo
Coordenador RIPASUL/SETI
www.ripasul.com.br
ww.ripa.com.br
MANOEL DANTAS SILVA

FORTALEZA - CEARÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 29/01/2007

Caro Rogrigo,

Parabéns! Estamos atentos e nos sentimos honrados por termos no Ceará técnicos em Ciências Agrárias com o seu nível e respeito à classe e ao produtor.
FELIPE AZEVEDO DE SOUZA

SÃO LOURENÇO DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - EMPRESÁRIO

EM 24/11/2006

Creio que a falta de objetividade e consistência de muitas pesquisas, algumas que visam somente "pontos no currículo" e outras conduzidas por profissionais a quem falta qualificação, é a razão para o descrédito existente.

Realmente o conhecimento técnico focado na realidade é a única forma do produtor evoluir no seu processo produtivo, sem correr o risco de equívocos graves.

Atualmente, onde com extrema facilidade, via internet, o produtor pode buscar as informações que lhe interessam, permite que possam ser avaliadas, comparadas e aplicadas, conclusões corretas de pesquisadores brasileiros e até de outros países.

Existem, sim, pesquisas e trabalhos excelentes, obviamente como em qualquer atividade humana temos os profissionais qualificados e inevitavelmente aqueles que estão longe da excelência. O bom produtor que conhece no detalhe o seu negócio tem toda a condição de separar o "joio do trigo".
RONALDO CASTRO MOREIRA

WENCESLAU BRAZ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/11/2006

Caro Rodrigo,

Por estarmos acostumados a lidar com estas verdades por você colocada, concordo e faço brado com você. A teoria, aquela correta para determinada necessidade e situação, nada mais é que a boa e velha prática, estudada, melhorada e indicada.

Parabéns.
EDSON CARLOS POPPI

OUTRO - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/11/2006

Rodrigo,

Entendo e concordo com sua linha de pensamento, porém, é preciso saber diferenciar pesquisas sérias aplicáveis no campo, com outras feitas somente para se obter pontos no currículo, que abarrotam nossas faculdades e instituições de pesquisa.

Acredito que este seja o papel do extensionista, levar para o produtor novidades que realmente agreguem produtividade. Pesquisa séria e conhecimento prático são uma dupla imbatível, e o produtor é quem leva a vantagem produzindo mais.

Parabéns pelo tema.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/11/2006

A questão beira ao profissionalismo. No Brasil, a idéia do "jeitinho do Gerson" pegou como se fosse o ideal a ser perseguido. Com todo o respeito que nutro pelos produtores práticos que, muitas vezes, fomentam a pesquisa e fazem mesmo a teoria (meu avô, José Moreira de Mello Franco, detinha um conhecimento prático tão grande sobre criação de gado holandês que saiu de um gado mestiço ao extremo e alcançou ao puro de origem, usando cruzamentos, mas levou quase quarenta anos nisso) acontecer, sem a fonte teórica, a mão do técnico, dificilmente os planejamentos dão certo.

É o caso da pecuária de leite, onde nutrição, sanidade e produção andam de mãos dadas. Sem o nutricionista, o médico veterinário e, até mesmo, o engenheiro (civil e agrônomo), não é possível alta produtividade, mesmo que a prática do manejo seja correta. Parabéns, Rodrigo, pelo interessante grito. Esperemos que ele ecoe.
CLEBER MEDEIROS BARRETO

UMIRIM - CEARÁ

EM 18/11/2006

Rodrigo,

É essa a linha de pensamento que procuramos trilhar aqui pelo Ceará. Temos conhecimento de causa, e você sabe bem disso, pois aqui no Nordeste parece um tanto exacerbado as convicções tidas como verdadeiras.

Um louco filósofo alemão escreveu, no século XVIII, uma frase que talvez iluminasse as pobres mentes infalíveis. "Convicção é determinado ponto do conhecimento sobre a verdade".

Abraço,

Cleber Medeiros Barreto
CLEMENTE DA SILVA

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 16/11/2006

Parabéns, Rodrigo. Você não está batendo na cangalha, mas está dando é um belo tapa na cara de "sábios" que falam essas besteiras.

Sem as teorias, estaríamos ainda na era da pedra lascada, e por incrível que pareça, todos os dias deparamos com preguiçosos, que insistem em dizer que na teoria as coisas parecem fáceis, mas na prática é bem diferente.

Essas pessoas são geralmente aquelas que receberam tudo o que têm de herança e nunca precisaram pôr a mão na massa para desenvolver algo.

O pior tipo de conselheiro é aquele que nunca arriscou em nada, nunca fez nada, não tem nenhuma história para contar, mas sempre têm uma maneira muito convincente de lhe dizer que seu projeto é furado e que não vai dar certo.

Como desenvolver projetos e experimentos, sem primeiro colocá-los no papel? Como dizer que determinada variedade de alimento ou animal poderá ser bem sucedida aqui ou ali, sem que façamos testes de campo e laboratório para adequá-los às mais variadas regiões do planeta?

É óbvio que as coisas, tanto na teoria como na prática, são a mesma coisa. A diferença é que para colocar a teoria na prática é necessário que haja vontade e muito trabalho, e é aí que o "bicho pega".

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