Itambé adia expansão da fábrica em Uberlândia

Com a queda das exportações de leite em pó, a Itambé adiou o plano de expansão da fábrica em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com aporte de R$ 120 milhões e geração de 200 novos empregos. O presidente da Itambé, Jacques Gontijo, engavetou o projeto que duplicaria a produção com a instalação de uma câmara de secagem do leite. "A fábrica passaria a ter produção de 2,6 milhões de litros de leite por dia", calculou ele.

O adiamento, de acordo com o executivo, foi devido à ociosidade da fábrica que não está vendendo no mercado externo. "Isto acentuou-se a partir de fevereiro/março, com o fim do contrato de venda de 30 mil toneladas de leite para a Venezuela", justificou Gontijo.

Outro agravante foi a volta das importações de leite da Argentina e do Uruguai por empresas brasileiras. "Enquanto as empresas importam a US$ 2.200 a tonelada, nós vendemos a US$ 4.800 a tonelada. No mês passado entraram 8.000 toneladas de leite importado", contou.

Jacques Gontijo acredita na retomada do mercado, mas prefere não prever uma data. "Um real está valendo mais de dois pesos na Argentina. Nosso câmbio está pouco competitivo e ainda estão subsidiando produtores no Uruguai e Argentina", reclamou.

Em 2008, as exportações de leite em pó representaram 20% do faturamento da Itambé. Em 2009, representarão menos de 5% do resultado total, segundo estimativas do presidente da empresa, Jacques Gontijo. Isso significa que o volume exportado será quatro vezes menor em relação ao ano passado. Com essa baixa atual das exportações, a Itambé está focando mais o mercado interno, investindo no reposicionamento da marca para as classes D e E.

As informações são do portal O Tempo, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.