Uruguai: governo aprova linha de crédito para o setor
O Conselho de Ministros do Uruguai aprovou uma linha de crédito para o setor leiteiro destinada a resolver o endividamento interno e o orçamento forrageiro para o ano que vem. A linha de crédito alcança 88% dos produtores e terá um total de US$ 19,5 milhões.
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As características da nova linha de crédito que entrará em vigência a partir de primeiro de setembro foram explicadas pelo ministro da Pecuária, Ernesto Agazzi. "Essa linha de crédito que será outorgada através da Corporação Nacional para o Desenvolvimento, incluirá produtores que produzem até 2.500 litros de leite por dia. Isso é importante porque, da outra vez, tínhamos incluído somente os que produziam até 1.500 litros diários. Será um crédito proporcional à remissão de leite à planta no mês de junho de 2009".
O valor mínimo a ser recebido será de US$ 1.000 e o máximo de US$ 17.000. O crédito contará com um prazo de três anos, com os dois anteriores de graça, e durante os quais o Estado se encarregará dos juros que deveriam estar sendo pagos pelos produtores. Essas medidas são somadas às anteriores, com as quais o Estado atenderá as necessidades de 88% do total de produtores de leite do país. O crédito será uma única vez e estará em vigor por um prazo de seis meses, através do qual se estudará seu resultado.
Os produtores uruguaios deverão destinar não mais de 40% ao pagamento de dívidas com o setor, destinando o restante a seu livre arbítrio, pensando principalmente nas necessidades que terão no próximo inverno quanto à forragem. A intenção do Estado, segundo Agazzi, é mudar o apoio que dá aos produtores leiteiros instrumentando o que chamou de créditos ao futuro.
Recomendação é que grandes produtores plantem soja
O ministro Ernesto Agazzi defendeu o crédito aprovado pelo Governo, mas recomendou aos produtores que produzem maior volume a plantarem soja para compensar as perdas. Ele explicou que o Governo resolveu cobrir com crédito todos os produtores, ainda que diferenciou o mecanismo. "Para os que produzem até 2.500 litros, o crédito é da Corporação Nacional para o Desenvolvimento, e para os de mais de 2.500 litros, é necessário ir ao Banco República."
Ele disse que terão condições diferentes somente para os que produzem até 2.500 litros de leite pois, nesse caso, o Estado se encarregará dos juros da dívida nos dois primeiros anos. "Os grandes produtores têm apoio, podem produzir soja e mudar sua equação. Nós sustentamos o princípio da política diferencial".
Agazzi disse que o complexo leiteiro tem muito boas perspectivas e agregou que não é correto afirmar que tenham fechado muitas fazendas leiteiras, como dizem alguns produtores, porque a produção de leite aumentou.
As informações são do Observa e do El Espectador, adaptadas e traduzidas pela Equipe Milkpoint.
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