RS: frio intenso e geadas prejudicam safra de leite

O frio intenso registrado nas últimas semanas no Rio Grande do Sul, com temperaturas abaixo de zero em diversas regiões do Estado, já começa a provocar estragos na produção agropecuária local. Os levantamentos ainda são preliminares, mas até agora os segmentos mais atingidos são os hortigranjeiros, a pecuária de corte e de leite e a ovinocultura.

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O frio intenso registrado nas últimas semanas no Rio Grande do Sul, com temperaturas abaixo de zero em diversas regiões do Estado, já começa a provocar estragos na produção agropecuária local. Os levantamentos ainda são preliminares, mas até agora os segmentos mais atingidos são os hortigranjeiros, a pecuária de corte e de leite e a ovinocultura.

Segundo o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindilat), Darlan Palharini, o efeito negativo das geadas sobre o desenvolvimento das pastagens deve adiar de agosto para setembro o pico da produção de leite no Rio Grande do Sul. Neste mês, a alta sazonal sobre junho, quando as empresas gaúchas captaram 182 milhões de litros, não deve passar de 8%, ante a projeção anterior de 15%. A diferença corresponde a uma quebra de 13 milhões de litros no período.

"O frio está mais forte este ano e frustrou as expectativas da indústria", disse o executivo, lembrando que o impacto do clima começou a ser sentido com mais intensidade na segunda quinzena deste mês. Segundo o assistente técnico regional da Emater-RS, Fábio Schlick, a situação no Estado ficou mais complicada porque o frio veio com força depois de um período de estiagem que durou até maio, o que comprometeu a formação das pastagens nativas e de cultivares de inverno (azevém e aveia).

De acordo com Schlick, ainda é difícil calcular as perdas dos pecuaristas, mas já possível perceber que o gado está perdendo peso. O Rio Grande do Sul tem um rebanho de 13,5 milhões de bovinos e os animais debilitados têm ainda mais dificuldade para se reproduzir. "Se estiverem mal alimentadas, as matrizes não vão produzir terneiros para o ano que vem", comentou o agrônomo.

O frio também está aumentando a mortalidade de bezerros recém-nascidos, explicou Schlick. A Emater-RS não dispõe de dados oficiais sobre o índice de mortalidade desses animais, mas o problema é maior nas propriedades que não oferecem abrigo para o parto das matrizes, disse.

A matéria é de Sérgio Bueno, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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GIROLANDO MILK
GIROLANDO MILK

ARAXÁ - MINAS GERAIS

EM 03/08/2009

Tenho propriedade em Minas Gerais, cidade de Araxá. Imagino o desconsolo dos produtores de leite no Sul, que além dos baixos preços praticados agora enfrentam este período crítico das baixas temperaturas. Tudo em baixa... O que mais me dá tristeza é quando converso com os representantes dos laticínios da minha região, que sempre colocam a culpa no leite do sul; dizem: tem muito leite do sul entrando, então o preço para você vai cair. Ou então no preço da tonelada de leite em pó no mercado internacional, dolar, etc, etc e etc.

Então, e agora? Falta leite e ai? Por que o leite está em falta e não existe aquela coisa da oferta e procura? E ai? Vendi leite em junho de 2003 e recebi R$ 0,55. Salario minimo era R$ 240,00. Baseado no minimo, o litro de leite teria que ser vendido a R$ 1,06, certo ou errado? Fazer o que?
TATIANE PAULA ZAWADZKI GLANER
TATIANE PAULA ZAWADZKI GLANER

RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/07/2009

Como se percebe, nós gauchos sempre estamos enfrentando crise, seja com a produção de grãos ou na produção de leite, ou ainda com a pecuária, será que governantes não percebem essa situação? Será que ninguem entente por que estamos sempre lutando por preços? Nossos produtores estão sempre trabalhando para sobreviver, não conseguimos sair do "vermelho".
Precisamos que sejam valorizados nossos produtos para que possamos permanecer nas atividades.
Sebastião poubel
SEBASTIÃO POUBEL

NATIVIDADE - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/07/2009

Bom dia.
Antes Seca no sul, agora frio no sul. Depois como sempre, prejuízos aos produtores do sul.
Meus sentimentos ao Sul.
Poubel.
Qual a sua dúvida hoje?