Preços internacionais não mostram sinais de reação

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 29 de junho e 11 de julho, não mostraram sinais de recuperação, apresentando queda para a maioria dos produtos na Oceania e estabilidade no Oeste da Europa. O produto que apresentou leve alta tanto na Oceania como no Oeste da Europa foi a manteiga. Na Oceania, o queijo cheddar teve alta de 3,85% em relação à quinzena anterior.

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Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 29 de junho e 11 de julho, não mostraram sinais de recuperação, apresentando queda para a maioria dos produtos na Oceania e estabilidade no Oeste da Europa. O produto que apresentou leve alta tanto na Oceania como no Oeste da Europa foi a manteiga. Na Oceania, o queijo cheddar teve alta de 3,85% em relação à quinzena anterior.

Segundo informações do Dairy Industry Newsletter, os compradores estão atentos, avaliando os impactos dos subsídios reintroduzidos pelos Estados Unidos à exportação de lácteos (DEIP), assim como a ampliação dos subsídios na União Europeia e a contínua queda nas cotações do dólar. Existe ainda uma relutância em assumir compromissos de longo prazo, por parte dos compradores, devido às incertezas quanto aos preços e à produção de outono. Os preços dos contratos para entrega em 6 a 8 meses, no leilão da Fonterra, caíram cerca de 20% nos últimos dois meses, indicando talvez maior quantidade de leite em pó disponível (maior produção) até o final do ano. As projeções mais recentes indicam alta de 1% a 2% na produção da Austrália e da Nova Zelândia para a estação 2009-2010, sendo que grande parte deste leite será para produção de leite em pó integral.

No Oeste da Europa, o leite em pó integral teve preço médio de US$ 2.650/t, com valores variando entre US$ 2.600/t e US$ 2.700/t, estável em relação à quinzena anterior. O preço médio do leite em pó desnatado (US$ 2.350/t) mostrou queda de 1,6% em relação à média da quinzena anterior, com valores entre US$ 2.300/t e US$ 2.400/t. Os valores para o soro de leite também ficaram estáveis, oscilando entre US$ 600/t e US$ 650/t, média de US$ 625/t.

Na Oceania, os valores do leite em pó desnatado ficaram entre US$ 1.850/t e US$ 2.150/t, média de US$ 2.000/t, queda de 1,23% em relação à quinzena anterior. O preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 2.025/t, com valores entre US$ 1.800/t e US$ 2.250/t, também mostrando queda (1,22%).

O valor médio da manteiga foi de US$ 1.925/t na Oceania, 1,32% superior em relação à quinzena anterior, e US$ 3.100/t no Oeste da Europa, alta de 2,1%. Na Oceania, o preço médio do queijo cheddar teve alta de 3,85% em relação à quinzena anterior, fechando a US$ 2.700/t, com valores entre US$ 2.500/t e US$ 2.900/t.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Figura 1
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Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

Figura 2
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Osmar Buzinhani
OSMAR BUZINHANI

CURITIBA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/07/2009

Incentivar o consumo - um papel apenas do Estado? Temos notado que os ciclos de elevação de preços do leite tem ocorrido, ultimamente, em periodos cada vez menores (em média 2 anos). Assim, industrias e produtores têm conseguido recupar ganhos na comercialização de quase todo o mix lácteo. Atualmente estamos assistindo consumidores pagando acima de R$ 2,00/litro de UHT e R$ 1,56/litro de pasteurizado. Sabe-se que os setores primarios, secundarios e o comercio, capitalizam-se. E as esperadas campanhas promocionais visando aumentar o consumo, ficam pra quando? Em breve, caso os preços despenquem, volta a ladainha da tão necessária campanha para estimular o consumo.

Quando o setor irá amadurecer? No Paraná, o Programa Leite das Crianças atinge 300 milhões de litros adquiridos. Fomenta-se o ano todo o consumo do leite fluido pasteurizado. É o Estado dando sua contribuição. Sabemos que não é muito, mas se produtores, organizados em suas federações; usinas lideradas por seus sindicatos, juntos, criassem coragem e investissem em propaganda, com certeza nos períodos de maior oferta, talvez a reposta de aumento de consumo evitaria desestimulos e acusações internas no setor.
Qual a sua dúvida hoje?