Oito organizações de produtores de leite do Uruguai, chefiadas pela Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), emitiram um comunicado no qual questionam fortemente o sindicato da Conaprole e alertam que a importação de leite longa vida do Brasil mostra a falta de competitividade do setor uruguaio. Entenda aqui.
"No marco das regras que regem o Mercosul, o fato em si não justifica a objeção do ponto de vista formal, desde que se apliquem a esses produtos as mesmas normas sanitárias e tributárias aplicadas aos produtos similares uruguaios. Achamos que é muito importante destacar que a entrada desses produtos em nosso mercado é um indicador claro da queda notória na competitividade de nossos produtos lácteos, com base em uma estrutura de custos notoriamente distorcida e uma diferença bruta de taxa de câmbio com nossos vizinhos", diz a declaração.
"Também estamos testemunhando a queda de várias empresas de industrialização no setor, algumas das quais já fecharam e deixaram o país, e outras, como a Pili S.A., que parecem inexoravelmente se mover para o fechamento de suas atividades”.
Eles ainda acrescentaram: "exigimos que o governo assuma nos mais altos níveis como as circunstâncias justificam a responsabilidade de defender o direito ao trabalho dos produtores de leite e todos aqueles que compõem a grande família do setor", concluiu a declaração.
O documento foi assinado pela ANPL e pelas corporações de produtores no departamento de San José, San Ramón (Canelones), Flórida, departamento Canelones, Maldonado, Villa Rodríguez (San José) e o Intergremial dos Produtores de Leite.
Entenda o caso:
Exportação de leite longa vida pela Lactalis ao Uruguai gera reações
As informações são do El País Digital, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
