MG: preço do leite apresenta recuo no varejo

De acordo com Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o leite longa vida continua em alta, porém menos expressiva. Apesar da redução do preço no mercado varejista, a cota paga ao produtor ainda não sofreu redução, o que deve acontecer somente entre setembro e outubro.

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O pequeno aumento na captação de leite, cerca de 1%, registrado durante o mês de junho, frente maio, começou a refletir na queda de preço do produto para o consumidor final. O aumento da produção já era esperado, devido à maior participação de pecuaristas da região Sul de Minas Gerais. De acordo com Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o leite longa vida continua em alta, porém menos expressiva. Apesar da redução do preço no mercado varejista, a cota paga ao produtor ainda não sofreu redução, o que deve acontecer somente entre setembro e outubro.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Leite de Minas Gerais, da Comissão Técnica de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e da Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu), Eduardo Dessimoni, o valor pago ao produtor durante julho subiu 8,5%, passando de R$ 0,71, registrado em junho, para R$ 0,77.

Segundo o dirigente rural, o incremento proporcionou aos produtores um lucro de R$ 0,07. A margem ainda é considerada pequena, já que os custos com a produção, calculados em R$ 0,70, continuam em alta. No acumulado do ano, o ganho dos produtores foi de R$ 0,25 por litro de leite comercializado. Segundo Dessimoni, a partir de setembro, o preço pago ao pecuarista deve sofrer queda.

"Não houve investimento expressivo nas indústrias do Estado, por isso, o lucro com a venda do leite longa vida garantiu uma boa reserva. Dessa forma, as empresas conseguem manter os preços pagos ao produtor em R$ 0,77 durante os próximos meses", disse.

Os produtores mineiros, mesmo diante do aumento da margem de lucro, continuam desestimulados com a pecuária leiteira no Estado. Mesmo ocupando a primeira posição em relação à produção, a bacia leiteira mineira deve fechar o ano com queda de 5% no volume, frente os resultados obtidos em 2008. Outro ponto deve reduzir as margens de lucro dos produtores é a estiagem, que tem início em junho e tem como consequência a redução das pastagens.

A matéria é de Michelle Valverde, publicada no Diário do Comércio /MG, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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José Orlando Vilela
JOSÉ ORLANDO VILELA

OUTRO - MINAS GERAIS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 12/08/2009

Quem dita o preço é o consumidor.
DARLANI  PORCARO
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/08/2009

O governo através dos seus orgãos rurais deveriam fazer uma avaliação do custo de produçao desse produto nobre. No fundo não houve aumento do preço do leite para o produtor, ao contrário, está recebendo menos do que no ano passado o que é uma covardia, pois tira o estímulo do homen do campo para poder trabalhar, arrumar sua propriedade melhor e sobreviver com a sua familia. Não basta o governo emprestar dinheiro, ao produtor, o seu produto tem que ter valor.
Qual a sua dúvida hoje?