Paulo Luís Gonçalves Campelo, Engenheiro Agrícola, Responsável Técnico da Carteira Agrícola do Banco Mercantil do Brasil S/A

Paulo Luís Gonçalves Campelo é Técnico em Agropecuária e Engenheiro Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente é contratado do Banco Mercantil do Brasil S/A, com Responsabilidade Técnica pela sua Carteira Agrícola, sendo o profissional responsável pela análise técnica e financeira dos Projetos das Operações de Crédito Rural e a posterior fiscalização "in loco" para verificar a correta aplicação dos recursos. Na fazenda da família, em Jequitibá-MG, a atividade leiteira é desenvolvida juntamente com a exploração de côco macaúba.

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Paulo Luís Gonçalves Campelo

Paulo Luís Gonçalves Campelo é Técnico em Agropecuária e Engenheiro Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente é contratado do Banco Mercantil do Brasil S/A, com Responsabilidade Técnica pela sua Carteira Agrícola, sendo o profissional responsável pela análise técnica e financeira dos Projetos das Operações de Crédito Rural e a posterior fiscalização "in loco" para verificar a correta aplicação dos recursos. Na fazenda da família, em Jequitibá-MG, a atividade leiteira é desenvolvida juntamente com a exploração de côco macaúba.


Paulo Luís Gonçalves Campelo é Técnico em Agropecuária pela Central de Ensino e Desenvolvimento Agrário de Florestal (CEDAF/UFV), turma de 1988. Graduou-se em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa em 1995, onde também concluiu o Mestrado em Irrigação e Drenagem em 1998. Atualmente é Estudante de Pós Graduação em Engenharia Ambiental. É natural de Jequitibá-MG, onde nasceu e foi criado na Fazenda da família, de onde nunca se afastou e sempre participou ativamente dos trabalhos rotineiros de uma fazenda de Pecuária Leiteira e de exploração de côco macaúba, atividade essa explorada na fazenda há mais de 50 anos pelo seu pai, o Sr. Syneas Martins Campelo, pioneiro nessa atividade, utilizando máquinas e equipamentos desenvolvidos pelo próprio Sr. Syneas para beneficiar o côco macaúba, do qual resultam dois tipos de óleo, carvão do endocarpo (equivalente ao carvão mineral) e dois tipos de tortas (sub-produtos da produção do óleo) que podem ser utilizadas na formulação de ração para animais.


MKP: Descrição breve da profissão

Em 1999, fui contratado pela FAHMA Planejamento e Engenharia Agrícola Ltda, e fui transferido para Guadalupe, no Piauí, para compor uma equipe de Assistência Técnica e de Operação e Manutenção do Perímetro Irrigado do Platôs de Guadalupe, onde atuei durante um ano. Retornando do Piauí, fixei residência em Belo Horizonte - MG, onde atuei durante 10 anos em outras empresas de Irrigação na elaboração de projetos e implantação de Sistemas de Irrigação Automatizada para Agricultura, áreas de paisagismo e gramados esportivos. A partir de Novembro de 2007 fui contratado pelo Banco Mercantil do Brasil S/A, para assumir a Responsabilidade Técnica pela sua Carteira Agrícola, onde sou o profissional responsável pela análise técnica e financeira dos Projetos das Operações de Crédito Rural e a posterior fiscalização "in loco" para verificar a correta aplicação dos recursos.

MKP: Quais são as principais dificuldades que você vê na atividade?

A falta de uma Política Agrícola consistente que dê segurança ao Produtor Rural, que hoje está lançado à sua própria sorte. A falta de representantes compromissados com a classe, o que em parte é culpa dos próprios produtores que hoje são muito dispersos; é necessário que haja uma coesão urgente ou todos seremos dizimados.

MKP: O que está melhorando no setor?

O acesso a novas tecnologias se tornou mais fácil, e também nunca foram tão necessárias para a sobrevivência do Agropecuarista.

MKP: O que acha que falta no setor?

