Zurita fala sobre as perspectivas no mercado do UHT

O presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, concedeu entrevista à Agência Estado, na qual fala sobre o desempenho da empresa nos primeiros seis meses do ano. Enquanto a receita global da Nestlé caiu 1,5% no primeiro semestre, o faturamento da unidade no Brasil avançou 7,2% - maior crescimento reportado no grupo. Os planos da multinacional suíça para o País também são agressivos, por causa, principalmente, da força do mercado interno.

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O presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, concedeu entrevista à Agência Estado, na qual fala sobre o desempenho da empresa nos primeiros seis meses do ano. Enquanto a receita global da Nestlé caiu 1,5% no primeiro semestre, o faturamento da unidade no Brasil avançou 7,2% - maior crescimento reportado no grupo. Os planos da multinacional suíça para o País também são agressivos, por causa, principalmente, da força do mercado interno. "Nosso projeto de investimento é diferente da média do grupo, pelas oportunidades que temos", disse o presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita.

Na entrevista à Agência Estado, o executivo afirmou que o Brasil recebe apoio integral da matriz para continuidade do plano de investimentos, mesmo diante da crise financeira. No intervalo de aproximadamente um mês, a companhia anunciou a construção de uma unidade em Araraquara (SP), a ampliação da Garoto em Vila Velha (ES) e um contrato de arrendamento da fábrica da Parmalat em Carazinho (RS). Somente nesses três projetos, os investimentos superam R$ 430 milhões. "Continuamos investindo forte aqui e o resultado tem sido favorável", afirma o executivo, que não descarta novas aquisições.

De acordo com Zurita, não há um foco estratégico apenas nos mercados de água e leite longa vida. "Nós vamos crescer em alimentos. Tudo que estiver dentro do nosso portfólio e que nós enxergarmos como oportunidade de negócios, vamos investir."

Em relação ao segmento do leite longa vida, Zurita informou que a empresa esperou o momento certo para entrar no mercado, para ter um leite de qualidade superior. "Para lançar um produto, testamos às cegas e ele tem que ser o preferido de 60%, sem identificação da marca. O nosso leite foi o preferido de mais de 90%." Para manter boas margens nesse segmento, Zurita disse que é preciso ter volume. Segundo ele, a empresa entrou neste mercado com um produto premium e está cobrando o que vale. "Seria fácil diluir e fazer milhões de litros, mas não é nosso objetivo. Nós vendemos valor. Se a gente sente que não agrega valor na alimentação, nós estamos fora."

Quando questionado sobre o volume de UHT que a empresa pretende produzir, Zurita informou que estão em fase de expansão. Segundo ele, a fábrica de Carazinho (RS) produzirá 10 milhões de litros e em Araraquara serão mais 10 milhões de litros. "Já estamos com 5 milhões de litros e vamos continuar expandindo na região Centro Sul. Nós captamos mais de 2 bilhões de litros de leite por ano. Isso nos coloca no primeiro lugar em captação e temos uma linha láctea muito diversificada. Este ano devemos bater 2,2 bilhões de captação."

A matéria é de Tatiana Freitas e Carla Araújo, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 02/09/2009

É por essas e por outras razões que estou saindo do ramo. Essa matéria é a prova inconteste de que os compradores de leite estão cada vez mais ricos e dentro da cadeia o pato é o produtor rural de leite que poderia contar com as cooperativas de leite mas infelizmente elas também nos exploram. Na verdade precisamos de mudança radical no setor a começar pelas leis que regem o cooperativísmo no Brasil dá de tudo e não temos parâmetros para balizar os nossos prêços do litro de leite que vendemos e nem suporte político através dos nossos sindicatos rurais que se mantém silente diante da gravidade do problema da crise do leite. Ainda bem que estou saindo mas frustrado diante de uma situação como a que estamos atravessando o rprodutor rural de leite cada vez mais descapitalizado e pe emprobrecendo em dose Homeopática ou em cada rebimento da sua produção de leite e os empresários, presidentes e diretores de cooperativas de leite cada vez mais expandindo na atividade.
paulo sergio ruffato pereira
PAULO SERGIO RUFFATO PEREIRA

RIO BONITO - RIO DE JANEIRO

EM 30/08/2009

Que seja bemvinda ao mercado de leite fluido para consumo direto, a manter a qualidade já consagrada no leite em pó e condesado, de modo a dar uma diferenciada no mercado de UHT, possibilitando o acesso do consumidor a um produto de qualidade, já que últimamente tem sido tão maltratado e com várias restrições a seu uso, em função de fraudes e escandalos de um modo geral.
Parabéns pela iniciativa e demorou a entrar neste segmento, que seja benéfico a sua concorrência com os demais, pois irá com certeza além de suprir um consumidor exigente que procura valor e qualidade, estimulará os demais a melhorarem a sua qualidade, desde a obtenção da materia prima ao processamento e produto final.
MARIA APARECIDA NOGUEIRA DA SILVA
MARIA APARECIDA NOGUEIRA DA SILVA

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/08/2009

Espero que além de querer ser recorde em capitação a Nestlé valorize o produtor de leite, já que a pretenção da empresa é vender seu produto com valor acima dos praticados pelos seus concorrentes, aquele que está no campo debaixo de sol e chuva merece receber um valor melhor pelo seu trabalho e não ser esmagado pelas baixas de leite já anunciadas.
Qual a sua dúvida hoje?