A indústria de lácteos da União Europeia (UE) está perdendo participação de mercado, mas os ganhos em valor agregado e melhoras na produtividade de trabalho estão compensando a perda, de acordo com um novo relatório da Comissão Europeia.
A Europa ainda é o maior exportador de produtos lácteos do mundo, mesmo quando o comércio dentro do bloco é excluído. Apesar das exportações da Europa continuarem crescendo, a maior competição de países como Nova Zelândia está reduzindo a participação europeia no mercado mundial.
Em um relatório preparado para a indústria de lácteos e a Comissão, o instituto de pesquisa LEI Wageningen disse que a cota da Política Agrícola Comum (PAC) está também restringindo a capacidade da indústria recuperar sua participação de mercado. Porém, apesar das perdas, o LEI Wageningen disse que o setor de lácteos da UE está somente um pouco abaixo da média.
Melhoras na produtividade de trabalho e crescimento no valor agregado têm compensado os declínios, de acordo com os pesquisadores. Dentro da UE, o LEI Wageningen disse que o Reino Unido em particular tem feito grandes melhoras na produtividade de trabalho.
O relatório também elogiou a taxa de inovação de produtos na Europa, citando Reino Unido, França e Dinamarca como líderes em inovação. LEI Wageningen disse que o modelo de inovação aberta, pelo qual as companhias trabalham com institutos de pesquisa e parceiros na cadeia de fornecimento tem impulsionado inovações no setor de ingredientes, embalagem e produtos. No entanto, os pesquisadores disseram que a inovação está mais lenta nos setores de marketing, organização e processo.
O LEI Wageningen também concluiu que não existem evidências de que firmas inovadoras têm maiores margens de lucros. Os pesquisadores disseram que isso pode ocorrer devido a problemas com dados, mas também pode sugerir que os lucros vindos das inovações são rapidamente transferidos para a cadeia de fornecimento de mercados competitivos, de forma que os consumidores acabam sendo os principais beneficiários. LEI Wageningen disse que as companhias de lácteos estão ficando maiores e que os ganhos resultantes em economias de escala têm aumentado as margens de lucros.
Entre 2000 e 2003, o tamanho médio dos grandes negócios caiu, mas nos últimos cinco anos, a tendência se reverteu e grandes companhias de lácteos cresceram ano a ano direcionadas por fusões e aquisições. Enfrentando uma crescente competição de fora da UE, o LEI Wageningen disse que as firmas europeias também mudaram suas áreas de foco. Respondendo ao maior poder de produção de leite em pó na Nova Zelândia, que agora se aproxima dos níveis da UE, os pesquisadores disseram que as firmas europeias têm se especializado em queijos. Um total de 45% do comércio mundial de queijos agora vem da França, Alemanha e Holanda.
A reportagem é do Dairy Reporter, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.
UE: maior valor agregado compensa perdas da indústria
A indústria de lácteos da União Europeia (UE) está perdendo participação de mercado, mas os ganhos em valor agregado e melhoras na produtividade de trabalho estão compensando a perda, de acordo com um novo relatório da Comissão Europeia.
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