O respeito e o reconhecimento pela opinião pública em geral. A mídia, hoje, equivocadamente tem desenvolvido um trabalho que deprecia a imagem do homem do campo perante a opinião pública, tem jogado sobre ele a culpa pelo aquecimento global, pelo desmatamento da Amazônia, pela degradação da camada de Ozônio, etc.

MKP: Qual personalidade admira no setor?

Dr. Antonio Ernesto Werna de Salvo (já falecido)

MKP: Qual empresa admira no setor?

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)

MKP: Dica de sucesso ou frase preferida

"As grandes oportunidades às vezes se disfarçam em forma de trabalho; por isso, às vezes, muitos não as reconhecem" (Ann Landers)

MKP: Quais os serviços do MilkPoint você utiliza mais?

Leitura dos noticiários do setor.

MKP: Como o MilkPoint lhe auxilia no dia-a-dia?

Com informações atualizadas sobre tudo o que acontece no setor a nível nacional e global, e isso é fantástico.
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cesar amorim
CESAR AMORIM

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 08/01/2016

Boa tarde Dr. Paulo Lui´s Gonçalves Campelo



Um amigo tem uma propriedade em goias com mais 70 (setenta) pés de macauba e estou  projetando para este ano, um plantio de mais umas 300 (trezentas) mudas. Queria saber do Senhor onde e como adquirir está máquina de beneficiar macauba. Estamos muito interessados em uma maquina igual a que o Senhor usa ou uma similar.



Atenciosamente,



César Oliveira de Amorim

email- cesarsurubin@yahoo.com.br
Paulo Luís Gonçalves Campelo
PAULO LUÍS GONÇALVES CAMPELO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/09/2009

Prezado Sr. José Oton Prata de Castro, agradeço imensamente e retribuo com um forte abraço, e quero dizer ao Senhor que amo o Nordeste e a sua cultura legítima e extremamente rica, adoro ouvir os vaqueiros entoando seus aboios, como Vavá Machado e Marcolino e Galego Aboiador e outros grandes artistas do gênero. São tesouros que a esmagadora maioria dos brasileiros ainda não conhecem e por isso não fazem ideia do que estão perdendo que são extremamente valorizados na Região Nordeste e tenho absoluta certeza de que o Senhor sabe bem do que eu estou falando. Sinto muita saudade das festas de vaquejada comuns na região do Piauí em que eu morei.

A palmeira da macaúba (Acrocomia aculeata) é exatamente a que o Senhor está imaginando, possui muitos espinhos, que na verdade são acúleos, por isso o aculeata no seu nome científico. A Fazenda fica localizada a 500 Km de Governador Valadares, mas infelizmente não dispomos de volumes para comercialização, basicamente a nossa produção é toda consumida na própria Fazenda e, devido a distância, só justificaria o Senhor buscar se fosse uma quantidade muito grande, caso contrário o valor do frete iria onerar muito no custo desse produto. Mas independente disso, tendo oportunidade e interesse, sinta-se a vontade para nos fazer uma visita, temos muito interesse em difundir o trabalho com a macaúba, para que mais pessoas possam se beneficiar com essa riqueza que a natureza nos dá de graça e muitos ainda não sabem aproveitar.

Muito obrigado e um forte abraço.
José Oton Prata de Castro
JOSÉ OTON PRATA DE CASTRO

DIVINO DAS LARANJEIRAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE

EM 01/09/2009

Prezado Dr. Paulo Campelo. Conheço o valor nutritivo da torta de macauba e do coco babaçu na formulação de rações para animais. Gostaria de saber se há disponibilidade, preço e localização em relação a Governador Valadares (distância). Na região do Cariri cearense de onde sou egresso, existia muita macauba e outras palmeiras e não estou lembrando se é essa espécie dotada de espinhos. Gostaria de obter estas informações.

Para finalizar quero parabenizá-lo pela brilhante carreira e entrevista ao MKP e ao Sr. seu pai pela perserverância na lida rural. Somos uns herois não reconhecidos pela sociedade urbana até o dia em que faltar alimento e sua mesa. Parabéns.

