Produtos com leite, ovos e amendoim poderão ter alerta

O já conhecido alerta "contém glúten" pode ganhar a companhia de outros avisos sobre a presença, em alimentos, cosméticos e produtos de uso pessoal, das principais substâncias que causam alergias. Essa foi a ordem da Justiça Federal de Sergipe na sexta-feira passada, com decisão válida em todo o país e que obriga a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a regulamentar a questão em até oito meses. A ideia é que produtos compostos por crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite, castanha, mostarda, cereais contendo glúten e gergelim tenham frases de advertência claras, como "atenção, contém leite".

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O já conhecido alerta "contém glúten" pode ganhar a companhia de outros avisos sobre a presença, em alimentos, cosméticos e produtos de uso pessoal, das principais substâncias que causam alergias. Essa foi a ordem da Justiça Federal de Sergipe na sexta-feira passada, com decisão válida em todo o país e que obriga a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a regulamentar a questão em até oito meses. A ideia é que produtos compostos por crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite, castanha, mostarda, cereais contendo glúten e gergelim tenham frases de advertência claras, como "atenção, contém leite".

Também deverá ser objeto de alerta qualquer alteração na fórmula que passe a incluir alguma dessas substâncias - a frase deverá ser apresentada por seis meses. Juiz responsável pela decisão temporária, Fernando Escrivani diz que a lista dos ingredientes no rótulo do produto, que já é obrigatória, não é suficiente. "Além de ser pequena, vem às vezes em linguagem técnica." Um nome mais específico da substância, que normalmente aparece na lista de ingredientes, pode mesmo confundir o alérgico, diz Fábio Kuschnir, presidente da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia) no Rio de Janeiro. "Albumina, merengue e maionese. Tudo é igual a ovo."

Constam ainda da decisão outras determinações: embalagens de alimento deverão trazer desenhos das substâncias para garantir o entendimento por analfabetos e alguns medicamentos, como analgésicos e relaxantes musculares, deverão registrar no rótulo o potencial de alergia e remeter à bula. Por fim, cosméticos e produtos de uso pessoal (aplicados no corpo) deverão destacar a presença de substâncias que costumam causar alergias: látex e parafenilenodiamina, principalmente.

Segundo definiu Escrivani, a Anvisa terá dois meses para produzir uma regulamentação e informar as empresas, que terão, então, seis meses para fazer a adaptação. A decisão ainda pode ser revertida, caso a Anvisa recorra à Justiça. Procurada, a agência afirmou que não foi notificada e que não se manifestaria. Também foram procurados representantes da indústria de alimentos e cosmética, que não se pronunciaram.

A matéria é de Johanna Nublat, publicada no jornal Folha de S.Paulo, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Leonel Fonseca
LEONEL FONSECA

PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/09/2009

Realmente, ja não basta a advertencia de que o leite não deve ser usado na alimentação infantil, de que a vaca é a responsavel pela emissão de CO2 e agora mais esta. Só está faltando ser a responsável pelos atos secretos do senado e injustiças contra a família Sarnei.
paulo sergio ruffato pereira
PAULO SERGIO RUFFATO PEREIRA

RIO BONITO - RIO DE JANEIRO

EM 11/09/2009

Concordo com o comentário acima, existe um certo exagero na medida, nem todos sabem a que são alérgicos, no caso específico do leite, existe a lista de ingredientes que é clara e precisa, sobre a materia prima utilizada e com respeito aos ingredientes compostos, a obrigatoriedade de abrir a sua composição.

A linguagem técnica que se referem, é com os aditivos(nome da substância) e sua função tecnologica (de fabricação e manutenção), no alimento pronto para consumo, ademais se formos ter que esclarecer tudo ao consumidor, os alimentos deverão vir com bula indicativa, pois no rótulo não cabem mais nada, de tanta obrigatoriedade exigida.

Num país carente de alimentos e uma população carente de comida, convenhamos que quem pode ter certos cuidados com a sua alimentação, é uma minoria, que inclusive tem cultura e acesso fácil a médicos e nutricionista, para a sua devida orientação, quanto os mais pobres, não têm acesso a alimentos de risco, pois pobre tem "alergia à fome".

AVISO IMPORTANTE: O autor desta carta, expressa a sua opinião, com respeito a alimentos, e em especial ao leite e seus derivados, respeitando outras opinões.
Wilson Teixeira de Andrade Leite
WILSON TEIXEIRA DE ANDRADE LEITE

SÃO JOÃO DEL REI - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 11/09/2009

A burocracia, às vezes, ignora os custos e a viabilidade técnico-econômica para as pequenas e médias empresas adaptarem seus rótulos às frequentes exigências da Anvisa. Considerando a grande preocupação dos órgaõs reguladores com os consumidores, sugiro que deveriam estampar a seguinte frase em todos os alimentos: " Não comer faz mal à saúde e pode levar à morte!".
Moacy Guilherme Botelho Coelho
MOACY GUILHERME BOTELHO COELHO

PINHEIROS - ESPÍRITO SANTO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 11/09/2009

Será que esta posição não seria do ministrio da saúde? E, não da justiça! Ou é o meretissimo querendo aparecer!

Moacy Guilherme Botelho Coelho
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