MT pretende produzir 5 milhões de litros/dia até 2014

Depois de passar por um período de estagnação, a pecuária leiteira de Mato Grosso apresenta boas perspectivas para os próximos anos. Um dos projetos mais ousados é com relação ao aumento no volume produzido, que deve saltar dos atuais 1,8 milhão de litros por dia para 5 milhões diários, a partir de 2014. O crescimento de 177,7% será motivado pelo aumento de tecnologia, direcionado tanto aos animais quanto aos laticínios, além de assistência técnica e também pelo fomento ao consumo do leite fluido e seus derivados dentro do Estado.

De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Laticínio de Mato Grosso (Sindilat) existem no Estado 55 indústrias com capacidade para processar 3 milhões de litros de leite diariamente, ou seja, as unidades estão trabalhando com 50% de ociosidade.

O diretor-executivo do sindicato, Eldor Sontag, afirma que, para que a capacidade seja utilizada em sua totalidade, é preciso incentivar os produtores rurais a investirem no aumento da produção do leite e que por isso estão buscando apoio do governo estadual e do MT Regional. "Nosso parque industrial é moderno e tem condições de concorrer com indústrias de qualquer lugar do país e também do exterior", diz ao considerar que já foram registrados vários avanços, porém o melhor está por vir.

Na avaliação de Sontag, há cinco anos, por exemplo, a produção diária não ultrapassava 600 mil litros/dia e hoje o volume chega à marca dos 1,850 milhões de litros diários. "Isso só ocorreu porque as indústrias acreditaram no desenvolvimento de Mato Grosso, assim como os produtores que investiram para chegar aos patamares da produção atual". Para melhorar, o diretor executivo afirma que é necessário que haja estabilidade nos preços e que esses remunerem bem tanto os produtores quanto as indústrias, mas sem onerar o consumidor.

Entre os problemas enfrentados pela pecuária leiteira e que prejudicam diretamente o desenvolvimento da atividade está a má conservação das estradas vicinais que chegam até as propriedades rurais. O diretor-executivo do Sindilat, Eldor Sontag, afirma no entanto, que o governo estadual por meio do MT Regional e dos consórcios municipais tem feito um intenso trabalho para melhorar as estradas não asfaltadas. "A grande distância dos principais centros consumidores como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte também encarecem a logística de transporte e também o elevado número de pequenas fábricas informais que atrapalham o mercado e não garantem qualidade aos produtos ofertados aos consumidores".

As informações são da Gazeta/MT, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.