A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) apresentará no dia 16 de outubro a ordenha robotizada implantada no novo setor de bovinocultura leiteira da Fazenda Experimental Gralha Azul (FEGA). A tecnologia - exclusiva em uma universidade no Brasil - permite que novos estudos sejam desenvolvidos em meio acadêmico para contribuir com a sociedade e os produtores.
O sistema promove o direcionamento de ordenha das vacas de forma voluntária pelos animais, melhorando a qualidade e a produção do leite. Vale lembrar que a leiteria prioriza o bem-estar das vacas, não apenas com a finalidade de alta produção. “Através da alimentação e da própria pressão natural do leite, conseguimos condicionar as vacas para que entrem voluntariamente no robô. Com a aquisição, aumentaremos de duas para três ordenhas por dia”, afirma Carlos Eduardo Camargo, coordenador do curso de Medicina Veterinária da PUCPR.
Com a tecnologia, os estudantes podem ainda ter acesso a uma realidade semelhante à do mercado profissional, além de participarem de todas as etapas do processo da produção. “Temos uma cultura em que o estudante coloca a mão na massa. Desde o primeiro ano ele participa. Então, quando ele sair da Universidade, já estará habituado com as tecnologias de ponta que funcionam lá fora”, explica Carlos Eduardo.
Pesquisas científicas desenvolvidas na FEGA
Destaca-se o projeto do estudo que utilizou mulas como “barrigas de aluguel” entre os anos de 2014 e 2018. Utilizando a transferência de embriões de éguas em mulas - que são animais estéreis - o trabalho foi pioneiro em estudar a gestação desses animais.
Também na FEGA, uma técnica de cirurgia veterinária inovadora pode salvar a vida de equinos que nascem com má formação nos ossos: chamada de ostectomia em cunha, a técnica é inédita em cavalos – muito usada em cachorros, ela nunca havia sido adaptada para equinos, que têm uma estrutura óssea diferente dos cães.
As informações são da PUCPR, resumidas pela Equipe MilkPoint.