Uruguai: pesquisa ratifica crise no setor leiteiro

Dificuldades econômicas, grandes incertezas com relação ao futuro, fechamento de fazendas ou redução da produção sinalizam perdas. Essa foi a conclusão de uma nova pesquisa feita no Uruguai pela Teresa Herrera & Associados. O estudo de acompanhamento efetuado pela consultoria mostrou uma situação de graves dificuldades econômicas e grandes incertezas do setor com relação ao futuro.

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Dificuldades econômicas, grandes incertezas com relação ao futuro, fechamento de fazendas ou redução da produção sinalizam perdas. Essa foi a conclusão de uma nova pesquisa feita no Uruguai pela Teresa Herrera & Associados.

O estudo de acompanhamento efetuado pela consultoria mostrou uma situação de graves dificuldades econômicas e grandes incertezas do setor com relação ao futuro. Os resultados da pesquisa anterior, apresentada no 92º Congresso da Federação Rural, tinham sido questionados pelo ministro da Pecuária, Ernesto Agazzi.

O novo levantamento mostrou que a queda de preço do leite, a seca e o custo dos insumos são as principais causas dessas situações, que "têm um grande impacto nas famílias produtoras de leite" e acabam expulsando as novas gerações.

Segundo o estudo, praticamente todos os participantes da pesquisa "tiveram que se livrar de gado na produção para sobreviver" e, como consequência da falta de liquidez, "baixaram seus investimentos em pastagens". O relatório agrega que, "na maioria dos casos, se implantaram pastagens de inverno, mas não pastos e, nos casos em que isso foi feito, foram pastos de baixo custo e sem fertilizante ou com um mínimo".

O pessimismo quanto ao futuro do setor é outra das conclusões do trabalho. Na pesquisa qualitativa, onde se entrevistaram 50 produtores de mais de 300 hectares, "a metade pensa seguir como está, que é trabalhando com perdas enquanto puder, esperando uma melhora". A outra metade está em processo de transformação, "seja dedicando parte do estabelecimento à pecuária, à agricultura ou arrendando o campo".

Outro fato curioso que mostrou a pesquisa é que "a maioria não se sente respaldada pela planta para a qual envia leite, fundamentalmente a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole)". Além disso, a resposta do Governo frente à seca, quando é conhecida pelos produtores, "não é considerada satisfatória".

Nesse caso, a maioria dos produtores entrevistados disse não estar de acordo com as medidas. "O paradoxo é que, pelas características culturais, ainda os que têm alternativas - os produtores maiores - querem seguir trabalhando como produtores de leite".

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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