Segundo ele, a saída para o setor enfrentar a oscilação de preços do leite vem da ampliação da produção e da posterior "ida ao mercado internacional, que é mais aberto e não tão exigente em questão de sanidade quanto a carne". Outra medida é o trabalho conjunto entre indústria e pecuaristas. "Indústria de leite e produtor têm de ter, juntos, uma política mais duradoura durante o ano e não deixar que haja a oscilação", opinou.
No encontro, Maggi ouviu novas reclamações de produtores sobre a entrada de leite em pó do Uruguai, que foi limitada em outubro do ano passado e, segundo ele, é investigada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). "O Ministério já abriu uma verificação do leite que foi importado do Uruguai em volumes muito superiores à capacidade de produção e encaminhamos à Camex. Temos de seguir o caminho normal da burocracia (...) e, se comprovado que o Uruguai usou de subterfúgios para trazer leite ao Brasil, podemos colocar cota e deixar de importar leite deles", disse.
O ministro afirmou, ainda, ser favorável à criação de uma linha de crédito para a silagem utilizada na alimentação animal durante a seca. "É a primeira vez a reivindicação apareceu. Anotamos e penso que é possível que haja um crédito especial para a silagem, que tem um custo muito elevado", concluiu.
Entenda o caso:
Uberaba/MG: documento com reivindicações do setor lácteo é entregue a Blairo Maggi
As informações são do jornal O Estado de São Paulo.