Índice de produção agroindustrial da FGV disparou em maio

O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) deixou para trás a espiral de variações negativas observadas no primeiro quadrimestre e encerrou maio com forte alta de 13,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.

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O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) deixou para trás a espiral de variações negativas observadas no primeiro quadrimestre e encerrou maio com forte alta de 13,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Segundo levantamento recém-concluído pela FGV Agro, o resultado foi influenciado positivamente por todos os segmentos agroindustriais pesquisados. "Contudo, essa forte expansão deve ser observada com cautela, uma vez que a base de comparação - maio/2018 - é muito estreita, devido à greve dos caminhoneiros", informou o centro de estudos.

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O indicador é calculado com base em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

Figura 1

De acordo com o levantamento, a produção no grupo de produtos alimentícios e de bebidas, no qual muitas áreas ficaram paralisadas durante a greve de maio do ano passado, cresceu 17,4%. No caso dos produtos alimentícios, que se dividem entre os de origem animal e vegetal, o avanço foi de 16,1%, ao passo que nas bebidas (alcoólicas e não-alcoólicas) a expansão foi de 23,8%.

Para os produtos não-alimentícios, por sua vez, a variação positiva de maio foi de 8,9%. Nesse grupo, o segmento têxtil é o mais importante, seguido por produtos florestais, insumos agropecuários, fumo, borracha e biocombustíveis.

Com a disparada de maio, nos cinco primeiros meses deste ano, calculou o FGV Agro, o PIMAgro registrou alta de 1,5% na comparação com o mesmo intervalo de 2018, enquanto a indústria em geral acumulou retração de 0,7%.

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"Mas é importante ressaltar que a contração da indústria geral foi puxada principalmente pela indústria extrativa, que já acumula uma queda de 13,2% no ano devido, certamente, aos problemas enfrentados pela Vale".

De janeiro a maio, o segmento de produtos alimentícios e bebidas registrou avanço médio de 3%, puxado pelas bebidas (8,1%). Nessa frente, a única área que registrou retração no acumulado do ano foi de alimentos de origem vegetal (3,7%), pressionada sobretudo pelo ritmo mais fraco da atividade de refino de açúcar.

Já o segmento de produtos não-alimentícios permaneceu estável nos cinco primeiros meses do ano. Segundo o FGV Agro, a expansão da produção de insumos agropecuários (2,3%), de produtos têxteis (0,1%) e de fumo (3,3%) compensou a queda dos produtos florestais (0,8%), dos biocombustíveis (5,5%) e da borracha (0,7%).

"A queda da produção de biocombustíveis, provavelmente, ainda é um reflexo da piora da qualidade da cana de açúcar, devido aos problemas climáticos que afetaram as principais regiões produtoras no início da moagem da safra de 2019/20", informou o FGV Agro.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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