OMC: exportação deve cair ainda mais nos emergentes

A crise vai provocar uma queda ainda maior do que se previa nas exportações dos países emergentes, enquanto o protecionismo ganha força em todo o mundo. Em seu novo relatório, a Organização Mundial do Comércio (OMC) aponta o aumento das barreiras comerciais e alerta que os pacotes de incentivos dos governos vão criar "distorções crônicas" no comércio.

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A crise vai provocar uma queda ainda maior do que se previa nas exportações dos países emergentes, enquanto o protecionismo ganha força em todo o mundo. Em seu novo relatório, a Organização Mundial do Comércio (OMC) aponta o aumento das barreiras comerciais e alerta que os pacotes de incentivos dos governos vão criar "distorções crônicas" no comércio.

A entidade faz um apelo para que os governos comecem a pensar em retirar os pacotes de estímulos a setores da economia. Os novos dados apontam que o comércio mundial será ainda pior do que se previa em 2009. A queda nas exportações dos países ricos chegará a 14%, a pior em 70 anos. Em média, o recuo mundial será de 10%, ante uma previsão original de 9%.

Nos mercados emergentes, as primeiras previsões eram de retração de 3% nas exportações. A estimativa agora é de retração de 7%. O motivo é a dificuldade de os produtos dos países emergentes encontrarem mercado. Europa, Japão e Estados Unidos estão em recessão e a China ainda não conseguiu compensar a queda dos três pilares da economia mundial. Para completar, a retração nos preços das commodities promete fazer a renda dos exportadores em países emergentes despencar. Ainda assim, os países ricos foram os mais afetados, principalmente os exportadores de automóveis e máquinas. Só na Alemanha, as exportações caíram 40% em abril.

A OMC alerta ainda que o protecionismo continua em alta e faz duras críticas ao G-20. Em abril, a cúpula do grupo prometeu não apenas não fazer uso desse mecanismo, bem como retirar as medidas existentes. Mas o relatório da OMC mostra que de março a junho deste ano o número de medidas que distorcem o comércio dobrou em relação aos meses anteriores.

O relatório faz também referência ao protecionismo financeiro. Ou seja, bancos locais sendo privilegiados por pacotes e sendo incentivados a dar empréstimos principalmente a empresas locais. Com isso, há uma queda de fluxos de capitais para os países emergentes.

Para completar, a OMC ainda se diz preocupada com número de barreiras à carne de porco por causa do vírus H1N1. No total, 39 países adotaram algum tipo de barreira, mesmo depois que veterinários garantiram que a doença não seria transmitida por porcos.

As informações são de Jamil Chade, do jornal O Estado de SP, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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