Laticínio mineiro investe em unidade no RJ
A Laticínios Marília S/A, de Carangola (Zona da Mata mineira), está construindo uma unidade em Itaperuna (RJ). A previsão é de que a segunda fábrica da marca, especializada na produção de queijos e requeijões, consuma recursos da ordem de R$ 10 milhões. A fábrica vai ter capacidade para beneficiar 200 mil litros de leite por dia e vai gerar cerca de 100 empregos. A previsão é de que seja inaugurada no segundo semestre de 2010.
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Apesar dos benefícios oferecidos pelo estado vizinho, o diretor executivo da Laticínios Marília, Olavo Hosken, garante que recursos e vantagens fiscais não foram os principais pontos que levaram à construção da nova unidade no Rio. "Já tínhamos uma captação grande de leite nessa bacia, no Noroeste do Rio de Janeiro, o estado é nosso principal mercado e vamos ganhar na logística", explica. A fábrica vai ter capacidade para beneficiar 200 mil litros de leite por dia e vai gerar cerca de 100 empregos. A previsão é de que seja inaugurada no segundo semestre de 2010.
Segundo Hosken, a unidade de Itaperuna vai produzir mais commodities, ou seja, lácteos de menor valor agregado ainda dentro da linha de queijos e requeijões, mas voltados ao food service (para grandes clientes industriais). "Como bons mineiros que somos, permanecemos enraizados em Minas e a nossa fábrica de Carangola permanece com as linhas mais valorizadas", diz. Por isso, o grupo também acaba de investir cerca de R$ 2 milhões, na unidade mineira. A modernização, inclusive, pode representar um novo contrato que está em negociação. "Estamos conversando com um grupo francês para produzir o gorgonzola com a marca deles para distribuição em toda América Latina", conta o executivo. Ele calcula que apesar de beneficiar um volume menor de leite (70 mil litros/dia), a fábrica mineira deve manter um faturamento melhor que a de Itaperuna, por ter produção mais concentrada em queijos finos.
Na opinião do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Alessandro Rios, a guerra fiscal praticada pelos estados vizinhos, principalmente, Rio e São Paulo, pode levar ao aumento da saída desse tipo de investimento de Minas. "Há uma distorção", afirma, apesar de reconhecer que a política fiscal mineira é "interessante". Segundo ele, aqueles que têm fábricas já consolidadas em Minas amargam fortes desvantagens competitivas. No Rio, o ICMS é de 0% e as vendas ainda geram um crédito para o varejo de 19%. Em São Paulo não há taxação nem para a indústria de leite longa vida e nem para o comércio. "É tudo 0%", conta Rios. Em Minas, a maior parte dos produtos é tributada em 7%.
A matéria é de Graziela Reis, para o jornal Estado de Minas, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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