ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Pão de queijo vendido em Minas volta às origens e ganha versões com queijo artesanal

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/01/2018

4 MIN DE LEITURA

0
0

Pergunte para qualquer mineiro onde comer um bom pão de queijo e a resposta provavelmente será: “lá em casa”. Afinal, as receitas cheias de técnicas e que atravessam gerações dificilmente eram encontradas fora das cozinhas domésticas. O resultado disso foi que, por muito tempo, comer o salgado na rua era sinônimo de uma esfera borrachuda, com muito polvilho e pouco queijo, vendida congelada para as lanchonetes.

Pão de queijo com carne seca e catupiry, da Matula Pão de Queijaria de Belo Horizonte. Foto: Divulgação.

Com o recente processo de valorização do queijo artesanal mineiro, feito com leite cru e com técnicas tradicionais, o quitute vendido nas lanchonetes e padarias de Minas Gerais também passou a ser tratado com o respeito que merece. Afinal, o queijo pasteurizado não tem a diversidade de sabor do artesanal, que oferece nuances e sutilezas de acordo com a região que é produzido.

Segundo Gustavo Pereira, proprietário da loja Roça Capital, no Mercado Central de Belo Horizonte, Minas Gerais passa por um momento de resgate das suas tradições. “Estamos vendo a volta destes produtos típicos da roça, como o café coado na hora, o bolo, o queijo de leite cru, que passou por momentos de quase clandestinidade. O pão de queijo vem nessa sequência”, conta.

Para chegar à sua receita, que também leva batata baroa na composição, Pereira fez um trabalho intenso de pesquisa. Ele viajou bastante, conhecendo vários produtores e queijos até encontrar o que considerou o ideal. “O da serra da Canastra clássico, curado, tem um sabor muito pronunciado e não fica tão bom assim. Já o queijo do cerrado é mais suave, menos agressivo, e isso aparece na textura do pão de queijo”, explica.

Pão de queijo de pernil com barbecue da Matula Pão de Queijaria. Foto:Divulgação

O quitute é vendido na primeira filial da Roça Capital, recém-aberta na avenida Bandeirantes, na região Centro-Sul da capital. Por lá, o pão de queijo ganha recheios tradicionais. Entre as opções estão linguiça artesanal (R$ 9,90), lombo defumado (R$ 9,90), bacon artesanal (R$ 7,90) e requeijão de rapa (R$ 7,90). O tradicional custa R$ 4.

Na veterana mineira A Pão de Queijaria, os queijos das serras da Canastra, do Salitre e da Mantiqueira são a base do salgado, que têm receita resgatada das famílias dos proprietários. “Todo mundo em Minas Gerais tem uma relação afetiva com o pão de queijo. Quando fomos abrir o negócio, percebemos que os produtos que haviam no mercado eram ruins, muitos usavam aromatizante no lugar de queijo. Outros não escaldavam o polvilho, que é um passo crucial para se obter uma boa massa”, detalhou Mário Santiago, um dos sócios da casa.

Cada unidade sai a R$ 4,50 e são acompanhados de manteiga de café ou de creme de queijo. Já os recheados são sempre feitos com canastra e pesam cerca de 100 gramas antes de serem incrementados. “O meu preferido é o que leva pernil de lata, pois resgata também essa tradição mineira de se conservar a carne na gordura, de uma época que não tinha geladeira”, conta Santiago. Além do corte de porco, a receita leva também queijo minas padrão e chutney de manga (R$ 18). Também tem grande saída da cozinha o recheado com costela de boi desfiada, vinagrete e mini agrião (R$ 22).

Braga Pão de Queijo serve uma versão da pizza com massa de pão de queijo. Foto:Divulgação

Outro lugar que aposta no resgate da iguaria feita com o queijo artesanal é a Matula Pão de Queijaria, também em Belo Horizonte, que funciona desde setembro na tradicional esquina da rua da Bahia com a rua Goiás, no centro da capital. “Pão de queijo mineiro tem que ter queijo artesanal”, defende Estevão Rocha, um dos sócios do empreendimento. Por lá, a receita tradicional, que combina queijo da região do Serro e parmesão (R$ 3), é uma das mais pedidas. O preço é o mesmo para a versão que leva só queijo da serra da Canastra.

O quitute também serve como base para sanduíches caprichados. Os campeão de vendas é o recheado com pernil (R$ 5,90), mas o cardápio lista outras opções mais elaboradas, todas a R$ 8,90, como o que leva linguiça flambada na cachaça, muçarela e molho da casa e a de carne seca, que ganha a companhia do catupiry. Há também a vegetariana, que tem molho quatro queijos, rúcula, tomate e azeitona na composição. A casa funciona no sistema de franquias e já prepara a expansão para outros estados. “Recebemos consultas do país inteiro. No Paraná, já nos procuraram de Curitiba e Londrina”, conta Rocha.

Na Braga Pão de Queijo, o destaque é para o volume de queijo na receita. Das dez toneladas de massa produzidas por mês, pelo menos cinco toneladas são do laticínio da Serra da Canastra. A produção é dividida entre a unidade original, que funciona na esplanada do estádio Mineirão, e a aberta na região da Savassi, em agosto do ano passado.

“Apesar da quantidade de queijo, o produto não fica pesado e borrachudo; pelo contrário, é superleve”, garante Paulo Braga, um dos sócios e filho do fundador, Agenor Braga. É do pai a receita que foi adaptada para o negócio. “Ninguém aguentava mais aqueles pães de queijo industrializados do supermercado. Meu pai começou a fazer para vender, há cerca de dez anos e a coisa só foi crescendo de lá para cá”, conta.

Além de pedidas como o tradicional da casa (R$ 5) e os recheados com frango defumado com cream cheese (R$ 10) e carne seca com catupiry (R$ 13), a casa serve uma versão da pizza feita de pão de queijo. A proposta é sucesso entre os celíacos, que não podem comer glúten. “Recebemos clientes que falam que nunca imaginaram que comeriam pizza de novo e se empolgam com nossa alternativa”, conta Braga. A brotinho, com recheios como frango com catupiry sai a R$ 18,90. Outro sucesso de pedidos é o recheado com doce de leite (R$ 12), que funciona bem como sobremesa.

As informações são da Gazeta do Povo.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures