Às vésperas da entrada na nova safra de leite do Sul do país, os produtores pressionam o Ministério do Desenvolvimento a tomar medidas internas de restrição a importações de lácteos do Uruguai. Sem acordo de limitações de vendas nem tarifas antidumping em vigor, os uruguaios "inundaram" o mercado brasileiro de leite em pó. Em julho, foram importadas 4,4 mil toneladas do produto. No mesmo período de 2008, as compras somaram 400 toneladas. O objetivo dos produtores brasileiros é forçar os uruguaios a aceitar acordo semelhante ao negociado com os argentinos.
"A situação é séria. Se for preciso, vamos ao presidente da Repúlica", disse o diretor da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), Vicente Nogueira. Os produtores cobraram ontem (11) uma solução do secretário de Comércio Exterior, Welber Barral. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) poderia adotar o licenciamento não-automático das importações uruguaias.
No fim de abril deste ano, os argentinos aceitaram um compromisso de preços mínimos e uma cota máxima de exportação de lácteos ao Brasil. Pressionados pelo licenciamento não-automático, os argentinos concordaram em vender a tonelada de leite em pó pelo preço mínimo praticado na Oceania e restringiram suas vendas ao Brasil em até 3 mil toneladas mensais. No Brasil, os produtores recebem entre R$ 0,65 a R$ 0,85 pelo litro de leite. Mas a nova safra do Sul deve pressionar as cotações para baixo. "Temos que ter uma solução inteligente", afirmou o presidente da CBCL, Paulo Bernardes. Em julho, o saldo comercial do segmento atingiu o pior resultados dos últimos anos ao registrar déficit de US$ 14,5 milhões. Em 2009, o saldo negativo já soma US$ 41,1 milhões.
A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe MilkPoint.
Produtor brasileiro pede restrição ao leite do Uruguai
Às vésperas da entrada na nova safra de leite do Sul do país, os produtores pressionam o Ministério do Desenvolvimento a tomar medidas internas de restrição a importações de lácteos do Uruguai. Sem acordo de limitações de vendas nem tarifas antidumping em vigor, os uruguaios "inundaram" o mercado brasileiro de leite em pó. Em julho, foram importadas 4,4 mil toneladas do produto. No mesmo período de 2008, as compras somaram 400 toneladas. O objetivo dos produtores brasileiros é forçar os uruguaios a aceitar acordo semelhante ao negociado com os argentinos.
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RENATO CALIXTO SALIBA
BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/08/2009
Fica sempre uma pergunta no ar , a quem interessa a importação de leite com preços subsidiados? Por que sempre o Governo Federal demora em tomar medidas cabíveis? Produtor de Leite tem que se unir e protestar, fechar estradas, jogar leite na porta do Palacio do Planalto, na porta do Ministro da Agricultura, temos que ser mais ágeis e botar a boca no trombone. E repito temos que exigir que seja publicada quais as empresas que importam esse leite subsidiado para podermos saber quem é quem no agronegócio.