MG: Embaré tem recuperação das vendas
Mesmo com a recuperação registrada a partir de junho, a Embaré Indústrias Alimentícias S/A, sediada em Lagoa da Prata (Centro-Oeste de Minas), deve fechar o ano ainda sem crescimento expressivo. A empresa, que no primeiro semestre acumulou perdas, no total de 2009 deve chegar à expansão de 10% no volume de produção e incremento de 2% no faturamento frente ao exercício anterior.
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De acordo com o diretor-superintendente da empresa, Haroldo Antunes, a situação é considerada "até razoável" tendo em vista a atual conjuntura econômica. No fechamento do primeiro semestre a empresa registrou crescimento de 8% no total produzido, enquanto o faturamento foi 5% inferior ao registrado no mesmo período de 2008.
No mercado doméstico, o principal responsável pelas perdas, segundo o diretor, foi o aumento do preço do leite longa vida que acabou elevando os custos de produção do leite em pó. Dessa forma, para manter o ritmo das vendas a empresa foi obrigada a promover ajustes para se adequar à nova realidade. "Estamos trabalhando com margens apertadas, o que causou uma queda drástica na nossa movimentação financeira. Porém, não temos como lutar contra isso pois estas são as condições que o mercado impõe", explicou. Porém, Antunes afirmou que a Embaré está conseguindo se destacar no mercado, pois investiu na compra de um equipamento para a secagem de leite que garantiu maior produtividade para a empresa.
No ano passado a planta de Lagoa da Prata passou por um processo de expansão, que demandou investimentos da ordem de R$ 65 milhões, divididos em R$ 59 milhões para aquisição de equipamentos e R$ 6 milhões na ampliação física da área construída, que passou de 24 mil metros quadrados para 32 mil metros quadrados.
A Embaré havia programado também aportes de R$ 237 milhões para a instalação de uma unidade em Sarandi (RS), que faria o processamento de 1 milhão de litros de leite por dia, podendo chegar a 2 milhões na fase plena. As linhas produziriam leite em pó e manteiga para exportação. Porém, com a crise econômica mundial o projeto foi suspenso e está sem previsão de retomada. Conforme o diretor explicou, até que haja uma recuperação do mercado internacional de laticínios a empresa não deve voltar a pensar no investimento. Hoje os embarques da Embaré correspondem por cerca de 40% do segmento de doces e Antunes afirmou que as vendas no exterior só foram mantidas para não perder os clientes. Os produtos da marca são vendidos hoje em 48 países.
Atualmente a empresa fabrica cerca de 7,5 mil toneladas por mês, sendo 6 mil deste total de leite e seus derivados (leite condensado, creme de leite e bebidas lácteas) e 1,5 mil toneladas de doces, como balas de caramelo, entre outros. Nos últimos meses a Embaré também enfrentou dificuldades de controlar o fluxo de caixa. Antunes afirmou que o retorno do faturamento que sempre ocorreu entre cinco e oito dias, chegou a 51 dias. "Nunca tivemos problemas com isso, mas desta vez tivemos que recorrer a empréstimos bancários para não deixar a empresa descapitalizada", ressaltou.
A matéria é de Camila Coutinho, publicada no Diário do Comércio/MG, adaptada e resumida pela Equipe Milkpoint.
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