MG: produtores vendem leite de porta em porta
O litro do leite longa vida, nos supermercados, já é encontrado por até R$ 2,98, reajuste de 70% em relação ao preço médio praticado em junho do ano passado. Nos últimos 30 dias, o consumo do produto nos supermercados caiu 15%. Por outro lado, o pico da entressafra, que reduz o pasto e a oferta do alimento, está aquecendo pequenos negócios, como a venda de porta em porta. Entregue em domicílio por até R$ 1,50/litro, o produto in natura cresce na preferência do consumidor, e pequenos comerciantes já registram aumento de até 30% na demanda pelo alimento da fazenda.
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É exatamente nessa época de vacas magras que pequenos comerciantes, como João Alves, ganham fôlego extra. Conhecido no Bairro Jardim Alterosa, em Betim, como João do Leite, ele utiliza sua moto para vender o alimento direto do sítio para o consumidor. Em maio, ele subiu o litro de R$ 1,25 para R$ 1,50, o que não impediu o crescimento da demanda em 30%. "O leite está muito caro no supermercado, por isso a procura pelo produto da fazendinha aumenta." Segundo João, que está na atividade há quatro anos e atualmente vende 100 litros por dia, ele poderia comercializar até 40% mais, o que significaria um incremento de 70% no negócio da entressafra. "Meu problema é que tenho um único fornecedor e ele não consegue aumentar a produção", comenta.
Apesar da aceleração dos preços para o consumidor, os produtores não estão satisfeitos com o preço pago, que não cobriria o custo da produção. Eles querem que o brasileiro passe a consumir mais leite, para que o lucro venha com a escala. "Com o leite nesse preço não tem jeito de o consumo aumentar", protesta Paulino Gontijo, presidente do Sindicato Rural de Bom Despacho, no Centro Oeste do estado. Segundo ele, "o máximo que o leite deveria custar no supermercado deveria ser R$ 1,70", aponta. Segundo levantamento do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), o consumo do produto caiu 15%, e neste mês, os preços ainda não devem apresentar tendência de queda.
No quilômetro 383 da BR-381, que liga Belo Horizonte a João Monlevade (Vale do Aço), produtores de Barão de Cocais vendem o litro de leite por R$ 0,70 para laticínios da região. Apesar de, na indústria, garantirem o comércio em escala de aproximadamente 100 litros dia, é no varejo que o lucro aparece. Produtores como Eustáquio Salomé vendem para os vizinhos cerca de 20% da produção do dia por R$ 1,25, quase 80% mais que o valor pago pela indústria.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) alerta que o leite para consumo humano deve ser pasteurizado, o que evita a proliferação de uma série de bactérias.
A matéria é de Marinella Castro, publicada no jornal Estado de Minas, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS
EM 21/05/2021

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA
EM 12/07/2009
Por que se consome tanto refrigerante? Principalmente por causa da propaganda tão bem feita. Acho eu, que para aumentar o consumo de leite, a melhor forma é fazer propaganda dele também, como se fazem em outros países, como o Canadá, por exemplo. Acho que os governos, principalmente o Federal, é que deveriam fazer isso.
Já que não se pode proibir a propaganda de refrigerantes, o jeito é fazer propaganda do leite também. Com isso, sai ganhando toda a cadeia produtiva e, em especial as crianças, que teriam melhor saúde e até mais inteligênca.
Atenciosamente, Fernando Melgaço.

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/07/2009

LAVRAS - MINAS GERAIS - TRADER
EM 08/07/2009
Reflexão: será que quem produz, para obter algum resultado, tem que ficar na informalidade. Este não é o caminho. Mas algumas coisas tem e devem mudar, antes que seja tarde.

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 07/07/2009
Falam mal do leite, mas se o problema fosse grave assim então não existiria comercialização de queijo frescal no estado de Minas Gerais. Outra coisa, vocês já observaram a qualidade dos diversos refrigerantes vendidos por aí, sucos de frutas e de soja, iogurtes, manteiga, bebida láctea. Estes produtos estão com qualidade muito inferior em comparação com uns 15 anos atrás (níveis de conservantes, acidulantes, aromatizantes, sódio elevadíssimos, manteiga com amido etc...).
Vamos voltar a comprar os produtos direto dos produtores rurais, e as pessoas que moram nas grandes cidades que me desculpe.

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL
EM 06/07/2009
A análise econômica nos leva a outras reflexões. O produtor se sente injustiçado e tenta "burlar" os laticínios, que pagam um preço muitas vezes abaixo de seus custos de produção. A situação fica difícil tanto para o produtor improdutivo como para o produtor altamente produtivo (mas nem sempre eficiente economicamente), que trabalha com custos elevados e não consegue um sistema flexível de produção.
É uma fórmula difícil de solucionar. Vai exigir esforços de todos os lados. Nós produtores teremos que partir para a AÇÃO e nos organizar. O governo terá que elaborar políticas agrícolas eficientes a longo prazo, ao invés de medidas paternalistas. As empresas laticinistas muitas vezes estão em vantagem pois já estão com nosso produto e pagam o preço que lhes convem.
Ao exemplo do calote dos frigoríficos - onde várias federações do Centro Oeste sugeriram que os produtores só vendessem seus animais à vista - temos que começar a nos organizar em nossos pequenos grupos locais, caminhando verticalmente para diminuir o prazo de pagamento. Dessa forma, chegaremos a uma organização nacional.
Ao invés de derramar o leite como os americanos estão fazendo, vamos encarar a atividade profissionalmente e valorizar mais nosso produto.
Podemos até começar aumentando - NÓS MESMOS - o consumo. Falando nisso, você que está lendo esta carta, já passou a tomar mais leite INSPECIONADO, depois da matéria exibida no Jornal Nacional?
Não? Então passe a produzir refrigerante, cerveja, suco de soja ou outros, ok?

CURITIBA - PARANÁ - ESTUDANTE
EM 05/07/2009

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 04/07/2009

TEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 03/07/2009
RIO BONITO - RIO DE JANEIRO
EM 03/07/2009