Reino Unido: Tesco revela pegadas de carbono do leite
A rede gigante de varejo do Reino Unido, Tesco, se tornou a primeira varejista do país a revelar as pegadas totais de carbono do leite - um dos produtos mais vendidos nas lojas. Desde a segunda quinzena de agosto, todos os leites da marca Tesco, seja desnatado, semi-desnatado ou integral, trarão em suas embalagens informações sobre as pegadas de carbono.
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A medida vem junto com uma nova pesquisa que mostrou que 50% dos consumidores pesquisados agora entendem o significado correto do termo "pegadas de carbono", comparado com somente 32% das pessoas pesquisadas em 2008. A pesquisa também revelou que os clientes querem cada vez mais ser "verdes". Mais da metade disse que buscarão produtos com menores pegadas de carbono como parte de suas compras, comparado com somente 35% do ano passado.
"Estamos usando (leite) para ter um novo papel importante em ajudar nossos clientes a entender a mudança climática, as pegadas de carbono dos produtos e quais passos podem tomar para ajudar. O leite não somente é um dos produtos mais vendidos nas lojas; também é um produto importante nas mesas de café da manhã no dia a dia do país. Assim, achamos que a rotulagem de carbono no leite pode ter um grande papel em aumentar a conscientização", disse o diretor da Tesco, David North.
A Tesco disse que com o leite, é o estágio agrícola que é responsável pela maior porção das pegadas de carbono - nesse caso, o fator mais significante são as emissões de metano pelas vacas. A Tesco já está trabalhando para reduzir as emissões junto com a indústria de lácteos e os produtores através do Tesco Sustainable Dairy Group e Centro de Excelência de Lácteos na Universidade de Liverpool.
"Estamos atualmente empreendendo uma série de projetos de pesquisa para reduzir as emissões de carbono na produção de leite. Por exemplo, estamos trabalhando no uso de diferentes alimentos animais que possam ajudar a reduzir as emissões de metano pelas vacas e estimulando o uso de energia renovável nas fazendas".
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa da produção convencional de leite fresco tem sido um importante desafio por causa do metano emitido pelas vacas, em comparação com outros animais usados para produção de alimentos, como suínos e frangos.
A reportagem é do Guardian.co.uk., adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.
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CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO
EM 04/09/2009
Concordo com tua explanação, está perfeita, no meu entender.
A Europa criou uma barreira não tarifária e os inocentes (Nova Zelândia incluída) cairam na armadilha, ao invés de contestar responderam com pesquisa (NZ) ou com papagaiada (o resto do mundo).
Nota, porém, que na pegada de carbono (carbon footprint) definida e defendida pela UE, estão incluídas todas as fases do processo (produção, transporte, transformação, transporte e distribuição no varejo).
Qual o trunfo da UE? Eles queriam mostrar que o produto neozelandês emite mais gases estufa ao longo do processo, não só por ser baseado em pastagens (está provado que tem fundamento, volumosos produzem mais metano que concentrados), mas principalmente por atravessar o mundo queimando combustíveis fósseis até lá.
Ou seja, comprem produto europeu que por ter concentrados produz menos gases e por estar em casa queima menos combustível para ser distribuído.
A NZ acaba de demonstrar que isso é um mito (eles não disseram sacanagem, mas está implícito).
Minha grande questão com os gases vindo dos ruminantes é: alguém me diria quanto menos metano se produz ao longo de 10.000 anos de agricultura dreando pântanos e banhados e dizimando ruminantes nativos como os milhões de búfalos dos EUA? E como essa queda de metano se compara com o aumento dos rebanhos?
Essa conta eu nuca vi.
Acho que a NZ poderia ser mais combativa quando essas coisas surgem, pois até agora ela aceitou tudo e buscou correr atrás. Muita sacanagem desfarçada de preocupação ambiental...
E nós que nos preparemos porque tudo isso vai ser usado contra nós também.

FORTALEZA - CEARÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 04/09/2009
BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 04/09/2009
Resposta: A própria planta sequestrou essa mesma molécula da atmosfera durante o processo de fotossíntese. Portanto meus amigos, isso nada mais é do que um ciclo natural que vem ocorrendo desde que o mundo é mundo, como diria o meu pai.
Insisto em dizer, a única molécula de Carbono que literalmente contribui para o acréscimo desse elemento na atmosfera é aquela molécula que é emitida quando fazemos uso de derivados de Petróleo e carvão mineral, pois, as moléculas de Carbono emitidas para a atmosfera durante a queima de combustíveis fósseis estavam a milhões e milhões de anos armazenadas nos poços de petróleo, podemos considerar que ela não fazia parte desse sistema antes. Analisando sob esse ponto de vista, tenho certeza de que a contribuição da pecuária cai muito, ela não pode ser considerada nula, afinal, utilizamos combustíveis fósseis em várias etapas desse processo, mas a vaca não bebe gasolina.