RS: produtor busca compensação por importação de leite

A Superintendência da Agricultura no RS levou ao governo federal sugestões para que a indústria e os produtores de leite não sejam penalizados pela crescente importação do produto de países do Mercosul. Foi confirmada nova autorização de compra de 9 mil toneladas de leite em pó argentino. "É preciso que exista alguma compensação financeira para os produtores, ou restrição das compras para que o setor tenha competitividade", defende o superintendente Francisco Signor. Ele sugere a criação de taxa de importação ou benefício para a cadeia local.

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A Superintendência da Agricultura no RS levou ao governo federal sugestões para que a indústria e os produtores de leite não sejam penalizados pela crescente importação do produto de países do Mercosul. Foi confirmada nova autorização de compra de 9 mil toneladas de leite em pó argentino. "É preciso que exista alguma compensação financeira para os produtores, ou restrição das compras para que o setor tenha competitividade", defende o superintendente Francisco Signor. Ele sugere a criação de taxa de importação ou benefício para a cadeia local.

O presidente do Sindilat, Carlos Feijó, destaca que a importação foi liberada, mas não concretizada. "Vamos trabalhar com contatos políticos para que isso não aconteça. Acredito que ainda podemos reverter a situação". Apesar da preocupação com as importações, o Sindilat tem estimativas otimistas. A produção média de leite, de 8,5 milhões de litros por dia, deve saltar para, pelo menos, 12 milhões de litros até 2012 para atender a demanda gerada pelas novas indústrias no Estado.

As informações são do jornal Correio do Povo/Porto Alegre, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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walter Luiz Birk
WALTER LUIZ BIRK

ESPUMOSO - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 11/09/2009

No RS a produção de leite já é em sistema semi-intensivo pois não tem área para produzir em grande escala em sistemas extensivos. Aumentar a produção lá significa aumentar as despesas, os custos.
Ai o coitado do produtor investe em estrutura para aumentar sua produção, investe em pastagens, concentrados, etc. Na hora de colher os resultados, as indústrias resolvem importar leite que é mais barato, já que não exite nenhuma medida para evitar isso, e o coitado do produtor mais uma vez fica individado!!! ouvindo cada dia mais queda no preço do litro de leite....
Até quando o Brasil vai ficar sem uma política pública que realmente defende a classe produtora de nosso país???
Até quando vamos ficar ouvindo notícias de tantos roubos no congresso ao invés de ouvir que alguem está defendendo os produtores???
att: Walter Luiz Birk
Vitor Hugo Martinez Pereira
VITOR HUGO MARTINEZ PEREIRA

CARLOS BARBOSA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/09/2009

O Mercosul desde seu início tem causado imensos prejuízos ao setor primário gaúcho (leite e derivados, frutas e conservas, arroz, vinhos, etc.) por sermos concorrentes com uruguaios e argentinos pela similitude de clima, tudo isto para que áreas mais industrializadas, especialmente São Paulo vendam principalmente automóveis e a chamada linha branca.

Nossa concorrência também é dificultada pela carga tributária bem superior que estamos expostos em relação aos vizinhos, além disso praticam com frequencia triangulação de produtos, oferecendo quantidades incompatíveis com a produção deles.

Sobre o assunto triangulação deve haver preocupação do setor a instalação de indústria brasileira no Uruguai com participação de recursos públicos (BNDES) que com conhecimento do mercado brasileiro e logística já estabelecida ficará tentada a auferir ganhos fáceis, potencializando este problema.
Qual a sua dúvida hoje?