PR: propriedade está a um passo de conseguir certificação nacional no leite

Uma propriedade rural localizada em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, está a um passo de conquistar uma certificação nacional na produção leiteira. Atualmente com 70 animais em lactação e com produção diária de 35 litros por vaca, a Granja Comunello já passou por todas as etapas exigidas pelo programa Leite Saudável, do governo federal, que tem por objetivo melhorar a qualidade dos produtos lácteos e atestar a excelência de pecuaristas leiteiros que atendem a altos padrões técnicos.

Publicado por: MilkPoint

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Uma propriedade rural localizada em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, está a um passo de conquistar uma certificação nacional na produção leiteira. Atualmente com 70 animais em lactação e com produção diária de 35 litros por vaca, a Granja Comunello já passou por todas as etapas exigidas pelo programa Leite Saudável, do governo federal, que tem por objetivo melhorar a qualidade dos produtos lácteos e atestar a excelência de pecuaristas leiteiros que atendem a altos padrões técnicos.
 
A última etapa do processo de certificação ocorreu na segunda semana de maio deste ano, quando fiscais do Serviço de Inspeção Federal do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vistoriaram a propriedade. A expectativa dos produtores é de que, a partir disso, a certificação seja expedida já nos próximos meses. “Isso será um atestado de que temos essa sustentabilidade na propriedade. Quando se tem todos os processos na mão, se consegue fazer o negócio andar de forma mais correta”, define Maciel Comunello, um dos proprietários da fazenda. 
 
Profissionalização
 
Neste contexto, Comunello afirma que um ponto foi decisivo: em 2008, ele frequentou a Formação por Competência, programa de capacitação do SENAR-PR, que se estendia por seis meses e que ajudava o produtor a pensar seu negócio de forma profissional e empreendedora. “Foi um curso top, que me ajudou muito. É claro que investimento é importante, mas o pecuarista precisa ter a visão de empreendedor”, diz o proprietário da Granja Comunello.
 
O programa Formação por Competência foi uma iniciativa pioneira, a partir da qual o SENAR-PR desenvolveu uma inovação tecnológica que permitiu com que se chegasse à formatação dos cursos que se tem hoje. Atualmente, o SENAR-PR dispõe, por exemplo, de mais de 10 cursos voltados à pecuária leiteira, inclusive no que diz respeito à qualidade do leite.
 
“Foi a partir do Formação por Competência que chegamos à metodologia didática que temos atualmente. Foi um salto”, diz o médico veterinário Alexandre Lobo Blanco, técnico do Sistema FAEP/SENAR-PR. “Este aspecto da qualidade é muito importante, porque dá ao produtor condições de ele valorar o seu produto e de negociar bônus com os lacticínios, recebendo por qualidade”, completa.
 
Execução dos processos
 
A adequação da Granja Comunello aos padrões exigidos pelo Leite Saudável foi executada em coparticipação com a empresa Líder Alimentos, que atuou junto a um total de 101 produtores que fornecem leite. Há um ano no programa, Maciel Comunello profissionalizou, ao longo deste período, todas as etapas da produção, com investimentos em tecnologia e com a adoção de técnicas de sanidade, genética, manejo e bem-estar animal.
 
Por meio da empresa de lacticínios, o Leite Saudável aplica um check-list de boas práticas agropecuárias, com pontuação para os itens atendidos. Dos 230 pontos totais, a propriedade precisa superar 180 para conseguir a certificação. Dentre os itens, destaque para os indicadores de qualidade. O leite precisa manter, ao longo dos últimos três meses, Contagem de Células Somáticas (CCS) abaixo de 400 mil células por mililitro e Contagem Bacteriana (CBT) abaixo de 100 mil unidades formadoras de colônia por mililitro. “No nosso caso, adotamos uma série de medidas para baixar a Contagem Bacteriana e Contagem de Células Somáticas. Foi um conjunto de ações para melhorar a qualidade do nosso leite”, aponta Comunello. “O próximo passo é, até o fim do ano, automatizarmos completamente a nossa ordenha, por meio de robôs”, complementa.
 
Com a automação da ordenha, a meta estipulada é de ampliar de duas para três o número de ordenhas diárias por animal. Além disso, o produtor projeta ampliar o plantel de vacas em lactação para 100 cabeças.
 
A certificação do Mais Leite confere um selo à qualidade ao produto e, de quebra, abre portas para que o pecuarista seja remunerado por critérios de qualidade, o que representa o recebimento de um preço maior pelo litro entregue. Mas os benefícios vão além: atesta que a propriedade está gerida de modo sustentável, em todas as etapas produtivas. Desta forma, o produtor consegue planejar de forma mais concreta o crescimento do seu negócio.
 
“Toda a propriedade está certificada, desde a alimentação dos animais até o frete ao lacticínio. Com isso, além de agregar valor à mercadoria e de ter certeza que estamos acima dos padrões exigidos, a gente consegue traçar um plano de ação”, diz o pecuarista.
 
As informações são do Sistema FAEP.
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