UE: subsídios aos lácteos serão ampliados até 2011

A União Europeia (UE) anunciou ontem (13) que quer ampliar até 2011 os subsídios agrícolas para os produtores do setor lácteo para ajudá-los a enfrentar a crise econômica. A medida é vista como mais uma distorção no comércio e foi criticada pelo Brasil e vários outros países. O plano, que venceria em agosto, era para ter sido uma ajuda temporária, mas agora a previsão é de que seja ampliado até fevereiro de 2010 ou mesmo até 2011.

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A União Europeia (UE) anunciou ontem (13) que quer ampliar até 2011 os subsídios agrícolas para os produtores do setor lácteo para ajudá-los a enfrentar a crise econômica. A medida é vista como mais uma distorção no comércio e foi criticada pelo Brasil e vários outros países. Ontem, em uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) para lidar exatamente com medidas protecionistas, o Brasil alertou para sinais de "nacionalismo" comercial em vários setores e criticou a OMC por não dar a atenção adequada ao impacto negativo dos pacotes de estímulo no comércio.

Nos últimos encontros do G-20 e do G-8, governos de todo o mundo insistiram em fazer promessas de que não recorreriam a medidas que distorcem o comércio para proteger seus trabalhadores diante da pior crise em 70 anos. Mas cresce o número de governos que cede à pressão de seus eleitores e setores organizados. Em uma demonstração nítida de que a pressão protecionista ganha terreno, os ministros de Agricultura da UE decidiram ontem prolongar os subsídios, diante da queda da demanda e da superprodução que já existe na região.

O plano, que venceria em agosto, era para ter sido uma ajuda temporária, mas agora a previsão é de que seja ampliado até fevereiro de 2010 ou mesmo até 2011. A UE simplesmente irá comprar o excedente produzido pelas empresas de produtos lácteos da região, mantendo os preços de forma artificial e prejudicando concorrentes externos.

Segundo os europeus, a queda no preço do leite fez com que a renda dos produtores também sofresse uma redução. "No médio prazo, esperamos que a demanda volte a crescer e que os preços se estabilizem", afirmou a comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel.

O retorno dos subsídios foi duramente atacado pelo Itamaraty. O embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevedo, fez questão de criticar um levantamento feito pela entidade. Segundo ele, os subsídios agrícolas não haviam recebido a atenção adequada por parte da secretaria da OMC.

"O Brasil está desapontado com a falta de ênfase do relatório sobre a reintrodução de subsídios à exportação de leite, exatamente quando os preços estão em queda. Os subsídios vão agravar ainda mais a situação", disse Azevedo. Ele também quer saber qual o valor dos subsídios no setor do algodão.

A matéria é de Jamil Chade, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Haroldo Max de Sousa
HAROLDO MAX DE SOUSA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/07/2009

É bom que o Brasil fique atento a questão do subsidio ao leite na Uniao Europeia.

É ilusão acreditar que os paises ricos da Europa deixem de subsidiar sua produção leiteira nos proximos anos, se o fizerem será em uma situação de baixa oferta como aconteceu em 2007, caso contrario os produtores e suas organizações vão pras ruas, fronteiras e praças das cidades mostrar sua força, porque la, como ca, o leite além de ser um produto estrategico sob o ponto de vista da saúde da população tem forte impacto social.

E é bom que os produtores de leite no Brasil e suas organizações fiquem atentos para que nosso governo cumpra seu papel de tambem proteger a produção nacional, especialmente impedindo a entrada de leite subsidiado triangulado e ou leite com preços menores do que nosso custo de produção.

A produção primária de leite no Brasil não suporta mais quedas de preços, senão os legitimamente frutos de uma boa e salutar concorrência.

Haroldo Max de Sousa
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