“Acho que o quanto mais rápido vier à tona a lista de 200, 300 fiscais que todo mundo fala seria melhor para o sistema, para o ministério, para todo mundo”, disse Maggi, após evento na Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
“Já levamos 600 novos veterinários ao ministério, 300 por concurso e 300 por contrato temporário, e esses novos estão trabalhando com fiscais mais velhos, eles não sabem quem está ao seu lado, o grau de confiança é afetado e estou vendo esse nosso serviço com muitos problemas em função de não saberem quem é quem no processo”, disse o ministro.
Maggi ainda desabafou que o ministério passa por momentos “muito difíceis” e de “extrema delicadeza”, e a revelação da lista pacificaria esse ambiente.
Ele ainda comentou que acompanha como observador as negociações da BRF em torno de um acordo de leniência com órgãos de controle. Como antecipou o Valor, a companhia, maior exportadora de carne de frango do mundo, está na fase inicial de um acordo dessa natureza com o Ministério Público Federal e Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), com o intuito de colaborar com as investigações no âmbito das operações Carne Fraca e Trapaça.
“Ao ministério não foi dito absolutamente nada, nem da PF [Polícia Federal] ou da Controladoria, tudo que sabemos sobre leniência vem da imprensa. Aqueles fatos que foram levantados, tudo que tem comprovação, que teve processos legal, inclusive ontem houve condenação por conta da Carne Fraca, o ministério abre PADs [processo administrativo] para fazer responsabilização. Quanto à leniência a gente não conhece, mas tenho prestado atenção nesse assunto”, encerrou.
As informações são do jornal Valor Econômico.