José Oton, 74 anos.
Paulo Luís Gonçalves Campelo
PAULO LUÍS GONÇALVES CAMPELO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/08/2009

Prezado Ronaldo Trecenti, na Fazenda Montes Verdes, situada no Município de Jequitibá-MG, município localizado a aproximadamente 100 Km de Belo Horizonte, o meu pai, Sr. Syneas Martins Campelo, deu início à exploração da macaúba desde os tempo em que ainda era solteiro, hoje está com 80 anos de idade e 54 de casado, criou sete filhos apoiado na renda obtida da exploração da pecuária leiteira e dos produtos obtidos da fabricação artezanal de óleo, torta e carvão, todos os produtos obtidos dos frutos da macaúba, palmeira abundante na região.

Essa exploração se deu ao longo de muitos anos com uso de equipamentos bastante rudimentares como o pilão e prensas de madeira; porém, esse Senhor, dotado de uma criatividade pouco comum, foi aos poucos fazendo adaptações e desenvolvendo máquinas que pudessem melhorar a sua produtividade, diminuindo o árduo trabalho. Hoje esse trabalho é reconhecido pelo Brasil afora, já sendo motivo de várias reportagens, como Programa Globo Rural, Terra de Minas, "Um pé de quê" da Regina Casé, dentre outros, e toda essa divulgação tem contribuído em muito para a preservação da Macaúba no Brasil, tendo recebido visitas de representantes de quase todas as Unidades da Federação, todos interessados em aprender a explorar essa palmeira que possui um potencial enorme de ser uma das nossas matrizes energéticas no futuro, contribuindo com excelentes óleos, que apesar de ser mais indicado para a produção de cosméticos, é reconhecido como o melhor óleo para a produção de Biodiesel, as tortas que são subprodutos da fabricação desses óleos são ricas o suficente para serem utilizadas na composição de ração para animais, e, o mais interessante é o carvão obtido da carbonização do endocarpo da macaúba, aquela casquinha extremamente dura que envolve a amêndoa. Esse carvão é equivalente em caloria ao carvão mineral, e é um "carvão verde" por não ser necessário derrubar árvores e o CO2 emitido durante a sua queima não contribui para o aumento dos níveis desse gás na atmosfera, como acontece com o carvão mineral (combustível fóssil), uma vez que essa molécula de Carbono emitida durante a sua queima outrora fora retirada da atmosfera pela macaúba em seus processos metabólicos, a exemplo do que acontece com a cana e o álcool combustível.

A Fazenda já foi visitada por índios do Alto Xingú, Representantes de Comunidades Carentes do Norte de Minas, representantes de ONG´s, Grandes Empresários de São Paulo, Fazendeiros e curiosos de várias Regiões do Brasil, e todos foram muito bem recebidos e a nenhum deles foi negada uma só informação de todo o processo desenvolvido pelo Sr. Syneas, pois, o nosso principal objetivo é exatamente esse, divulgar a importância dessa Palmeira e fazer com que as nossas autoridades reconheçam a sua importância para a economia do Brasil e do Mundo.

Portanto, Sr. Trecenti, sinta-se convidado a ir nos visitar e a obter as informações necessárias para serem repassadas durante o seu trabalho.

Forte abraço.
Paulo Campelo
Ronaldo Trecenti
RONALDO TRECENTI

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/08/2009

Prezados amigos,

Gostaria de parabenizar o Paulo Luís Gonçalves Cam por este trabalho inovador, receber mais informações e fotos sobre o mesmo, pois tenho trabalhado na difusão do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) que conta com R$ 1,5 bilhão de crédito para a sua implantação através da linha PRODUSA do BNDES e acredito que a macaúba tem um grande potencial na ILPF.

Sds,
Ronaldo Trecenti
Engº Agrº M.Sc. Especialista em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e Sistema Plantio Direto
Coordenador Técnico do Projeto Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, convênio MAPA x FCC
Campo Consultoria e Agronegócios
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