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Nove em cada dez pais são influenciados pelos filhos quando vão às compras

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/10/2019

3 MIN DE LEITURA

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Eles não têm renda, conta bancária ou cartão de crédito. Mas são os grandes influenciadores na compra de supermercado, inclusive têm poder de vetar marcas. A constatação parece assustadora quando se descobre que esse poder todo está nas mãos de crianças com até 12 anos de idade. Nove em cada dez pais admitem que são influenciados pelos filhos quando vão às compras no supermercado e 70% reconhecem que gastam mais quando estão acompanhados deles.

Os resultados fazem parte de uma pesquisa feita no início deste mês com quase 5,5 mil pais em sete regiões metropolitanas do País pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Dotz.

Filhos com idade entre 4 e 12 anos são os que mais interferem nas compras de supermercado, especialmente de guloseimas, como chocolates, refrigerantes e achocolatados. Isso é atestado pela representante comercial autônoma Monique Olsson, de 33 anos, mãe de Lorena, de 6 anos. “Vou toda a semana ao supermercado e quando levo minha filha gasto muito mais porque acabamos comprando sorvete, bolacha recheada”, conta a mãe.

A cada visita ao supermercado, Monique gasta R$ 500. Se fosse sem a filha, calcula que desembolsaria R$ 400. Ela diz que atende aos pedidos da filha na hora de escolher os produtos, mas não dá sinal verde para tudo que ela quer comprar. Essa situação hoje é completamente diferente da época em que Monique era criança. “No meu tempo, refrigerante era só no final de semana, tudo era mais restrito e os pais decidiam”, lembra. 

Surpresa

Para Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, os resultados da pesquisa foram uma surpresa. “O poder das crianças é maior do que o senso comum imagina, quando 88% dos pais admitem a influência dos filhos na hora da compra de todos os produtos vendidos nos supermercados, não apenas guloseimas.”

Não é sem motivos que 92% dos entrevistados declararam que levam os filhos ao supermercado só de vez em quando e 30% disseram que estão sempre acompanhados eles. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que existem no Brasil 38,2 milhões de crianças com até 12 anos de idade. As regiões Norte e Nordeste reúnem a maior parte dos pequenos: 15,5 milhões de crianças. A grande maioria (88%) pertence às famílias de menor renda, das classes C, D e E. 

Meirelles observa que o cruzamento das informações sobre o perfil dessa população com os resultados da pesquisa explica o motivo pelo qual os pais de famílias de menor renda evitam de levar os filhos quando vão às compras.

A enquete revelou também que 70% dos pais dão mais importância para as marcas de produtos usados pelos filhos do que as preferidas por eles mesmos. Refrigerantes (68%), achocolatados (62%) e chocolates (60%) são itens com marcas mais conhecidas dos filhos.

Diante da forte legislação existente em relação à publicidade infantil, Meirelles acredita que a influência das marcas vem da internet e também dos amigos de escola. A mãe de Lorena, por exemplo, diz que o que a filha consome tem bastante influência dos amiguinhos. “Mas também ela sabe o que ela gosta”, pondera.

Lógica

Dados qualitativos da enquete revelaram informações, no mínimo, curiosas sobre o comportamento de pais em relação ao consumo dos filhos. Meirelles conta que as respostas dos entrevistados mostraram que as classes de maior renda aprovam o consumo infantil como um sinal de indulgência. “Dão um chocolate para a criança ficar feliz.”

Para as famílias de menor renda essa lógica é diferente, diz o presidente do Instituto Locomotiva. Querem proporcionar para os filhos tudo o que não eles tiveram acesso. “Se meu filho se alimentar melhor, ele cresce saudável e terá mais condições de ter sucesso.” 

Na opinião de Meirelles, para os mais pobres vale no consumo a lógica do investimento e a aposta de que o filho bem sucedido pode ser um arrimo da família no futuro. Isso, segundo ele, abre uma grande possibilidade para o varejo e a indústria na venda de produtos premium, de melhor qualidade.

As informações são do jornal O Estado de São Paulo. 

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