Nestlé negocia duas aquisições no Brasil, diz Zurita

O presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, afirmou nesta terça-feira (30) que a empresa negocia pelo menos duas aquisições neste momento no País. "Nós estamos analisando vários projetos, mas eu posso dizer que pelo menos dois estão nos finalmente", disse o executivo. Zurita não revelou a área específica de atuação das empresas que podem ser adquiridas em breve e chegou a sinalizar que elas podem pertencer a segmentos distintos de atuação.

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O presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, afirmou nesta terça-feira (30) que a empresa negocia pelo menos duas aquisições neste momento no País. "Nós estamos analisando vários projetos, mas eu posso dizer que pelo menos dois estão nos finalmente", disse o executivo, após participar do 1º Fórum RPCA - Responsabilidade produtiva na cadeia alimentícia, promovido pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). "Leva-se tempo, mas eu posso lhe dizer que está bem perto", afirmou Zurita, acrescentando que o prazo para o fim das negociações depende principalmente dos resultados de algumas diligências que são realizadas e da forma encontrada para solucionar problemas fiscais dos possíveis alvos de compra pela Nestlé.

Zurita não revelou a área específica de atuação das empresas que podem ser adquiridas em breve e chegou a sinalizar que elas podem pertencer a segmentos distintos de atuação. No mês passado, ganhou força o rumor de que a Nestlé estaria perto de fechar a compra da unidade da Parmalat no município de Carazinho-RS. Por meio dessa aquisição, a Nestlé fortaleceria a sua atividade em leite longa vida, segmento que vem crescendo a passos largos no País e no qual a empresa começou a atuar recentemente.

Questionado se uma das aquisições seria a fábrica da Parmalat no Sul, Zurita respondeu: "Temos avaliado uma série de negócios, um deles quase fechado, mas não necessariamente a este que você se referiu", afirmou. "Tem muitas empresas mudando de mão. Tem a Nilza, que está no mercado. Tem a Vigor, que o Bertin comprou. A Batávia que a Perdigão comprou... Existem muitos movimentos. O mercado não para."

Outro segmento que vem recebendo atenção especial da Nestlé e que pode receber investimentos adicionais da companhia é o de água mineral. Em dezembro passado, a companhia comprou as fontes da Água Mineral Santa Bárbara e parte de suas instalações industriais. Além da Santa Bárbara, a Nestlé atua no Brasil com quatro marcas de água - Petrópolis, São Lourenço, Aquarel, S.Pellegrino, Acqua Panna e Perrier, sendo as três últimas importadas.

Independente das aquisições da companhia, Zurita afirmou estar satisfeito com os resultados da Nestlé no Brasil. "Fechamos bem o semestre e a companhia continua investindo forte no País. Fiquei muito satisfeito com o desempenho no semestre. Não posso revelar os números, mas posso dizer que teve uma evolução importante frente ao que está acontecendo no mercado em geral e nos mercados internacionais."

Negócios

Outras empresas também devem anunciar novos negócios - que ainda estão em análise - entre elas a Cargill e a Pepsico. De acordo com o presidente da empresa no Brasil, Otto Von Sothen, a Pepsico está analisando aquisições nas duas áreas em que atua, alimentos e bebidas, mas não revela quais são os alvos potenciais. "O Brasil é um dos principais mercado que a Pepsico mira para continuar a crescer acima da média do mercado e isso inclui aquisições", admitiu o executivo.

Um pouco mais distante parece o plano da Cargill de adquirir empresas no mercado brasileiro. Segundo o presidente da multinacional no Brasil, Marcelo Martins, há possibilidade de crescimento no mercado e isso tem levado a empresa a olhar as oportunidades para crescer. Essa posição se dá em função do término dos investimentos que a empresa realizou no último ano fiscal, que terminou em maio. De acordo com Martins, apesar da instabilidade dos preços das commodities e do câmbio, a empresa registrou um ano positivo e que atendeu as metas da companhia.

Para a Pepsico, que não revela o valor dos investimentos, a empresa mira o mercado centro-oeste e nordeste em decorrência do aumento da renda na região. De acordo com Sothen, já há conversas com o governo do Distrito Federal (DF) para a construção de uma nova fábrica naquela região e já está construindo uma nova unidade na Bahia (BA). Ambas destinadas à produção de alimentos. "A primeira (no DF) ainda está em fase inicial de negociação e a segunda (na BA) deverá iniciar a operação no final de 2010", completou o executivo.

As informações são do Estado Online e do Diário do Comércio e Indústria/SP, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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Vicente Romulo Carvalho
VICENTE ROMULO CARVALHO

LAVRAS - MINAS GERAIS - TRADER

EM 08/07/2009

Pela conversa do executivo da Nestlé, salvo melhor juízo, a aquisição é da Nilza. Pois, como esta empresa se acha em recuperação judicial, certamente esta é a causa da demora. O futuro nos dirá.
Qual a sua dúvida hoje?