SP: leite ficará caro por mais 2 meses, segundo o IEA

O preço do leite longa vida em São Paulo quase dobrou na prateleira dos supermercados neste ano e não deverá ceder até o início do mês de setembro, período de retomada da safra. A disparada é resultado de uma combinação de fatores, segundo o pesquisador científico do IEA (Instituto de Economia Agrícola), ligado a Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Éder Pinatti. O período de entressafra, associado aos problemas financeiros da Nilza, à estiagem na região Sul e às chuvas no Norte, diminuiu a captação do produto e pressionou os preços, conforme o pesquisador.

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O preço do leite longa vida em São Paulo quase dobrou na prateleira dos supermercados neste ano e não deverá ceder até o início do mês de setembro, período de retomada da safra. Segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgada nesta terça-feira (07), o leite UHT integral, que em dezembro do ano passado custava R$ 1,71, saltou para R$ 2,42 em junho deste ano. A alta é de 41,5%.

A disparada é resultado de uma combinação de fatores, segundo o pesquisador científico do IEA (Instituto de Economia Agrícola), ligado a Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Éder Pinatti. O período de entressafra, associado aos problemas financeiros dos laticínios Nilza, à estiagem na região Sul do país e às chuvas no Norte, diminuiu a captação do produto e pressionou os preços, conforme o pesquisador.

Segundo Pinatti, ainda que o preço ao produtor suba até setembro, no varejo não deve mais avançar. Nem recuar, pelo menos, nos próximos dois meses. "A tendência é de alta no período de inverno, de seca, até o final de agosto e início de setembro. No varejo, não deve subir mais, chegou ao limite. Mas também não vai cair. Mas a partir de setembro, com o início da safra, vai recuar", afirma Pinatti.

A perspectiva, no entanto, não é de volta aos preços praticados no ano passado. "Não deve devolver [toda a alta] e voltar ao preço que estava. O produtor já estava com custo defasado. Há dois meses conseguiu um pouco de margem em relação ao varejo, que subiu primeiro", explica o pesquisador.

O Dieese pondera que a maioria da produção de leite concentra-se nas regiões Sul e Sudeste e as "alterações climáticas em grandes Estados produtores de leite podem afetar sua oferta e, consequentemente, seu preço".

A matéria é de Deise de Oliveira, publicada na Folha Online, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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vinicius fonseca
VINICIUS FONSECA

AIMORÉS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/07/2009

Prezados amigos, eu trabalho na criação de gado solteiro e acho uma vergonha o preço do leite pago ao produtor. Meu gado me da uma renda pouca, abaixo do gado leiteiro, mas tenho que reparar que trabalho bem menos nao tenho que ficar todo dia ali no curral, nao tenho que estar ali faça sol ou faça chuva.

Por isso estou escrevendo que eu acho que o leite pago ao produtor é muito baixo em vista ao que é vendido no supermercado.
Sebastião poubel
SEBASTIÃO POUBEL

NATIVIDADE - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/07/2009

Bom dia.
Caro Pinati.
Concordo com os fatores que desestabilizaram a produção e geraram este impressionante choque no mercado, exceto o problema de enchentes no norte, que representam muito pouco em produção. O sul apesar da queda de produção o preço não acompanhou este fator, será porque a região está ligada à Argentina e Uruguai e o produto passa livremente pela fronteira?

Eu como profissional e produtor nunca passei por um período assim e vou esperar para ver, pois todas as previsões dos entendidos nos últimos dois anos não se confirmaram. O mercado brincou com os especialistas. Quem de são consciência pode garantir que a entressafra começa em setembro? Quem garante que o governo não vai abrir a importação?
Concordo que o consumidor não consegue comprar o produto mais caro do que está, e talvez nem no que está.

O produtor por outro lado, está satisfeito e surpreso, e pensando o que vai acontecer. Mas uma coisa é certa, não acreditamos mais em previsões.

Sebastião Poubel
SERGIO RICARDO BATISTA VIEIRA
SERGIO RICARDO BATISTA VIEIRA

NOVA GRANADA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/07/2009

Concordo com o sr. Jose de Sena, o que realmente deveria abaixar é o preço da embalagem de longa vida que fica a metade do preço do leite de caixinha.
NILTON CÉSAR ALVES PEREIRA
NILTON CÉSAR ALVES PEREIRA

FORTALEZA - CEARÁ - ESTUDANTE

EM 09/07/2009

É, realmente não deve recuar o preço do Leite UHT até por questões de demanda de mercado. Em relação a fiscalização da normativa 51 que completou dois (2) anos no ultimo dia (7), pelo menos aqui no estado do Ceára nunca teve fiscalização mais a brucelose anda solta ex: na cidade de Limoeiro do Norte e Russas existe um alto indice de brucelose em crianças e as autoridades, nada!
Vicente Romulo Carvalho
VICENTE ROMULO CARVALHO

LAVRAS - MINAS GERAIS - TRADER

EM 08/07/2009

A matéria, salvo melhor juizo, no meu ponto de vista, parece com a razão, quando diz que no varejo há espaço para voltar um pouco. Pois, para o produtor não existe qualquer espaço para volta e, sim para subir mais um pouco. Pois, esta situação de ficar pagando para produzir, é coisa do passado. Não há, por parte do produtor, qualquer espaço e/ou condição para bancar baixa. Estamos levando a coisa na ponta do lápis, e não trabalhamos mais no vermelho.
José Eustáquio Bernardino de Sena - Nenê Sena
JOSÉ EUSTÁQUIO BERNARDINO DE SENA - NENÊ SENA

CANDEIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/07/2009

Concordo em parte com a avaliação acima, acreditamos que a maturidade dos compradores, a redução do número de produtores de UHT, dentre outras, influenciarão na moderação de ações, anteriormente abruptas na formação do preço.
Em resumo: não subirá muito (não pode) e não reduzirá muito (não deve)...
Qual a sua dúvida hoje?